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Como a mudança brusca de temperatura afeta a saúde

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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A cena é comum em muitas cidades: saímos de casa pela manhã para o trabalho com roupas leves e no fim do dia voltamos passando frio. As mudanças bruscas de temperatura podem ocorrer a qualquer momento, mas são mais propícias em certas épocas do ano.

O nosso corpo sente mais do que a sensação de frio quando não está bem agasalhado: pode desencadear alergias, resfriados e baixa da imunidade.

Crianças e idosos, mais sensíveis, sentem ainda mais os efeitos dessas alterações climáticas.

Neste artigo, discutiremos como a mudança brusca de temperatura afeta a saúde!

As mudanças que ocorrem em nosso corpo

Quando a temperatura diminui, principalmente no inverno, o nosso corpo gasta mais energia para se manter aquecido. Como consequência, sentimos mais fome e nos tornamos mais vulneráveis a problemas de saúde.

Além disso, ambientes fechados na maior parte do dia passam a ser outra ameaça: a falta de renovação de ar facilita a transmissão de vírus.

inverno

A consequência disso é que a procura por atendimento médico aumenta. Aqueles que já têm propensão a ter problemas respiratórios, como asma ou bronquite, enfrentam o agravamento dos sintomas.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) comprovou que quem tem rinite alérgica corre um risco maior de desenvolver sintomas respiratórios e oculares, como coceira no nariz ou ardor nos olhos, quando os termômetros oscilam.

Pacientes com histórico de problemas cardíacos também devem redobrar a atenção e se agasalhar bem.

Quando há alteração repentina da temperatura, do quente para o frio, por exemplo, a pressão aumenta e pode ocorrer uma crise hipertensiva.

Já no cenário oposto, do frio para o quente, o sangue fica mais espesso, as artérias se contraem e a pressão tende a cair.

Problemas de saúde mais comuns no meio do ano

A chegada do inverno potencializa uma série de condições de saúde, especialmente relacionadas a problemas respiratórios, viroses, alergias e problemas cardíacos.

Além disso, dias mais frios podem provocar mudanças no humor, deixando as pessoas suscetíveis à tristeza ou depressão.

Gripe

Lugares fechados e com maior concentração de pessoas tendem a ser mais propícios para a circulação do vírus Influenza.

Por isso, é comum ficarmos gripados nessa época do ano. A melhor forma de prevenção é a vacina contra a gripe.

Em caso de percepção dos sintomas – dor, febre e inflamação nas vias respiratórias – procure um médico.

Problemas cardíacos

O sistema cardiovascular também é impactado com as mudanças bruscas de temperatura. Quando o clima esquenta, o sangue fica mais espesso e a pressão tende a cair.

temperatura

O esforço empreendido pelo coração para bombear o sangue aumenta e aqueles que têm problemas cardíacos podem sofrer mais.

Pneumonia

As baixas temperaturas fazem com que a nossa imunidade fique mais baixa, pois o corpo dispende mais energia para manter as funções vitais. Algumas bactérias podem se aproveitar disso para causar infecções que inflamam os pulmões – resultando em pneumonia. Crianças e idosos têm mais risco de desenvolvê-la.

Alergias

A causa da maioria das alergias respiratórias são os ácaros. Eles se abrigam em tapetes, almofadas, cortinas e roupas e se aproveitam das temperaturas mais baixas.

Quando o tempo fica mais frio, é comum que as pessoas abram menos as janelas e diminuam o ritmo da limpeza. Evitar a poeira acumulada é a melhor prevenção.

Como prevenir problemas de saúde decorrentes da mudança brusca de temperatura?

Se as mudanças bruscas de temperatura ocorrem com frequência em certas estações do ano na sua região, é preciso preparar-se com antecedência para reduzir os seus efeitos na saúde.

Para ajudar você, listamos 5 dicas para minimizar as chances de que problemas de saúde se desenvolvam nesse período.

1. Beba muita água

Em dias frios temos a tendência de nos hidratar com menor intensidade. Isso é um grande erro, especialmente se o clima estiver seco.

frio calor

Mesmo sem sentir sede, carregue uma garrafinha de água e tome-a várias vezes ao dia. Frutas, legumes e verduras também auxiliam na hidratação.

2. Faça ajustes na alimentação

No inverno precisamos de mais energia para manter as funções vitais do organismo. Por conta disso, é necessário fazer ajustes na alimentação para fortalecer o organismo.

Alimentos que aceleram o metabolismo e opções mais calóricas são as melhores escolhas. Apenas tome cuidado para não abusar de alimentos gordurosos.

Para uma alimentação adequada para o seu perfil, busque a ajuda de um nutricionista.

3. Areje os ambientes

Em dias frios, temos menos vontade de abrir as janelas e o ar-condicionado permanece sempre ligado. Manter a casa fechada impede a circulação de ar, o que favorece a proliferação dos vírus, fungos e bactérias. Portanto, por mais que o vento frio seja incômodo, abra a casa algumas vezes ao dia para renovar o ar.

4. Evite o “choque térmico”

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Se estiver em um ambiente abafado, proteja o nariz e a boca com a blusa ou um cachecol antes de sair para o frio. A mudança brusca de ambientes com diferentes temperaturas pode ser muito prejudicial, por isso é importante evitá-la.

5. Lave as roupas de inverno

Lembramos de cuidar das roupas da estação quando precisamos usá-las, o que pode ser um problema no caso das peças de inverno.

Depois de muito tempo sem uso, casacos, cachecóis e cobertores podem estar embolorados ou mofados. Usá-los sem uma higienização adequada pode potencializar o desenvolvimento de alergias.

Sendo assim, aproveite o período anterior às temperaturas baixas para lavar as roupas ou colocá-las no sol antes de utilizá-las.

Conclusão

Ao longo do ano, pode haver uma variação na temperatura e umidade. Estações mais frias, como o inverno, podem intensificar o surgimento de problemas de saúde, como gripes, resfriados e alergias.

Para manter a saúde, é muito importante buscar ajuda profissional de acordo com os sintomas. Além do clínico geral, o alergologista e o pneumologista podem fazer toda a diferença na prevenção e tratamento de doenças que se manifestam principalmente nesse período.

Fonte(s): DW, Jornal da USP, Minha Vida e UOL Notícias

21/06/2023   •   há 9 meses