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Saúde do homem: pesquisa mostra como os homens lidam com o bem-estar físico e mental

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Raras visitas ao médico e desconhecimento sobre a situação do coração e dos índices de colesterol são um resumo que define uma grande parcela do público masculino, conforme um levantamento realizado pela revista Saúde em novembro de 2019.

A pesquisa, conduzida em parceria com o Instituto Lado a Lado Pela Vida e a área de Inteligência de Mercado do Grupo Abril, constatou que quase 40% dos homens até 39 anos e 20% daqueles acima dos 40 só vão ao médico quando se sentem mal. A falta de exames cardiológicos e da verificação dos índices de colesterol resulta em um estilo de vida quase sempre de baixa qualidade, com má alimentação, falta de exercícios e pouco bem-estar.

Porém, quais você sabe são os motivos que levam os homens a ter menos interesse em procurar um médico para realizar exames de rotina?

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Uma questão cultural

Historicamente, os homens vão menos ao médico do que as mulheres. Grande parte disso se deve ao estereotipo social no qual o homem não pode demonstrar nenhum tipo de fragilidade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os homens têm menor expectativa de vida que as mulheres e a situação se torna ainda mais discrepante nos locais em que os indicadores socioeconômicos são menos equilibrados entre os sexos, já que é necessário um esforço para que eles cuidem da saúde.

Apesar de o cenário estar longe do ideal, a situação te mudado para melhor nas últimas décadas. A busca por produtos de higiene e beleza específicos para homens aumentou e hoje representa cerca de 37% do volume de vendas.

Linhas de comunicação específicas para esse público ajudaram a fomentar uma parcela de consumidores que se resumia a cortar o cabelo e fazer a barba. Porém, os desafios na medicina ainda são maiores.

Os exames preventivos, infelizmente, ainda não fazem parte da agenda de grande parte da população masculina, o que resulta em problemas graves que, se tivessem sido diagnosticados a tempo, poderiam ser evitados.

Quais são os problemas de saúde mais recorrentes entre os homens?

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), homens brasileiros vivem, em média, sete anos a menos do que as mulheres. O fato de apresentarem um estilo de vida menos saudável e realizarem menos exames de rotina faz com que muitos desconheçam dados sobre a sua real situação de saúde.

Problemas como colesterol alto e hipertensão estão entre os mais citados pelos homens em pesquisas. Embora eles estejam cientes de que esses são fatores de risco para outras doenças (como problemas cardíacos), apenas 39% afirmam que procurariam um médico caso sentissem dores no peito.

Para estimular os homens a procurarem auxílio médico e cuidarem mais de seu bem-estar, o Governo Federal desenvolveu a Política Nacional de Saúde do Homem. Ela contempla cinco eixos temáticos: acesso e acolhimento, saúde sexual e saúde reprodutiva, paternidade e cuidado, doenças prevalecentes e previsão de violência e acidentes. A lista de doenças com maior prevalência entre os homens contempla as seguintes:

  • Doenças cardiovasculares: elas estão entre as principais causas de morte no Brasil e a maior parte das vítimas são os homens. Infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e AVC são um risco para pacientes com pressão alta, obesidade ou hábitos de vida pouco saudáveis, como o tabagismo;
  • Câncer de pulmão: os homens estão duas vezes mais propensos a desenvolver câncer de pulmão do que as mulheres. A ampla maioria dos casos, 90% deles têm relação direta com o cigarro, um fator que potencializa os riscos;
  • Câncer de próstata: depois dos pulmões, a próstata é o segundo local de maior incidência de câncer entre os homens. Nesse caso, é fundamental que o diagnóstico seja precoce: as chances de cura chegam a 90% quando o problema é diagnosticado logo no início. Homens acima de 40 anos estão mais propensos a desenvolver essa doença;
  • Câncer de testículos: embora seja raro, a grande preocupação é que essa doença atinge homens com idade entre 15 e 50 anos. O autoexame para detectar possíveis nódulos deve ser realizado todos os meses, e anualmente deve ser feita pelo menos uma visita ao urologista.
  • Câncer de pênis: condições precárias de higiene podem resultar em câncer no órgão genital masculino. Dois em cada cem casos de câncer entre os homens no Brasil acometem o pênis, sendo que a incidência é maior nas regiões Norte e Nordeste.

Conclusão

Em todos os casos mencionados acima, a prevenção é a melhor alternativa para evitar qualquer um desses problemas. Deixar de lado preconceitos e realizar ao menos um check-up anual é essencial para que o paciente possa ter maior controle sobre a saúde e mais bem-estar.

Com o suporte médico do clínico geral ou urologista, é possível manter a saúde em dia.

08/08/2023   •   há um ano