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Exame médico para usar piscinas: cuidados dermatológicos para você aproveitar melhor o verão

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Acessar espaços em clubes, por exemplo, pode ser um verdadeiro desafio se não há a autorização ou a possibilidade de realizar o exame médico para usar piscinas.

Embora o exame exigido para fazer uso de locais como clubes, resorts, parque aquáticos, termas, academias e até mesmo condomínios possa parecer desnecessário, na verdade, é um procedimento crucial para garantir a qualidade da água e preservar a saúde de todos os banhistas, principalmente das crianças.

A importância do exame médico para usar piscinas

Mais do que recreação e lazer, a piscina é um excelente local para a prática de atividades físicas para todas as idades, seja durante a aula de natação ou de hidroginástica.

Porém, apesar de seus benefícios, a utilização das piscinas exige alguns cuidados, pois elas podem ser um meio muito propício para a transmissão de doenças, especialmente infecções causadas por fungos (as famosas micoses), bactérias e vírus.

Embora a aplicação de cloro na higienização da piscina ajude a eliminar esses microrganismos e a reduzir o risco de contágio, a transmissão ainda pode acontecer em lugares que estão continuamente úmidos, como vestiários, duchas, chuveiros e lava-pés.

Assim, além de realizar o tratamento da água, é dever dos clubes e de outros locais responsáveis pela manutenção de piscinas adotar medidas como exigir um exame médico de todos os seus frequentadores (incluindo banhistas e empregados), de modo a evitar o acesso de pessoas com doenças de pele contagiosas e prevenir a disseminação dessas infecções.

Como é feito o exame necessário para fazer uso das piscinas?

O exame trata-se de uma avaliação dermatológica simples, mas fundamental para preservar a integridade dos banhistas.

A sua realização é indolor e deve ser feita por um médico especialista, o que possibilita que machas e/ou outras alterações possam ser identificadas a olho nu.

De acordo com o Conselho Federal de Medicina, embora a recomendação seja de realizar o exame a cada três meses em pessoas com a saúde em dia, é possível haver variações de acordo com o regulamento do administrador da piscina correspondente.

Muitas vezes, os clubes e complexos aquáticos oferecem esse serviço no próprio local. Nesse caso, ele sempre deve ser realizado em uma sala que ofereça as mesmas condições do consultório, incluindo:

  • privacidade;
  • temperatura confortável;
  • iluminação adequada.

Para que o médico possa realizar o exame, os frequentadores devem ser orientados a comparecer utilizando trajes de banho e sem maquiagem ou esmalte.

O procedimento objetiva encontrar lesões que indiquem uma micose ou outro tipo de infecção, sendo necessária a inspeção de mãos, pés, unhas, espaços entre os dedos, orelhas, axilas, virilhas e tronco, por exemplo.

Para diferenciar uma doença contagiosa de sinais inofensivos na pele, o médico considera a presença de manchas, cicatrizes, nódulos ou placas e avalia características como cor, textura, formato e distribuição pelo corpo.

Caso seja identificada uma infecção, como micose de unha e de pés (frieira), candidíase inguinal (nas virilhas), foliculite e impetigo, entre outras, o paciente não obterá a permissão para utilizar a piscina, devendo ser encaminhado para o tratamento adequado.

Dicas e cuidados para evitar doenças transmitidas em piscinas

Existem alguns cuidados que podem ser seguidos para reduzir o risco de contrair uma doença infecciosa em piscinas e aproveitar o verão com muita saúde. Conheça os principais:

  • Observar as condições de higiene da piscina - água cristalina e que permite a visualização do fundo é sinal de piscina limpa, enquanto água turva indica que pode haver contaminação. Além disso, as bordas e os azulejos não devem apresentar lodo nem estar escorregadios ou pegajosos;
  • Verificar se a água está sendo filtrada - procure identificar se há barulho proveniente do motor de filtragem, o que indica que a água da piscina está constantemente passando por filtros que retêm grande parte das impurezas;
  • Utilizar chinelos fora da água - locais que estão sempre úmidos, como vestiários, saunas, chuveiros e lava-pés, são favoráveis à multiplicação de microrganismos, por isso sempre utilize chinelos ao frequentá-los. Essa dica também vale ao caminhar ao redor da piscina, pois o cloro evapora rapidamente nessa região, permitindo a proliferação de fungos;
  • Evitar o contato direto com cadeiras - as espreguiçadeiras que ficam em volta da piscina e as bancadas das saunas também podem abrigar microrganismos causadores de doenças. Para se prevenir, cubra-as com uma toalha ou canga antes de se sentar;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal - itens como toalhas, escovas, pentes, bonés e chinelos não devem ser compartilhados, pois eles podem servir como meio de transmissão de doenças;
  • Passar pela ducha antes e depois de usar a piscina - as duchas disponíveis devem ser utilizadas tanto para remover impurezas do corpo antes de entrar na água quanto para eliminar contaminantes ao sair dela;
  • Tomar banho assim que possível: além da ducha, é indicado tomar um banho completo o mais rápido possível depois de sair da piscina, pois isso ajudará a remover microrganismos que tenham se instalado na pele. Além disso, é indicado evitar permanecer com a roupa de banho molhada por muito tempo, o que também favorece as infecções;
  • Fazer o tratamento completo em caso de doença: o tratamento de frieiras dura cerca de 3 meses, enquanto o de micoses de unha leva até 6 meses para as mãos e 12 meses para os pés. Mesmo que haja uma melhora aparente, o uso dos medicamentos deve ser mantido conforme a orientação médica, pois o fungo pode voltar ainda mais forte.

Além dessas dicas, é essencial fazer o acompanhamento da saúde com um profissional como o dermatologista para preparar-se para o verão e prevenir possíveis problemas.

Fonte(s): CRM-PR, Portal Medico, Portal Medico e BBC

04/12/2023   •   há 4 meses


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