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Ressecamento do olho: o que isso pode indicar?

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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O ato de piscar é fundamental para a lubrificação dos olhos. Cada vez que abrimos e fechamos as pálpebras o filme lacrimal é distribuído de maneira uniforme sobre a superfície ocular. Porém, algumas pessoas podem ter uma sensação de ressecamento do olho, durante esse movimento.

Essa condição é conhecida como Síndrome do Olho Seco. O problema pode aparecer em pessoas de qualquer idade, mas é mais frequente em mulheres acima dos 40 anos. Essa anomalia afeta a qualidade da lágrima produzida, comprometendo a lubrificação e a proteção do olho contra micro-organismos.

Ressecamento do olho: por que isso acontece?

Diversas razões podem resultar no ressecamento dos olhos. A lista de causas vai desde anormalidades nas pálpebras até fatores externos, como ar-condicionado, clima quente e seco ou fumaça. Porém, a redução nas funções das glândulas lacrimais pode ser consequência do envelhecimento, de doenças sistêmicas e autoimunes ou do uso de certos tipos de medicamentos.

Os sintomas variam de paciente para paciente. A sensação de secura nos olhos, em geral, provoca vermelhidão, coceira e ardor. A situação se torna mais incômoda quando a persistência do problema resulta na impressão de que um grão de areia entrou nos olhos. Em casos mais graves, os pacientes podem ter fotofobia e dificuldade para movimentar as pálpebras.

Todavia, a presença apenas dos sintomas iniciais não indica, necessariamente, um problema de saúde. Em casos relacionados ao clima, por exemplo, a condição tende a desaparecer em algumas horas. Por essa razão, se os sintomas persistirem por mais de dois ou três dias, o recomendado é procurar um oftalmologista. Além da avaliação médica, pode ser necessário suspender ou introduzir algum tipo de medicação, mas nesse caso a orientação é individual.

Como evitar e tratar o ressecamento dos olhos?

Assim como a mioclonia, aquela sensação do olho tremendo, o ressecamento dos olhos é um problema perfeitamente tratável. Em geral, colírios ou pomadas receitadas pelo médico são suficientes para amenizar o problema e devolver a condição normal aos olhos. Porém, uma coisa é aliviar os sintomas e outra é compreender quais são as causas deles. Para isso, exames complementares ou até mesmo a mudança de hábitos podem ser fundamentais.

Por exemplo, pessoas com ressecamento dos olhos devem evitar o uso de lentes de contato. A exposição à luz deve ser moderada, o que inclui passar menos tempo diante da tela da TV, do PC ou do celular. Se ainda assim os sintomas permanecerem em algum grau, um acompanhamento oftalmológico mais efetivo deve ser realizado, pois lesões na córnea podem comprometer a qualidade da visão de maneira definitiva em alguns casos.

Embora grande parte dos pacientes possa resolver esse tipo de problema apenas com tratamento medicamentoso, casos mais graves podem requerer até mesmo cirurgia. O procedimento ajuda a reter mais lágrimas nos olhos, mantendo-os úmidos por mais tempo.

Piscar mais é o melhor remédio

Em média, abrimos e fechamos as pálpebras de oito a dez vezes por minuto. Porém, quando estamos diante de uma tela, a tendência é que esse número seja reduzido a cerca de três a quatro piscadas por minuto. Isso compromete a lubrificação dos olhos, pois o líquido evapora mais rápido se mantemos os olhos sempre abertos.

Diferentemente do que muitos podem imaginar, a lágrima não é composta apenas de água salgada. Cada gotícula possui três camadas: muco, água e gordura. Quando essas três substâncias se misturam elas diminuem a velocidade de evaporação. Da mesma maneira, pacientes que produzam gordura de mais ou de menos podem comprometer o equilíbrio da substância e terem problemas de ressecamento da mesma forma.

Algumas variações hormonais ocorridas na menopausa, por exemplo, podem implicar na redução da produção – daí o motivo pelo qual as mulheres acima dos 40 anos estão mais propensas a apresentarem esse problema. Um estudo recente da Unifesp indicou que cerca de 20% da população acima de 50 anos já apresentou algum sintoma relacionado.

Não se trata de uma condição grave, mas certamente ela é bastante incômoda. O essencial é buscar orientação médica o quanto antes para evitar que a situação se agrave. Utilize o aplicativo do Medprev para agendar a sua consulta com um oftalmologista e iniciar o tratamento o quanto antes.

24/02/2022   •   há 3 anos