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Síndrome do pânico

9 sintomas da crise de pânico

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Você já ouviu falar sobre a crise de pânico? Esse problema de saúde mental é um transtorno de ansiedade que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. As crises podem causar medo e desconforto extremo ao paciente, além de desencadear uma série de sintomas físicos, emocionais e cognitivos.

Conhecer mais sobre essa condição, suas características, sintomas e tratamentos disponíveis é fundamental para buscar ajuda profissional adequada.

Veja a seguir sobre o que é a crise do pânico, seus impactos na vida dos portadores e as opções de ajuda disponíveis para lidar com esse transtorno.

O que é crise de pânico?

Uma crise de pânico é um episódio agudo e intenso de ansiedade que pode ocorrer de forma repentina e inesperada. Durante uma crise, a pessoa pode experimentar uma série de sintomas físicos e emocionais que podem ser extremamente assustadores e desconfortáveis.

É importante ressaltar que as crises de pânico são episódios isolados e uma resposta a um fator estressante. Já a síndrome do pânico é marcada pela ocorrência persistente de crises.

Quem sofre com as crises de pânico pode ter um grande prejuízo em sua qualidade de vida e bem-estar. Por isso, é essencial buscar ajuda profissional caso os sintomas se manifestem com intensidade e maior frequência.

Com diagnóstico e tratamento adequados, é possível amenizar os efeitos desses sinais e controlar as crises, o que auxilia o paciente a ter uma vida mais equilibrada e saudável.

Sintomas da crise de pânico

Durante uma crise, a pessoa experimenta uma série de sintomas físicos e psicológicos ansiosos. Veja abaixo alguns deles:

  • Palpitações cardíacas aceleradas: durante a crise, é comum sentir um batimento cardíaco rápido e acelerado. Essas palpitações podem ser tão intensas que a pessoa em meio a crise de pânico pode pensar que está tendo um ataque cardíaco;
  • Falta de ar e sensação de sufocamento: muitas pessoas relatam dificuldade em respirar durante uma crise de pânico. Elas têm a sensação de não estar recebendo ar suficiente ou que estão sufocando, o que pode gerar uma grande sensação de angústia;
  • Tontura e sensação de desmaio: a pessoa durante uma crise pode sentir que o ambiente está girando ao seu redor, podendo também experimentar uma sensação iminente de desmaio ou perda de equilíbrio;
  • Sensação de formigamento ou dormência: é comum que durante uma crise a pessoa sinta formigamento ou dormência nas mãos e pés. No entanto, também pode apresentar esse sintoma em outras partes do corpo;
  • Calafrios ou ondas de calor: algumas pessoas relatam uma sensação de calafrios ou ondas de calor;
  • Sudorese excessiva: é comum que as pessoas sintam suor excessivo, mesmo em ambientes com temperatura agradável. A sudorese intensa também pode ser acompanhada por uma sensação de frio ou de calor intenso;
  • Tremores ou abalos: a pessoa pode sentir seu corpo tremendo de forma involuntária, o que pode aumentar ainda mais a sensação de nervosismo e ansiedade;
  • Medo intenso de perder o controle: é comum sentir um medo intenso de perder o controle emocional ou de enlouquecer. Esses tipos de pensamentos podem agravar ainda mais a ansiedade e a angústia;
  • Sensação de morte iminente: em alguns casos, a pessoa pode experimentar uma sensação avassaladora de que está prestes a morrer.

É importante ressaltar que os sintomas variam em quantidade e intensidade de acordo com cada pessoa.

Causas

As crises de pânico podem ser desencadeadas por uma variedade de fatores, e entender suas possíveis causas pode ser útil para compreender melhor essa condição e assim amenizar os sintomas.

Embora a causa exata das crises de pânico seja desconhecida, existem algumas teorias e elementos contribuintes que podem estar envolvidos.

Predisposição genética

Acredita-se que a predisposição genética desempenhe um papel importante no desenvolvimento das crises de pânico. Ter familiares de primeiro grau, como pais ou irmãos, que já tenham sido afetados pelo mesmo problema pode aumentar a probabilidade do seu desenvolvimento.

Alterações neuroquímicas

Desequilíbrios em certos neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina, também estão associados ao desencadeamento das crises de pânico, já que desempenham um papel fundamental na regulação do humor e das emoções. As alterações em seus níveis podem contribuir para a manifestação dos sintomas ansiosos.

Resposta ao estresse

Situações estressantes ou traumáticas podem causar o início das crises de pânico. Experiências como a perda de um ente querido, eventos traumáticos ou situações de grande estresse podem ser gatilhos para a resposta de luta ou fuga do corpo, levando à manifestação dos sintomas de pânico.

Sensibilidade à ansiedade

Algumas pessoas possuem uma maior sensibilidade à ansiedade e estão mais propensas a desenvolver crises de pânico. Essa sensibilidade pode ser influenciada por fatores ambientais, experiências de vida e/ou características pessoais.

Fatores ambientais

O ambiente e as situações externas podem desencadear crises de pânico em pessoas predispostas. Entre alguns exemplos, estão:

  • lugares lotados;
  • espaços fechados;
  • situações que geram claustrofobia.

Uso de substâncias

O consumo de substâncias como álcool, drogas ilícitas e medicamentos específicos pode desencadear ou intensificar as crises de pânico. Essas substâncias podem interferir na química cerebral e intensificar os sintomas ansiosos.

Condições médicas

Certas condições médicas, como distúrbios da tireoide, transtornos cardíacos, síndrome do intestino irritável e doenças respiratórias, têm sido associadas ao desenvolvimento de crises de pânico. O tratamento dessas condições não relacionadas ao transtorno podem ter um impacto significativo na redução das crises.

Diagnóstico

O diagnóstico da crise de pânico é realizado por profissionais de saúde mental, como psicólogos ou psiquiatras, por meio de uma avaliação clínica abrangente.

Não há um teste específico que determine com precisão a presença das crises de pânico, no entanto, o diagnóstico é baseado na análise dos sintomas relatados, na história clínica e em outros critérios estabelecidos nos manuais de diagnóstico, como o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).

Veja abaixo alguns dos recursos utilizados para analisar o quadro de saúde do paciente.

Entrevista clínica

O profissional de saúde mental conduz uma entrevista detalhada com o paciente, abordando seus sintomas, histórico médico, familiar e pessoal, além de explorar a frequência, intensidade e duração das crises de pânico.

Isso ajuda a descartar outras condições médicas que possam estar causando os sintomas e a determinar se os critérios diagnósticos para o transtorno de pânico são atendidos.

Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

O DSM-5 estabelece critérios específicos para o diagnóstico do transtorno de pânico. Alguns deles incluem: ocorrência de crises de pânico inesperadas e recorrentes, preocupações persistentes sobre futuras crises e/ou mudanças de comportamento significativas.

O diagnóstico também baseia-se na exclusão de outras causas médicas ou psicológicas que desencadeiam os sintomas.

Escalas de avaliação

O profissional de saúde mental pode utilizar escalas de avaliação padronizadas para mensurar a gravidade dos sintomas e monitorar o progresso ao longo do tempo. Entre elas, estão a Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HADS) ou a Escala de Gravidade de Ansiedade (GAD-7).

Exames complementares

Em alguns casos, exames complementares, como exames de sangue ou testes cardíacos, podem ser solicitados para descartar outras condições médicas que possam estar contribuindo para os sintomas, ou mesmo para avaliar a saúde geral do paciente.

É importante ressaltar que o diagnóstico das crises de pânico é complexo e requer uma avaliação cuidadosa e individualizada.

Conclusão

As crises de pânico são episódios agudos e intensos de ansiedade. Os sintomas físicos e emocionais durante uma crise podem ser intensos, causando palpitações cardíacas aceleradas, falta de ar, tontura, formigamento e medo intenso, por exemplo.

As causas das crises de pânico variam, podendo envolver desde predisposição genética e alterações neuroquímicas, até fatores ambientais e uso de substâncias.

Também é importante considerar possíveis condições médicas subjacentes, como doenças mentais preexistentes.

O diagnóstico das crises de pânico é realizado por profissionais de saúde mental por meio de uma avaliação clínica abrangente. Não há um teste específico, mas critérios estabelecidos, como os do DSM-5, são utilizados para determinar o transtorno de pânico.

É fundamental buscar ajuda profissional ao surgirem sintomas das crises de pânico para a melhora da qualidade de vida e redução de seus efeitos na vida do indivíduo.

25/04/2024   •   há 4 dias


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