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7 sintomas de refluxo em bebê

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Muitos pais ficam assustados frente aos primeiros sinais de refluxo no bebê, mas essa situação, na verdade, é muito comum nos primeiros meses de vida.

O refluxo é caracterizado pelo retorno do conteúdo do estômago para o esôfago, causando desconfortos, choros excessivos e dificuldade para dormir. Além disso, pode acontecer duas ou mais vezes por dia em crianças com até dois meses de idade.

Também pode haver crianças que experimentam estes sintomas até cerca de um ano, mas conforme o corpo amadurece, a condição melhora. Dessa forma, sabe-se que a condição está ligada ao crescimento e desenvolvimento infantil.

Você quer aprender mais sobre os 7 sintomas de refluxo em bebê, como é feito o diagnóstico e tratamento? Confira esse post até o final!

Por que o refluxo é considerado comum no início da infância?

O refluxo é considerado comum em bebês devido ao esfíncter (um músculo responsável por regular a passagem de alimento do esôfago para o estômago) que durante essa fase, ainda está em desenvolvimento. Logo, ele é menos eficiente, possibilitando que o problema apareça.

Como identificar o refluxo no bebê?

Identificar o refluxo em bebês, por vezes, pode ser um grande desafio. Portanto, é importante que o pediatra seja o responsável por avaliar os sinais e o quadro clínico. Assim, pode diferenciar, por exemplo, o refluxo fisiológico (considerado normal) da doença do refluxo (que provoca complicações).

Uma vez identificado qual é o problema, o pediatra define o melhor tratamento e passa orientações à família acerca dos cuidados.

Embora seja fundamental levar a criança ao médico nessa situação, é importante que os pais também fiquem atentos aos primeiros sinais e sintomas do refluxo.

7 Sintomas do refluxo em bebês

Pelo fato do sistema digestivo dos bebês ainda estar em desenvolvimento, o refluxo é mais comum em bebês do que adultos. Dependendo da gravidade, a condição pode impactar na vida e no bem-estar da criança.

Assim, como foi dito anteriormente, é importante que pais ou responsáveis fiquem atentos aos sintomas do refluxo em bebês:

  • 1. Vômitos excessivos - é normal o bebê vomitar de vez em quando. Porém, se os vômitos aparecem com muita frequência, especialmente após a criança se alimentar, é possível que ela esteja lidando com uma crise de refluxo;
  • 2. Regurgitação frequente - assim como os vômitos, é normal que os bebês regurgitam um pouco de leite após as refeições. No entanto, se a quantidade estiver acima do comum e ocorrer com frequência, é preciso redobrar o cuidado;
  • 3. Dificuldades em se alimentar - algumas crianças podem apresentar dificuldades em mamar ou mesmo comer de forma adequada devido ao desconforto causado pelo problema;
  • 4. Irritabilidade constante - choros insistentes e irritabilidade constante também podem indicar um quadro de refluxo;
  • 5. Problemas para dormir - crises de refluxo interferem diretamente no sono da criança. Isto porque, dependendo da posição que o bebê deitar, ele pode experimentar dores estomacais;
  • 6. Tosse ou chiado - em algumas situações, com a irritação no estômago, a criança pode desenvolver problemas respiratórios constantes, como a tosse e o chiado;
  • 7. Pouco ganho de peso - o refluxo pode contribuir sim no ganho de peso. Em casos, por exemplo, da doença do refluxo, a criança não ganha peso de forma adequada.

Vale salientar: todos estes sintomas não são exclusivos do refluxo, ou seja, podem ser resultado de outras condições. Portanto, em qualquer hipótese, a consulta ao pediatra se torna essencial.

Este profissional fará uma avaliação completa para fornecimento de um diagnóstico e plano de tratamento adequado de acordo com as necessidades da criança.

Refluxo fisiológico em bebês

O refluxo fisiológico é o tipo comum do refluxo que está ligado ao desenvolvimento normal do sistema digestivo em crianças. Por isso, ele também é conhecido como refluxo benigno e não está associado a nenhuma condição médica grave.

Pode-se dizer que o refluxo fisiológico é um processo normal de adaptação e amadurecimento do sistema digestivo das crianças nos primeiros meses de vida.

Mas mesmo sendo um processo natural, é importante informar qualquer alteração ou preocupação para o pediatra responsável.

Em alguns casos, podem ser sugeridas alterações e ajustes na alimentação do bebê ou ainda outras medidas para aliviar o desconforto associado.

Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) em bebês

A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) em bebês é a forma mais grave do refluxo fisiológico, sendo caracterizada pela persistência do retorno do conteúdo do estômago para o esôfago (condição crônica). Ele causa sintomas muito desconfortáveis, afetando a qualidade de vida da criança.

Um dos sintomas mais característico nessa situação é a recusa alimentar. A criança passa a recusar alimentação ou mesmo ter dificuldades ao mamar. Tudo isto devido ao desconforto e dor associados à DRGE.

Além deste sintoma, existem outros que também indicam a presença da doença, como:

  • Sangramento digestivo (observado nas fezes);
  • Episódios de bradicardia (diminuição do ritmo cardíaco)
  • Peso insatisfatório
  • Anemia.

Diagnóstico do refluxo em bebês

Quando a criança apresenta sintomas de refluxo simples, o diagnóstico pode ser apresentado com base nos sinais apresentados.

Em casos mais complexos, onde há suspeita de DRGE, por exemplo, o médico pode solicitar alguns testes, incluindo exames de raio X e a endoscopia digestiva alta.

O raio-X pode demonstrar estreitamentos do esôfago e deformidades no trato digestivo superior. Já a endoscopia permite a coleta de biópsias, a classificação do grau de inflamação que atinge a criança e também identificar causas para outros sintomas relacionados.

Qual o tratamento para o refluxo em bebês?

Muitos pais têm algumas dúvidas acerca de como funciona o tratamento para o refluxo em bebês, mas de forma geral, o processo envolve uma série de medidas que visam a diminuição dos sintomas.

Entre as principais, podemos ser citadas:

  • ajustes na alimentação;
  • mudanças no estilo de vida dos próprios pais e da criança;
  • uso de medicamentos (se realmente necessário).

Com auxílio do pediatra, existem também algumas medidas que contribuem para a melhora dos quadros de refluxo.

Alimentação do bebê

Durante as mamadas, é ideal fazer pausas e ajudar o bebê a arrota como forma de liberar o ar do estômago e reduzir o refluxo.

Além disso, é importante também alimentar a criança em pequenas quantidades e com uma frequência maior.

Pedaços de alimentos volumosos e/ou comer com menor frequência favorece o aparecimento do refluxo.

Alimentação da mãe

Embora não haja uma dieta específica para evitar o refluxo em bebês, algumas práticas alimentares podem ser adotadas pela mãe para ajudar a reduzir o desconforto causado pelo refluxo. Entre elas estão:

  • Reduzir a ingestão de cafeína;
  • Evitar alimentos que costumam produzir gases como refrigerantes;
  • Evitar alimentos ácidos, picantes e muito gordurosos.

Também é importante sempre monitorar a resposta do bebê já que cada criança é única, ou seja, reage de forma diferente aos estímulos.

Uma dica valiosa é manter um registro dos alimentos consumidos e dos sintomas observados como forma de observar possíveis gatilhos.

Posição do bebê

Durante a amamentação e logo depois dela, é indicado manter a criança em uma posição vertical. Isto ajuda a diminuir bastante o refluxo.

Elevar a cabeceira do berço também auxilia para evitar que o conteúdo do estômago suba com facilidade para o esôfago.

Medicamentos

Os medicamentos são indicados pelo pediatra apenas em casos extremos de refluxo. Estes medicamentos ajudam a reduzir a produção de ácido no estômago ou podem fortalecer o esfíncter esofágico inferior.

Introdução alimentar (IA) e o refluxo

A Introdução Alimentar (IA) é o processo de introduzir opções sólidas na dieta de uma criança, ou seja, uma fonte de alimentos além do leite materno.

Trata-se, na verdade, de um marco importante no desenvolvimento infantil, pois marca a mudança de uma dieta líquida para uma dieta gradual de alimentos sólidos.

De modo geral, a introdução alimentar se inicia por volta dos 6 meses de idade, quando o sistema digestivo da criança já está suficientemente desenvolvido para lidar com alimentos sólidos.

Muitos pais têm dúvidas acerca da IA e a sua relação com o refluxo. Neste caso, é preciso atentar-se não apenas à escolha dos alimentos, mas também a outros aspectos que podem impactar nesse processo:

  • Escolha dos alimentos - evitar alimentos que possam desencadear ou agravar os sintomas de refluxo. Deve-se observar cuidadosamente as reações da criança frente a diferentes alimentos;
  • Consistência dos alimentos - no início da IA, é comum oferecer alimentos em forma de purê ou mesmo mais pastosos;
  • Tamanho das porções - recomenda-se oferecer pequenas porções de alimentos sólidos. Isto diminui o risco de regurgitação;
  • Posicionamento durante as refeições sólidas - ideal sempre manter a criança em posição vertical por 30 minutos após as refeições. Isto ajuda e permite que a comida se mova com mais facilidade do estômago para o intestino.

Conclusão

Como mostrado no post 7 sintomas de refluxo em bebê, é muito importante atentar-se aos diversos sinais que podem se manifestar durante essa fase.

Mesmo em casos de refluxo simples, é fundamental a busca por orientação médica como a do pediatra para avaliação da gravidade e orientação de tratamento, se necessário.

17/08/2023   •   há 8 meses