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Ansiedade: o que é, causas, sintomas e tratamento

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Cada pessoa já sentiu ansiedade ao longo da vida, mesmo que em diferentes níveis.

Os motivos para essa condição podem ser os mais variados: desde o resultado de uma prova até a necessidade de falar em público.

Contudo, quando os sintomas se manifestam de forma mais intensa, causando medo ou preocupação extrema em situações de rotina (inclusive comprometendo a saúde física e emocional), a ansiedade pode ser considerada uma doença.

Mas o que é ansiedade? O que causa esse problema? Quais são os sintomas?
Acompanhe essas e outras questões sobre o assunto no post a seguir.

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O que é Ansiedade?

Ao contrário do que muitos imaginam, a ansiedade não está relacionada com a falta de paciência ou desejo sobre algo. Esses sentimentos são normais e comum em várias etapas da vida.

A princípio, a ansiedade é um sintoma natural e uma resposta do corpo às preocupações do dia a dia. Contudo, ela se torna um problema quando essa preocupação é exagerada ou frequente em relação a situações rotineiras.

A chamada “ansiedade crônica” ou “ansiedade generalizada” pode aumentar os níveis de tensão e estresse, causando um medo que não existe.

Sem tratamento, essa condição pode evoluir para problemas mais graves, ou seja, pode dificultar e até impossibilitar o convívio social, a execução de atividades na vida profissional e a construção de relacionamentos, principalmente em casos onde há crises constantemente.

Tipos de transtorno de ansiedade

A ansiedade pode se manifestar de diferentes maneiras, sendo ela uma doença ou não. E é essencial para os profissionais responsáveis pelo tratamento saber diferenciar um quadro crônico de um passageiro.

Identificar a gravidade do problema é fundamental para que haja um diagnóstico preciso e a indicação de um tratamento eficiente.

Confira a seguir alguns dos tipos de transtorno de ansiedade!

1. Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

No Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), a preocupação do paciente torna-se excessiva, causando diversos sintomas que afetam a qualidade de vida. Entre eles, estão:

  • irritabilidade;
  • fadiga mental e física;
  • problemas de sono.

Além de ser difícil controlar seus efeitos no corpo, pode trazer prejuízos não só à pessoa que sofre com o distúrbio, mas também à família e colegas de trabalho.

2. Fobia Social

A fobia social é uma patologia crônica que desperta principalmente medo em situações simples e que envolvem a interação com outras pessoas. Além de se sentir inferior, o paciente pode mostrar instabilidade emocional e comportamental, gerando desde desconforto até voz trêmula e mal-estar.

3. Transtorno do Pânico

O Transtorno do Pânico, também conhecido como síndrome do pânico, tem como principal característica o desenvolvimento da ansiedade aguda, no qual o paciente enfrenta efeitos físicos e mentais drásticos.

As crises podem ocorrer repentinamente e durarem pouco tempo, mas o suficiente para causar um terrorismo na pessoa. Nesses momentos, é muito comum sintomas, como:

  • medo de morrer;
  • sensação de perda do controle;
  • tontura;
  • tremores;
  • produção de suor.

4. Fobias

As fobias são caracterizadas pelo despertar de medo, ansiedade e sensações que levam a pessoa a acreditar que há um perigo constante relacionado a uma situação, objeto ou elemento. Entre alguns dos exemplos mais comuns, estão as fobias à altura, avião, elevador, aranha e multidões.

5. Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)

O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é caracterizado por crises em que a pessoa afetada apresenta episódios de compulsão, além de obsessão. Assim, há um desencadeamento descontrolado de pensamentos ou comportamentos relacionados a um determinado assunto, o que pode atrapalhar a rotina e gerar um quadro de ansiedade mais grave. Entre alguns exemplos de TOC, estão a limpeza constante de objetos e superfícies, buscar a simetria e cumprir rituais diários antes de sair de casa.

6. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)

O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é desencadeado a partir de um acontecimento traumático e marcante na vida do paciente. Os sintomas dessa condição podem ser despertados por gatilhos e situações que remetem ao trauma, podendo gerar desde desconfortos até crises de ansiedade. Acidentes de carro são um dos tipos de traumas que podem causar esse tipo de transtorno.

Diferença entre crise de ansiedade e crise de pânico

Com sintomas muito parecidos, crises de ansiedade e crises de pânico muitas vezes podem ser confundidas.⁣

Ambas incluem sintomas físicos como tremores, falta de ar, tonturas, enjôos e dor de barriga, além de serem provocadas por alguma ameaça ou situação estressante. As crises de ansiedade normalmente estão relacionadas a fatores específicos e que seguem um padrão, já as crises de pânico geralmente ocorrem de forma espontânea e sem motivo.

Os sintomas físicos da crise de pânico surgem muito rapidamente e logo melhoram, enquanto que os da crise de ansiedade aparecem mais lentamente e demoram mais para passar.⁣

Como as crises de pânico são muito mais intensas e inesperadas, a pessoa que sofre com essa condição fica preocupada e com medo de que os episódios se repitam no futuro. Muitas vezes quem tem uma crise se dirige a emergências de hospitais, pois acredita que realmente vai morrer. ⁣

Porém, nas crises de ansiedade, a pessoa tem conhecimento do que despertou os sintomas e não tem o mesmo senso de urgência, muitas vezes conseguindo se acalmar sozinha e sem se preocupar se haverá novas crises futuramente.⁣

O psicólogo ou psiquiatra é o profissional mais indicado para realizar o diagnóstico e diferenciar ambas, baseando-se no histórico do paciente, entendimento sobre a sua rotina e investigação do quadro médico para tratá-lo.

Nos dois casos, o acompanhamento com um profissional (como um psicólogo) através de terapia pode aliviar os sintomas e auxiliar o paciente durante uma crise.

O que fazer durante uma crise de ansiedade?

A crise de ansiedade é desencadeada por gatilhos que causam preocupação em excesso, nervosismo e uma sequência de pensamentos que podem não corresponder à realidade.
Embora cada pessoa reaja de forma diferente durante esse episódio, alguns cuidados podem ser tomados para amenizar os sintomas e controlá-la. Confira parte deles a seguir:

  • Verificar se os sintomas podem ser indicativos de outras doenças, uma vez que a ansiedade pode provocar reações similares à pressão alta, por exemplo;
  • Controlar a respiração através de exercícios de inspiração e expiração. Aumentar a oxigenação do cérebro é fundamental para acalmar;
  • Tirar o foco dos sintomas, seja conversando com alguém ou pensando em assuntos que trazem bem-estar;
  • Buscar um ambiente tranquilo e calmo para evitar que estímulos externos agravem os sintomas;
  • Consumir chás e/ou remédios caseiros para ansiedade;
  • Ter o apoio médico profissional, como de clínico geral, psicólogo e/ou psiquiatra.

O autocuidado e a autodescoberta são essenciais para prevenir as crises, uma vez que possibilitam que o indivíduo descubra as causas da ansiedade, evitando que ela se intensifique.

Sintomas da ansiedade

Os sintomas da ansiedade são amplos e variados, podendo se manifestar de maneira diferente em cada pessoa, de acordo com o seu perfil e idade.
Ou seja, enquanto em alguns se manifesta através de sintomas físicos, em outros os sintomas são muito mais psicológicos. No primeiro caso, quando falamos de sintomas físicos, podemos destacar por exemplo:

  1. Dificuldade para dormir;
  2. Falta de ar;
  3. Suor;
  4. Tensão dos músculos
  5. Sensação de fraqueza;
  6. Tremores nas mãos;
  7. Dores musculares devido à tensão;
  8. Taquicardia;
  9. Respiração forte;
  10. Náusea;
  11. Dor de barriga.

Já quando falamos de sintomas psicológicos, podemos destacar por exemplo:

  1. Nervosismo;
  2. Medo constante;
  3. Dificuldade em controlar os pensamentos;
  4. Pessimismo;
  5. Dificuldade em se concentrar nas tarefas simples e cotidianas;
  6. Desencadeamento de dúvidas;
  7. Comportamento compulsivo;
  8. Insônia;
  9. Dificuldade em lidar com incertezas;
  10. Dificuldade em tomar decisões;
  11. Irritabilidade;
  12. Desconforto.

Embora os sintomas citados acima sejam característicos de um quadro de ansiedade, quando a pessoa apresenta um ou mais sinais, não necessariamente quer dizer que ela sofre com o problema. Contudo, é sempre bom ficar atento.

Em muitos casos, uma pessoa com ansiedade não sabe que está passando por esse problema. Por isso, se você perceber que alguém próximo pode estar com os sintomas, o recomendado é procurar ajuda médica o quanto antes.

Principais causas da ansiedade

Até hoje não existem estudos que concluem as causas que levam uma pessoa a desenvolver ansiedade. Entretanto, o que se sabe é que algumas pessoas são mais propensas a ter esse problema. Também existem algumas causas que, sozinhas ou combinadas, podem gerar crises. Entre alguns exemplos podemos citar:

  1. Uma situação de trauma;
  2. Estresse;
  3. Doenças físicas;
  4. Pensamentos negativos;
  5. Consumo excessivo de álcool;
  6. Uso de drogas;
  7. Às vezes, depressão (uma condição pode gerar a outra).

Fatores de Risco

Como visto anteriormente, da mesma forma como acontece com outras doenças, as causas exatas do transtorno de ansiedade não são totalmente conhecidas. Contudo, os chamados fatores de risco podem ajudar a estimular o problema. Por exemplo:

  1. Fatores genéticos – pessoas com casos na família são mais propensas a desenvolver a doença;
  2. Fatores externos – situações traumáticas vivenciadas em algum período da infância, adolescência ou mesmo na vida adulta;
  3. Comportamentais – pessoas muito ansiosas ou que sofrem com timidez extrema são mais propensas a desenvolver a doença.

Pessoas que são expostas a situações estressantes constantemente também estão mais propensas a desenvolver a condição, adquirindo ao longo do tempo sintomas que podem se agravar.

Outro caso muito comum está relacionado a pessoas que sofrem com doenças físicas crônicas, como tireoide, asma e diabetes. Nesses casos, a ansiedade pode surgir e persistir até o fim da vida.

Tratamento para ansiedade

Como visto acima, a ansiedade não tem uma causa comum. Em outras palavras, pode ocorrer por inúmeros fatores. Por esse motivo, não existe um tratamento específico para o problema.

Enquanto que em alguns casos as terapias entram como alternativa de tratamento, em outros o tratamento recomendado é o medicamentoso.

Por isso, ao perceber um ou mais sintomas, o recomendado é que a pessoa ou alguém da família procure ajuda médica especializada.

Somente a partir de uma avaliação individual é possível diagnosticar a origem para, então, iniciar o tratamento.

Se você tem algum desses sintomas, utilize o aplicativo do Medprev para agendar a sua consulta hoje mesmo e iniciar o tratamento.

Como os jogos podem ajudar no combate à ansiedade?

Um dos aliados no controle dos sintomas de ansiedade são os jogos digitais, que podem ser acessados por pessoas de diferentes idades. Seja para amenizar sinais leves ou para atuar de forma complementar a medicamentos e terapia, os jogos são capazes de trazer bem-estar e contribuir diretamente com a melhora da saúde mental.

Isso ocorre, pois enquanto jogam, os usuários experimentam diversos tipos de sensações e recebem estímulos que ajudam no fortalecimento da memória, concentração e raciocínio.

É importante atentar-se ao tipo de jogo escolhido para adquirir mais benefícios. Para acalmar e relaxar, jogos como os casuais e visual novels (leituras com opções de decisões ao longo da história) são os mais indicados. Já jogos de estratégia auxiliam no desenvolvimento do foco e concentração.

Elementos como recompensas, progressão de níveis e trabalho em conjunto possibilitam que os jogadores recebam estímulos benéficos para o controle dos sintomas. Vale lembrar que, além da ansiedade, os jogos também podem prevenir a depressão e outros problemas de saúde mental.

Ansiedade em universitários

A ansiedade está muito presente no dia a dia dos estudantes, principalmente durante o período de provas e apresentações de trabalhos escolares. Na época do vestibular, os sintomas podem se tornar ainda mais intensos, permanecendo durante o período de transição para a vida universitária.

A cobrança em relação ao desempenho em avaliações e projetos, a mudança de rotina a cada novo semestre e o receio sobre a carreira profissional são alguns dos gatilhos que podem desencadear crises de ansiedade.

Quando não tratada, a ansiedade, em conjunto com outros fatores (como má qualidade de sono e alimentação desequilibrada), pode aumentar as chances de desenvolvimento de diversos problemas de saúde mental, como:

  • Depressão;
  • Transtorno de Estresse Agudo;
  • Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

É muito importante que ao notar os primeiros sintomas de ansiedade ou de desequilíbrios mentais, o estudante busque ajuda.

O apoio psicológico e familiar é essencial em todo o período, inclusive nos anos finais do curso. É preciso que o estudante conte com uma rede de apoio e receba o tratamento adequado sempre que precisar.

Dúvidas comuns sobre ansiedade

Por ser um assunto que envolve vários aspectos da saúde mental e física, além de não ter uma cura, mas tratamento, é comum surgirem diversas dúvidas sobre o assunto.

Em uma consulta com um psicólogo ou psiquiatra, é essencial que o paciente descreva seus sintomas, informações que considere importante para o diagnóstico e o histórico familiar. Entre as perguntas que o profissional pode fazer, estão:

  • Como você tem lidado com a sua ansiedade?
  • Com qual frequência você consome álcool?
  • Em quais momentos você sente mais ansiedade?
  • Com que frequência você se preocupa com o futuro?
  • Há quanto tempo você sofre com os sintomas?
  • Você acha que a ansiedade prejudica a sua vida pessoal, familiar ou profissional?
  • Quais sensações você tem quando pensa no futuro?
  • Como você lida com a mudança ou situações inesperadas?
  • Você já foi medicado antes?
  • Você está em contato com alguma situação estressante?
  • Qual é a sua profissão?
  • Você tem problemas de saúde?
  • Você identificou um padrão de situações em que se sente ansioso?

A ansiedade pode matar?

Uma dúvida que preocupa pessoas que lidam com essa condição de saúde é se a ansiedade pode matar. Isso ocorre devido a alguns de seus sintomas, como a falta de ar e aceleração da frequência cardíaca.

A ansiedade, enquanto reação do corpo a uma causa específica, não é fatal, mas seus sintomas podem ser confundidos com outros problemas de saúde, como no caso do ataque cardíaco. Pessoas que têm problemas no coração, por exemplo, ao sentirem sintomas como dores no peito, precisam buscar ajuda médica imediatamente para que o profissional realize o diagnóstico correto do quadro de saúde.

Também é importante lembrar que a ansiedade pode agravar problemas de saúde já existentes e aumentar as chances do desenvolvimento de doenças como a depressão. Isso ocorre, pois as crises afetam aspectos fundamentais para a qualidade de vida do indivíduo, como a alimentação e o descanso.

Quem sofre com ataque de pânico pode ter a sensação de quase morte, mas assim como a crise de ansiedade, precisa de um acompanhamento profissional para tratamento adequado.

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É preciso ter uma conversa franca com o profissional e apresentar todas as questões que preocupam o paciente. Somente com o diagnóstico é possível prevenir sintomas piores e tratar os existentes.

Como lidar com a ansiedade na pandemia?

Desde que a pandemia de COVID-19 se iniciou em 2019, houve uma grande mudança em várias camadas da vida da população mundial, obrigando as pessoas a permanecerem em casa para evitar a propagação da doença.

Como consequência do isolamento social e da mudança brusca na vida pessoal, familiar e profissional, houve um grande aumento nos casos de pessoas ansiosas, e por diversos motivos.

Mesmo antes da pandemia, o Brasil era considerado o país mais ansioso, tendo a Irlanda e os EUA na segunda e terceira posições, respectivamente. Após o isolamento, a situação se tornou ainda mais crítica.

O receio do futuro, de adoecer, perder entes queridos e manter a vida financeira em um cenário desfavorável foram apenas alguns dos fatores que desencadearam a condição em pessoas que anteriormente eram saudáveis.

Por ser um cenário que ainda é presente, é necessário encontrar meios de lidar com a ansiedade tanto durante a quarentena quanto no período de transição para a volta à rotina.

Algumas das ações que podem ser tomadas para diminuir a ansiedade nesse contexto, são:

  • Filtrar as informações e notícias sobre o assunto, principalmente considerando que notícias falsas são muito comuns (especialmente na internet);
  • Manter a mente ocupada, seja através de atividades manuais, hobbies, jogos e filmes;
  • Definir um tempo limite de exposição a meios de comunicação como computadores, televisões e rádios. Estar conectado constantemente pode aumentar a sensação de angústia e as chances de entrar em contato com gatilhos que desencadeiam a ansiedade;
  • Desabafar e encontrar meios de expressar o que sente. Conversar com pessoas confiáveis, escrever blogs, fazer atividades físicas e meditação são apenas alguns exemplos;
  • Priorizar a sua saúde mental. Mesmo em casos no qual há uma grande demanda de esforço e atenção em tarefas do dia a dia, é muito importante definir os seus limites e respeitá-los;
  • Buscar ajuda profissional sempre que necessário. Muitas vezes, somente um psicólogo ou psiquiatra pode ajudar a lidar com crises e auxiliar no tratamento da condição;
  • Criar e manter uma rotina. Ter horários de descanso, alimentação, diversão e tempo para aproveitar com a família é primordial para organizar os pensamentos e manter-se ocupado;
  • Investir no seu conforto e no que você gosta. Agentes externos, como o ambiente, podem influenciar no bem-estar e ajudar a prevenir crises de ansiedade. Seja através da mudança da decoração ou posição dos móveis, é possível criar um espaço em que você se sinta seguro e acolhido, principalmente quando surgirem sintomas.

► Saiba mais sobre como controlar a ansiedade

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Ansiedade e redes sociais

As redes sociais já tinham um grande impacto na saúde mental de pessoas de diversas idades anteriormente, mas nos últimos anos, com o aumento do tempo em casa e o surgimento de novas mídias, essa situação se intensificou.

Os usuários estão tendo contato com redes sociais cada vez mais cedo, e mesmo com as restrições de diversas plataformas, é comum encontrar crianças e jovens usando ativamente seus perfis.

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Entre as consequências causadas pelo excesso do uso das redes, está o desenvolvimento de ansiedade e depressão. Não só adolescentes, mas também adultos, têm relatado as crises relacionadas a situações específicas, como recebimento de críticas, necessidade de aprovação externa, aumento da sensação de solidão e medo de cyberbullying.

Uma das melhores formas de evitar o impacto das redes sociais na saúde mental é através da busca pelo equilíbrio, ou seja, por meio do controle do uso das plataformas e maior conexão com a vida fora das telas.

Alguns sinais que indicam o surgimento de ansiedade relacionada às redes sociais, são:

  • Necessidade de checar notificações e mensagens constantemente;
  • Deixar de fazer tarefas importantes para usar o celular;
  • Ter dificuldade em se concentrar;
  • Ter uma preocupação excessiva com likes e comentários;
  • Desenvolver um sentimento de inferioridade;
  • Acordar e dormir conectado ao celular.

Por isso, ao surgirem indícios de que há algo de errado, é preciso rever a rotina e encontrar meios de diminuir o uso do celular.

► Confira mais informações sobre o assunto neste vídeo.

Ansiedade no Home Office

A impossibilidade de continuar a rotina presencial obrigou a população a parar de trabalhar ou migrar para a modalidade à distância.

Porém, trabalhar no home office impactou diretamente na qualidade de vida, afetando a saúde mental e física. Muitos trabalhadores indicaram uma piora na concentração, aumento do estresse e desenvolvimento da ansiedade.

A falta de interação entre os colaboradores também intensificou os efeitos do trabalho remoto, gerando insegurança na execução das tarefas profissionais e prejudicando o desenvolvimento de habilidades.

Os professores são um dos exemplos de profissionais seriamente afetados pela ansiedade e pelo home office. Manter a qualidade das aulas e desenvolver o interesse dos alunos pelos conteúdos à distância mostrou-se um grande desafio, principalmente para quem estava pouco acostumado à tecnologia.

Como resultado, houve um aumento considerável na procura por terapeutas e tratamentos complementares para ajudar a lidar com as mudanças.

Outros profissionais, assim como os professores, têm buscado alternativas para se adaptar melhor ao trabalho e reduzir os efeitos da ansiedade.

Mitos e verdades sobre ansiedade

Embora a ansiedade seja um assunto cada vez mais abordado na mídia e no dia a dia, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre suas características, sintomas e tratamentos.

Saiba mais sobre mitos e verdade sobre a ansiedade a seguir:

  • Ansiedade tem cura. Depende: a ansiedade enquanto condição temporária (reação comum que ocorre em situações preocupantes ou estressantes), pode ter seus sintomas eliminados. Porém, considerando o transtorno de ansiedade, é possível somente controlá-lo através de acompanhamento profissional;
  • Exercícios de respiração ajudam a controlar as crises de ansiedade. Verdade: a respiração contribui para a oxigenação do cérebro, reduzindo seus sintomas;
  • Atividades físicas ajudam no controle da ansiedade. Verdade: além de melhorar o sono, o exercício pode prevenir os sintomas, ajudar no funcionamento do organismo e trazer bem-estar;
  • A ansiedade é hereditária. Mito: a ansiedade está diretamente ligada às experiências do indivíduo, sendo resultado da sua reação a situações à sua volta;
  • Crianças podem ter ansiedade. Verdade: o transtorno de ansiedade está comumente presente em pessoas adultas, mas crianças e adolescentes também podem sofrer com seus efeitos;
  • Transtorno de ansiedade pode estar ligado a outras doenças. Verdade: o transtorno pode ser resultado de alterações na tireoide, por exemplo. Pessoas que sofrem com patologias crônicas também podem desenvolvê-lo, sendo necessário tratar a ansiedade em conjunto com outros especialistas.
  • Somente o psiquiatra diagnostica o transtorno de ansiedade. Mito: profissionais como o clínico geral e o psicólogo podem ser essenciais para ajudar no diagnóstico do paciente;
  • Depressão e ansiedade possuem os mesmos sintomas. Depende: Alguns sintomas da ansiedade são similares ao da depressão e vice-versa, mas ambas são condições de saúde diferentes.

Ansiedade e Síndrome de burnout

O surgimento da pandemia de COVID-19 trouxe uma grande mudança na jornada de trabalho, que em maioria transitou para a modalidade remota (home office). Muitos profissionais precisaram se adaptar a novas tecnologias e reestruturar o seu perfil de trabalho, o que causou principalmente uma sobrecarga mental.

Outros profissionais, principalmente da área da saúde, tiveram o estresse como um dos principais elementos de sua rotina, lidando com uma ameaça constante à sua saúde e a da família.

Segundo pesquisa realizada pelo G1, cerca de 79% dos médicos identificaram sinais da síndrome de burnout, que ocorre quando há uma sobrecarga emocional do indivíduo devido ao estresse persistente.

A síndrome pode ser resultado de diversas situações, como:

  • Alta carga de trabalho;
  • Ambiente desgastante e que oferece baixa qualidade de trabalho;
  • Situações com alta pressão psicológica e grandes responsabilidades;
  • Profissões suscetíveis a problemas e/ou desafios constantes;
  • Ambiente profissional altamente competitivo.

Para a identificação da síndrome, é necessário notar pelo menos três elementos principais:

  • Exaustão, no qual o trabalho gera sobrecarga mental e física;
  • Ceticismo, no qual o indivíduo assume uma postura pessimista e distante da realidade, muitas vezes demonstrando indiferença em relação às suas responsabilidades e tarefas;
  • Ineficácia, no qual há uma grande insatisfação consigo mesmo, perda da confiança e da autoestima, gerando uma sensação de inutilidade.

Entre alguns dos sintomas que surgem no desenvolvimento da síndrome, estão:

  • Sentir cansaço constante;
  • Sentir apatia e desligamento da realidade;
  • Ter pensamentos pessimistas;
  • Lidar com a falta de foco;
  • Ansiedade.

Todos esses sinais podem ter efeitos emocionais e comportamentais, afetando diversas esferas da vida do indivíduo.

Embora haja diversos pontos de vista a respeito da relação entre burnout, depressão e ansiedade, muitos especialistas afirmam que a síndrome está diretamente ligada a essas doenças.

Em situações estressantes, por exemplo, a rotina pode ser acompanhada por sintomas de ansiedade, já que o indivíduo está mais suscetível a preocupações e problemas no ambiente profissional.

À medida que a produtividade diminui e as cobranças aumentam, o trabalhador pode enfrentar um ciclo de esgotamento e perda da saúde mental, agravando seu quadro de saúde.

A síndrome de burnout, assim como outras condições que afetam a saúde mental e física, precisa ser diagnosticada por um profissional como o clínico geral ou psicólogo, que avalia os sintomas e seu nível de gravidade.

Ansiedade e setembro amarelo

O Setembro Amarelo é dedicado a prevenir o suicídio e lembrar da importância dos cuidados com a saúde mental.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil é um dos países mais ansiosos do mundo, sendo as mulheres as principais acometidas pela doença.

A ansiedade crônica, em conjunto com outras doenças e/ou transtornos, é um fator que impacta diretamente nas chances de suicídio quando seus sintomas não são tratados adequadamente.

Manter os cuidados da saúde mental, melhorar a qualidade de vida do indivíduo e falar abertamente sobre o assunto é essencial para a conscientização da população e diagnóstico precoce.

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12/07/2023   •   há 8 meses

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