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Disfunção erétil: sintomas, causas, prevenção e tratamento

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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A disfunção erétil é a incapacidade de fazer com que o pênis fique ereto ou de manter a ereção, o que prejudica a relação sexual e traz uma série de frustrações para a vida íntima e a saúde mental.

Também conhecido como impotência sexual, o problema ainda é um grande tabu, e muitos homens evitam falar sobre o assunto. Porém, a disfunção erétil é uma condição bastante comum: de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, estima-se que ela afeta metade da população masculina com mais de 40 anos.

Saiba mais sobre os sintomas, as causas, a prevenção e o tratamento da disfunção erétil:

Sintomas da disfunção erétil

Também conhecida como impotência sexual, a disfunção erétil não se trata de apresentar dificuldades de ereção de vez em quando, mas sim de um problema constante e que pode envolver outros sintomas, incluindo:

  • Incapacidade de ter ou manter a ereção;
  • Redução do desejo sexual;
  • Diminuição do tamanho do pênis ou dos testículos;
  • Redução da quantidade de pelos no corpo;
  • Insucesso em tentativas de engravidar a parceira.

Causas da disfunção erétil

A disfunção erétil pode ser originada por disfunções do organismo ou por fatores psicológicos. Conheça as principais causas da impotência sexual:

Causas orgânicas (físicas)

A disfunção erétil devido a causas orgânicas é mais frequente a partis dos 40 anos, tornando-se mais comum com o avanço da idade. As causas orgânicas incluem:

  • Problemas cardiovasculares: são fatores que podem prejudicar o fluxo de sangue para o pênis, como arteriosclerose (endurecimento das artérias), hipertensão, colesterol alto e problemas cardíacos;
  • Disfunções do sistema nervoso: esclerose múltipla, lesão da medula, neuropatia;
  • Diabetes: a doença pode afetar tanto os nervos quanto os vasos sanguíneos;
  • Obesidade: o excesso de peso prejudica a circulação de modo geral, incluindo o fluxo de sangue para o pênis;
  • Desequilíbrios hormonais: especialmente a redução dos níveis de testosterona a partir dos 50 anos;
  • Tratamentos: radioterapia na região pélvica, cirurgias no intestino ou na próstata e alguns medicamentos podem prejudicar os mecanismos envolvidos na ereção;
  • Tabagismo: trata-se de uma das principais causas da disfunção erétil, pois o cigarro pode reduzir a pressão do sangue em direção ao pênis, impossibilitando uma ereção satisfatória;
  • Consumo de álcool: as bebidas alcoólicas prejudicam a ereção logo depois do consumo; além disso, o consumo excessivo pode favorecer o desequilíbrio hormonal de forma permanente;
  • Uso de anabolizantes e outras substâncias: enquanto os anabolizantes podem reduzir a produção de testosterona, drogas ilícitas causam efeitos no cérebro que dificultam a ereção.

Causas psicológicas

Além de poderem prejudicar o desejo sexual, as causas psicológicas afetam os próprios mecanismos da ereção, atrapalhando o funcionamento das válvulas penianas que controlam o fluxo de sangue para os genitais.

A disfunção erétil devido a fatores psicológicos é mais comum entre os jovens e costuma ter as seguintes causas:

  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Estresse;
  • Baixa autoestima;
  • Insegurança;
  • Medo de falhar;
  • Sensação de estar sendo julgado pela parceira ou pelo parceiro;
  • Problemas de comunicação entre os parceiros.

Muitas vezes, a disfunção erétil pode ser originada por mais de uma causa, pois a ereção é um processo multifatorial.

Além disso, um aspecto importante a ser analisado é se o problema surge apenas nas relações sexuais. Caso as ereções matinais e noturnas ocorram normalmente, assim como a ereção na masturbação, pode-se descartar qualquer causa física, restando assim as causas psicológicas.

Como prevenir a disfunção erétil

Um dos principais fatores de risco para a disfunção erétil é idade, pois o passar dos anos costuma ser acompanhado pela diminuição dos níveis de testosterona. Embora o avanço da idade não possa ser evitado, é possível prevenir as outras causas desse problema ao adotar as seguintes medidas:

  • Praticar atividades físicas regularmente;
  • Ter uma alimentação saudável;
  • Manter uma faixa de peso adequada;
  • Não fumar;
  • Evitar o consumo de álcool;
  • Não utilizar esteroides sem orientação médica;
  • Não utilizar drogas ilícitas;
  • Manter condições como diabetes, hipertensão e dislipidemia (colesterol alto) sob controle;
  • Dormir bem e reservar tempo para o descanso e o lazer;
  • Evitar o estresse;
  • Fazer acompanhamento psiquiátrico e psicológico em caso de transtornos mentais como ansiedade e depressão;
  • Proporcionar educação sexual às crianças e jovens para que conheçam seu corpo e livrem-se de mitos sobre a sexualidade.

Tratamento para disfunção erétil

Depois de estabelecer o diagnóstico e as causas da disfunção erétil, o que pode necessitar de alguns exames complementares, o médico urologista ou andrologista vai prescrever o tratamento mais indicado para cada pessoa.

As principais formas de tratamento incluem:

  • Adoção de hábitos saudáveis: em muitos casos, uma mudança no estilo de vida pode resolver o problema sozinha ou acompanhada por outros tratamentos;
  • Terapia: indicada quando existem causas psicológicas para a disfunção erétil;
  • Medicamentos por via oral: medicamentos como a sildenafila (Viagra) e outras substâncias similares proporcionam uma ereção temporária por melhorar o fluxo sanguíneo para o pênis. Porém, esses medicamentos têm efeitos colaterais importantes e devem ser utilizados somente com orientação médica;
  • Injeções penianas: tratam-se de injeções que o próprio paciente aplica no pênis antes da relação sexual;
  • Bomba de vácuo: são utilizadas para estimular a circulação sanguínea para o pênis por meio da sucção, mas indicadas para homens que passaram por cirurgia de próstata;
  • Prótese peniana: tratamento cirúrgico no qual é implantada uma prótese interna para dar sustentação ao pênis.

A disfunção erétil é um problema que afeta a autoestima, a saúde mental e os relacionamentos íntimos dos pacientes. Se você está passando por isso, utilize o site ou o aplicativo do MEDPREV para agendar sua consulta com o urologista ou o andrologista.

Fonte(s): Lado a Lado, Minha Vida, G1, Drauzio Varella e UOL

24/02/2022   •   há 2 anos