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Casos de meningite aumentam durante o inverno: saiba como se prevenir

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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A meningite é a inflamação das meninges, as membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ter várias origens, mas os tipos causados por microrganismos são os que mais chamam atenção: a meningite viral por ser mais frequente, e a meningite bacteriana por ser a mais perigosa.

Enquanto a meningite viral costuma ter uma boa evolução, estima-se que a meningite bacteriana leve à morte em 20% dos casos, principalmente entre crianças e idosos. Além disso, cerca de duas em cada dez pessoas que sobrevivem à doença apresentam sequelas graves, como surdez, danos cerebrais e amputações.

Aumento dos casos de meningite bacteriana no inverno

A maior parte das bactérias que causam meningite bacteriana é transmitida pelo ar, de pessoa para pessoa. Isso acontece quando uma pessoa que já está infectada fala, tosse ou espirra e espalha gotículas de saliva e secreções nasais no ambiente, contaminando indivíduos sadios.

Por causa disso, a meningite bacteriana é mais comum no inverno devido à tendência de as pessoas se aglomerarem em espaços fechados, o que favorece a transmissão da doença.

Embora a meningite viral também possa acontecer nas estações mais frias, ela é mais comum no verão, pois sua forma de transmissão é diferente. Nesse caso, o agente causador da doença geralmente é transmitido pela via oral-fecal.

Sintomas

No início, os sintomas de meningite são bastante parecidos com os da gripe ou de um resfriado. Eles costumam surgir de repente e podem incluir:

Em recém-nascidos e bebês, pode ser mais difícil observar sintomas de meningite. Por isso, é preciso ficar atento a sinais como irritabilidade, letargia (não responde a estímulos) e moleira protuberante.

Os sintomas de meningite bacteriana são semelhantes aos da meningite viral, mas o quadro geral da infecção causada por bactérias é mais grave e evolui muito rapidamente, podendo levar à morte em poucas horas.

Dessa forma, é fundamental procurar auxílio médico o mais rápido possível e adotar medidas de prevenção contra a meningite.

Como se prevenir?

A melhor forma de se prevenir contra a meningite bacteriana, que é a mais perigosa, é por meio da vacinação. O Sistema Único de Saúde oferece quatro tipos de vacina que protegem contra essa doença:

  • Vacina BCG: previne a meningite tuberculosa. Toma-se uma dose ao nascer;
  • Vacina pentavalente: previne a meningite causada pelo Haemophilus inflenzae sorotipo b. São feitas três doses: aos 2, 4 e 6 meses de vida;
  • Vacina meningocócica C: previne a meningite causada pelo meningococo Neisseria meningitidis sorogrupo C. A vacina é dada em duas doses (aos 3 e aos 5 meses), com reforço aos 12 meses de idade. Adolescentes de 11 a 14 anos também devem tomar uma dose única de reforço;
  • Vacina pneumocócica 10: previne contra a meningite causada por 10 sorotipos do Steptococcus pneumoniae. As duas primeiras doses são feitas aos 2 e 4 meses de idade, com reforço aos 12 meses.

Apesar disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Imunizações recomendam a vacinação contra cinco sorotipos: A, B, C, W e Y. Nesse caso, é possível recorrer à rede privada, que disponibiliza duas vacinas que atendem a essa recomendação:

  • Vacina meningocócica conjugada quadrivalente ACWY: previne contra as bactérias meningococos dos tipos A, C, W Y. Para crianças, são feitas três doses da vacina aos 3, 5 e 7 meses, com três reforços entre 12 e 15 meses, entre 4 e 6 anos e aos 11 anos. Adolescentes que não foram vacinados anteriormente devem fazer duas doses. Para adultos em regiões de surto da doença, recomenda-se uma dose única;
  • Vacina meningocócica B: previne contra a bactéria meningococo do tipo B. Para as crianças, a vacina é feita em duas doses aos 3 e 5 meses com reforço entre 12 e 15 meses. Para adolescentes e adultos, a recomendação é tomar duas doses sem reforço.

Além disso, a prevenção contra a meningite bacteriana e viral envolve medidas de higiene como lavar as mãos com frequência, não compartilhar objetos de uso pessoal e abrir portas e janelas para ventilar os ambientes.

Outra forma de prevenir novos casos é oferecer tratamento rápido às pessoas doentes e mantê-las isoladas nas primeiras 24 horas. Depois desse intervalo, não ocorre mais transmissão.


Agende sua consulta com o aplicativo do MEDPREV ao perceber qualquer sinal de meningite ou para verificar se você precisa tomar as vacinas e fique protegido contra essa doença.

06/04/2022   •   há 2 anos


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