Depressão pós-parto: o que é, sintomas e como superar
O intervalo entre a descoberta de uma gravidez e a chegada do bebê costuma ser um período de muitas alegrias.
Contudo, para algumas mulheres, os primeiros dias após o parto costumam ser de tristeza e muito sofrimento.
Infelizmente a depressão pós-parto é uma condição que afeta uma em cada quatro mulheres, e quando não diagnosticada e tratada, pode trazer sérias consequências tanto para a mãe quanto para o bebê.
O que é depressão pós-parto?
A depressão materna pós-parto (DPP) costuma ser mais comum do que se pode imaginar.
Essa condição é um transtorno do humor que geralmente se inicia nas primeiras semanas após o parto, e comumente está relacionada ao desequilíbrio de hormônios reprodutivos nesse período.
Fatores de risco da depressão pós-parto
A depressão pós-parto pode ocorrer com mulheres de diferentes perfis e idades, já que o período gestacional é marcado por uma grande mudança física e psicológica.
Porém, há fatores de risco que podem aumentar as chances de desenvolvimento desse problema. Entre eles, estão:
- Desequilíbrio hormonal;
- Instabilidade emocional;
- Estilo de vida estressante e não saudável;
- Presença de outras doenças ou transtornos psicológicos;
- Má qualidade do sono;
- Ausência de rede apoio familiar;
- Consumo de álcool em excesso ou frequentemente.
É importante lembrar que ter o suporte psicológico antes, durante e após a gravidez ajuda a prevenir a depressão pós-parto, controlar alguns fatores de risco e fornecer os tratamentos necessários, em caso de necessidade.
Sintomas da depressão pós-parto
Muitas mães que têm depressão pós-parto se sentem culpadas pelas sensações de tristeza e medo após a chegada do bebê.
Contudo, grande parte desconhece o problema, dificultando o diagnóstico e tratamento adequado, o que pode gerar muitos transtornos ao longo da vida.
Muitas vezes, quem identifica os primeiros sinais do transtorno é o marido, parceiro ou familiares próximos.
Além de ansiedade e irritabilidade, uma mãe com depressão pós-parto pode apresentar outros sintomas como, por exemplo:
- Vontade constante de chorar;
- Diminuição do apetite;
- Dificuldade para dormir;
- Sensação de cansaço constante;
5.Sensação de estranheza em relação ao bebê;
6.Pensamentos negativos;
7.Pensamentos suicidas.
Como é feito o diagnóstico da depressão pós-parto?
O diagnóstico desse problema de saúde pode ser realizado por meio de avaliação clínica, que inclui a anamnese (entrevista com o paciente). Quando há a presença dos sintomas da depressão pós-parto por mais de duas semanas, é preciso realizar a análise da paciente, seu histórico médico, as consequências do parto na rotina e mudanças na qualidade de vida.
Para auxiliar na procura por ajuda médica, é muito importante que além da mãe, a família também ajude na identificação dos sintomas. Manter uma rede de apoio antes e depois do parto faz toda a diferença para preservar a saúde de mãe e filho.
Qual é o tratamento para depressão pós-parto?
Esse transtorno requer tratamento médico imediato. O diagnóstico precoce possibilita que o tratamento seja realizado ainda no começo dos sintomas, possibilitando uma recuperação mais rápida.
Se não tratada, essa doença pode prejudicar significativamente a interação entre mãe e bebê, afetando a formação do vínculo afetivo.
Para tratar a depressão pós-parto, o acompanhamento psicológico é essencial. O clínico geral, obstetra, psicólogo e o psiquiatra são exemplos de especialistas que podem auxiliar a mãe durante esse período.
Em alguns casos, é preciso agregar o suporte de terapia de grupo e o tratamento psiquiátrico com antidepressivos liberados para lactantes.
Diferença entre tristeza e depressão pós-parto
É comum que a tristeza seja confundida com a depressão pós-parto devido aos seus sinais, mas saber qual é a diferença entre ambas é essencial para que haja suporte médico, se necessário.
Enquanto a tristeza, também chamada de Baby Blues, é muito comum entre as mães e ocorre nos dias seguintes ao parto, a depressão pós-parto se desenvolve ao longo de semanas, meses e até anos.
Outros aspectos que divergem estão relacionados à gravidade dos sintomas: enquanto na tristeza os sinais passam em pouco tempo e não dependem de tratamentos médicos, a depressão pós-parto pode afetar a qualidade de vida tanto da mãe quanto do bebê, sendo preciso o acompanhamento de especialistas.
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10/02/2023 • há um mês