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Pedra na vesícula, quando operar?

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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É possível que você tenha pedra na vesícula e nem saiba disso. Muitas pessoas acabam descobrindo a presença das chamadas “pedras no rim” quando passam por exames de rotina, o que significa que elas não manifestam sintomas.

Porém, será que é necessário recorrer a uma cirurgia sempre que essa condição for diagnosticada? A análise sempre deve ser feita de forma individualizada, e somente um profissional de medicina é capaz de avaliar, após exames laboratoriais, qual é o melhor caminho para o tratamento.

Pedra na vesícula: o que é e por que isso acontece?

A vesícula biliar é uma espécie de bolsa, localizada no lado direito do abdômen, logo abaixo do fígado. Ela tem como uma das suas funções armazenar a bile, um líquido produzido pelo fígado e que auxilia na digestão das gorduras.

Porém, esse líquido é rico em colesterol e em alguns casos essas partículas podem se transformar em pedras. A vesícula biliar tem uma capacidade de armazenamento de cerca de 50 ml de líquido. Quando ela está cheia – pelas mais diversas razões – a solução encontrada pelo organismo é de tornar o líquido mais espesso, eliminando água.

Esse líquido mais espesso pode contribuir para que partes da substância se solidifiquem, resultando em pequenas pedras. Quando elas se formam, o paciente pode apresentar sintomas de colelitíase, o que inclui dores abdominais e cólicas.

Grande parte dos pacientes não chega a perceber os sintomas, pois muitas vezes as pedras acabam sendo eliminadas junto com as fezes. O problema se dá quando a pedra formada é maior do que o orifício da vesícula, o que causa uma pressão percebida como uma forte dor no abdômen, geralmente após as refeições.

Quais pacientes estão mais propensos a desenvolver colelitíase?

Tanto homens quanto mulheres estão sujeitos a desenvolver colelitíase. Entretanto, os casos são mais comuns em pessoas acima dos 40 anos de idade. As mulheres representam uma parcela maior dos casos, especialmente pelo fato de que há ação do estrogênio sobre a bile antes da menopausa.

Pacientes que fazem tratamentos de reposição hormonal, que passam por situações de rápida perda ou ganho de peso ou que tenham doenças como diabetes e cirrose também são considerados grupo de risco.

Contudo, como já mencionamos, nem sempre há manifestação de sintomas. Em muitos casos o diagnóstico aparece em exames de rotina, mas sem que haja uma manifestação da condição a avaliação médica pode indicar que não há necessidade de tratamento ou de procedimento cirúrgico.

Nesse caso, o exame mais indicado é a ultrassonografia. Primeiramente, identifica-se se há ou não a formação de pedras na região. Somente a partir disso é que se avalia se elas são ou não a causa dos sintomas percebidos. Testes mais apurados podem ser necessários posteriormente: nesse caso, exames como cintilografia, ressonância magnética ou tomografia computadorizada podem indicar se há ou não algum tipo de inflamação.

Tratamento: como eliminar pedras na vesícula

Estudos mostram que menos de 15% dos pacientes com pedras na vesícula desenvolvem sintomas em um prazo de 10 anos. Isso significa que, se não há sintomas, não há necessidade de intervenção ou tratamento imediato, mas é fundamental realizar exames periódicos para acompanhar se há não crescimento no tamanho das pedras.

Por outro lado, a presença de sintomas, ainda que sejam apenas cólicas, já um fator suficiente para que a cirurgia possa ser um procedimento indicado. A colecistectomia, a retirada cirúrgica da vesícula, é o tratamento mais comum. Nela há destruição das pedras para desobstrução das vias biliares e retirada da vesícula para evitar recorrências. Já pacientes com pedras formadas predominantemente por colesterol, há alternativas de tratamento com remédio, mas esse é um processo longo e que pode demorar alguns anos.

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A principal recomendação para evitar problemas relacionados às pedras na vesícula é realizar exames de rotina pelo menos uma vez por ano. Se elas forem detectadas, mas não houver sintomas, a indicação é muito mais de acompanhamento do que de tratamento. Por outro lado, a presença de sintomas índica uma certa urgência no tratamento.

Agendar uma consulta na Medprev e realizar os exames indicados pelo médico é fundamental para se ter um diagnóstico preciso. Não há como diagnosticar a doença ou apontá-la como causa dos sintomas sem os devidos cuidados médicos.

24/02/2022   •   há 2 anos


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