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Álcool durante a gravidez: quais são os limites?

Revisado pelo(a) Dra. Melissa Amoroso Custodio, CRM/PR 39552 , Ginecologia e Obstetrícia - RQE 34292

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Descobrir que está esperando um bebê é um momento cheio de expectativas e principalmente dúvidas, entre elas, se o consumo de bebidas alcóolicas deve ser interrompido.

O álcool é prejudicial ao desenvolvimento ao bebê, porém, mesmo sendo um risco, estima-se que 20% a 30% das gestantes mantêm o seu consumo durante a gestação.

Quer saber mais sobre álcool durante a gravidez: quais são os limites e consequências? Confira esse post até o final!

RISCOS DO CONSUMO DE ÁLCOOL NA GRAVIDEZ

O primeiro risco relacionado ao álcool e o desenvolvimento do bebê é a facilidade que esta substância tem para atravessar a placenta, ou seja, a concentração alcóolica na corrente sanguínea da mãe e do bebê pode ser similar.

Além disso, o fígado do bebê ainda está em formação, por isso, não está preparado para processar o álcool como um adulto, o que prejudica ainda mais a sua saúde.

Segundo um estudo da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, o consumo de duas doses da substância por semana (500 ml de cerveja ou 150 ml de vinho, por exemplo) está relacionado a um aumento de 4,3% nos nascimentos prematuros e de 4,4% nas chances de o bebê nascer com tamanho e peso menores do que os esperados para o tempo de gestação.

Outras pesquisas também demonstram que os prejuízos causados pelo álcool no desenvolvimento do bebê são maiores quando as gestantes fumam, têm um consumo elevado de cafeína e seguem uma alimentação desequilibrada.

SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL

A síndrome alcoólica fetal (SAF) é um conjunto de alterações físicas e mentais que podem acometer os bebês devido ao consumo de álcool pela mãe durante a gestação.

Entre as principais manifestações desta síndrome, estão:

  • Alterações estruturais - malformação dos ossos da face, de outros ossos, coração e rins, microcefalia, baixo peso e baixa estatura;
  • Alterações cognitivas - hiperatividade, déficit de atenção, dificuldades de aprendizagem, baixo desempenho escolar;
  • Alterações funcionais - déficit de coordenação motora, atraso no desenvolvimento da fala, prejuízos na visão e audição, além de morte súbita logo após o parto.

A estimativa é de que 3 em cada 1000 crianças sofram com essa síndrome, embora possa haver um número muito mais alto de bebês afetados em grau menor.

Também é importante ressaltar que essas alterações podem se manifestar anos depois do nascimento e até na adolescência, dificultando o diagnóstico.

AFINAL, QUAIS SÃO OS LIMITES DO ÁLCOOL NA GRAVIDEZ?

Não há uma resposta única para os limites do álcool na gravidez, mas de acordo com diversos estudos científicos, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas na gestação pode trazer problemas e afetar diretamente a saúde do feto, principalmente se há fatores de risco relacionados.

Por isso, a maior parte dos médicos e especialistas em reprodução humana orientam sobre a importância de evitar o álcool se o objetivo é engravidar ou se a gravidez já está em andamento.

É indicado que a paciente busque ajuda especializada de uma obstetra para esclarecer dúvidas e receber orientação adequada baseada no histórico médico e no quadro de saúde de mãe e bebê.

Com acompanhamento médico e a realização de consultas e exames do pré-natal, é possível prevenir doenças e problemas de saúde.

22/04/2024   •   há um dia


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CRM/PR 39552, Ginecologia e Obstetrícia - RQE 34292

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