Medprev
Alimentação

8 alimentos que atrapalham o processo de cicatrização da pele

Revisado pelo(a) Dra. Bruna de Oliveira Chaves, CRN/MG 28265 , Nutricionista / Nutrição e Dietética / Nutrição Clínica

8-alimentos-que-atrapalham-o-processo-de-cicatrizacao-da-pele.png

Quem está se recuperando de uma cirurgia ou de uma lesão na pele precisa reforçar a ingestão de nutrientes que facilitem a regeneração dos tecidos. Porém, existem certos alimentos que atrapalham o processo de cicatrização da pele e devem ser evitados nesse período.

Ao sofrer um corte, independente da sua origem, pode surgir uma inflamação no local afetado, indicando para o corpo que é necessário iniciar a cicatrização para reparar o tecido lesionado.

Essa inflamação é um processo normal que atrai as células de defesa, responsáveis por estimular a formação de novos vasos sanguíneos para levar nutrientes e oxigênio até a lesão.

Outro efeito é o aumento da produção do colágeno, uma proteína que dá sustentação aos tecidos ao manter as células unidas – uma característica essencial para restabelecer a integridade da pele e formar a cicatriz.

A ALIMENTAÇÃO DURANTE A CICATRIZAÇÃO

Nesse período em que a pele precisa se recuperar, é importante consumir alimentos que favoreçam esse processo, como aqueles que são ricos em:

  • ferro;
  • zinco;
  • vitaminas, principalmente A, C e E;
  • proteínas.

Contudo, existem alimentos que atrapalham o processo de cicatrização da pele.

Isso acontece principalmente quando há substâncias que intensificam o estado inflamatório do organismo, tornando uma reação normal, exagerada.

Como resposta, o organismo envia ainda mais células de defesa para a região, piorando o inchaço e a vermelhidão, além de dificultar a regeneração do tecido.

Outra consequência disso é um aumento excessivo na produção de colágeno, o que pode levar à formação do queloide, uma cicatriz que ultrapassa os limites da pele.

Quer saber mais sobre o assunto? Conheça a seguir 8 alimentos que atrapalham o processo de cicatrização da pele!

PRINCIPAIS ALIMENTOS QUE ATRAPALHAM A CICATRIZAÇÃO DA PELE

1. ALIMENTOS E BEBIDAS RICAS EM CAFEÍNA

Seja no café, chás (como preto, verde e mate), sobremesas ou chocolate, consumir alimentos e bebidas ricas em cafeína durante o processo de cicatrização pode atrapalhar a recuperação da pele.

Isso ocorre, pois a substância pode afetar a absorção de ferro, vitaminas, minerais, entre outros nutrientes, fundamentais para a melhora do machucado.

Além disso, a cafeína em excesso no organismo pode contribuir para a desidratação, o que afeta diretamente a saúde da pele.

2. ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS

Margarina, salgadinhos, bolachas, macarrão instantâneo, comidas congeladas, refrigerantes, sucos de caixinha e sorvetes, entre outros produtos industrializados, costumam ter grandes quantidades de substâncias que aumentam o estado inflamatório do organismo e dificultam a cicatrização.

Entre essas substâncias, estão:

  • açúcar;
  • sódio;
  • gordura hidrogenada;
  • gordura trans;
  • corantes;
  • conservantes;
  • adoçantes artificiais.

3. CAMARÃO

O exoesqueleto do camarão é rico em quitosana, um polissacarídeo (açúcar) que a princípio contribui para a cicatrização ao promover a coagulação do sangue e estimular a produção do colágeno.

Porém, a quitosana também tem efeito inflamatório na pele, o que pode dificultar a cicatrização devido a uma reação exagerada do organismo, além de promover uma produção excessiva do colágeno, favorecendo os queloides.

4. CARNES GORDUROSAS E CARNE BOVINA

A carne fornece aminoácidos que são necessários para a formação do colágeno, mas cortes bovinos muito gordurosos e a carne suína (em geral) têm um potencial inflamatório muito elevado, podendo agravar a lesão e favorecer uma supercicatrização.

Por isso, recomenda-se evitar durante esse período o consumo de carne de porco e cortes bovinos como:

  • acém;
  • capa de filé;
  • contrafilé;
  • costela;
  • cupim;
  • fraldinha;
  • paleta;
  • picanha;
  • ponta de agulha.

5. EMBUTIDOS

Produtos embutidos como salsicha, bacon, salame, presunto, linguiça, peito de peru, rosbife e mortadela passam por um processamento que envolve a fermentação ou a adição de sal, podendo ainda ser defumados ou curados.

Repletos de sódio e gorduras saturadas, esses alimentos favorecem a retenção de líquido, o que dificulta a eliminação das toxinas do organismo e agravam a inflamação, o que pode levar a uma cicatrização exagerada.

6. FAST-FOOD

Ricos em gorduras, açúcares, sódio e outros aditivos químicos, além de serem pobres em nutrientes importantes como fibras, vitaminas e sais minerais, os fast-foods têm alto potencial inflamatório e não fornecem as substâncias necessárias para uma cicatrização adequada.

7. FRITURAS

O excesso de gordura presente na batata frita, no pastel, na coxinha e em outros alimentos fritos também é um fator de inflamação da pele.

Além disso, assim como os fast-foods, as frituras não fornecem a nutrição necessária para a cicatrização (inclusive, sobrecarregam o organismo para serem digeridas).

8. SOJA

As leguminosas, como feijão, lentilha e grão-de-bico, são fontes de fibras e proteínas que favorecem a cicatrização, mas a soja é uma exceção a essa regra.

Mesmo oferecendo diversos benefícios para o organismo, a soja é rica em isoflavonas, que estimulam a liberação de substâncias inflamatórias.

Conclusão

Como mostrado no post sobre os 8 alimentos que atrapalham o processo de cicatrização da pele, há algumas opções que podem prejudicar o organismo a se recuperar durante esse período.

Porém, vale lembrar que além de evitar algumas substâncias, é muito importante ter uma alimentação saudável e rica em nutrientes, hidratar-se adequadamente e buscar ajuda profissional sempre que necessário.

O clínico geral e o nutricionista são alguns dos profissionais que podem auxiliar no esclarecimento de dúvidas e orientação sobre os cuidados de acordo com a ferida e necessidade do paciente.

Fonte(s): Minha Vida, Tua Saúde, Abril, Viva Bem, VIX e Abril

16/09/2024   •   há 2 meses


Postagem verificada!
CRN/MG 28265 ,  Nutricionista / Nutrição e Dietética / Nutrição Clínica