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Síndrome de Burnout

Síndrome de burnout: o que é, sintomas, causas e tratamentos

Revisado pelo(a) Dra. Claudia Eliane Massola, CRP/SP 06141519 , Psicologia

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Várias doenças podem surgir devido a fatores relacionados à vida profissional. A síndrome de burnout, popularmente conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é uma delas.

Cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, esse problema de saúde mental tem como causa principal as situações de extremo estresse ocorridas dentro do ambiente de trabalho.

Como reação a esses estímulos, o cérebro envia sinais de que precisa de pausas maiores para se recuperar da sobrecarga mental.

Para entender sobre a síndrome de burnout: o que é, sintomas, causas e tratamento, acompanhe o post abaixo!

O que é a síndrome de burnout?

Síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional é um distúrbio emocional que tem como alguns de seus principais sintomas a exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de jornadas de trabalho altamente desgastantes.

Entre alguns exemplos desse tipo de rotina exaustiva, estão:

  • muitas responsabilidades;
  • competitividade;
  • ambientes tóxicos;
  • grande quantidade de horas trabalhadas, principalmente sem pausas.

Esta síndrome é comum em funções, como:

  • médicos;
  • enfermeiros;
  • professores;
  • policiais;
  • cuidadores;
  • estudantes.

Quando em desenvolvimento, esse problema de saúde pode resultar em estado de esgotamento profundo.

Por isso, é essencial procurar apoio profissional (como o do psicólogo) ao surgirem os primeiros sintomas.

Sintomas da síndrome de burnout

A doença é caracterizada pela sensação de esgotamento, que pode gerar um estado de tensão emocional e física constante. Também estão presentes:

  • cansaço mental e físico excessivo;
  • dificuldade de concentração;
  • sentimento de insegurança e fracasso;
  • sensação de insatisfação pessoal e profissional.

Contudo, há outras reações físicas e psicológicas que também podem se manifestar.

Confira, a seguir, outros sintomas da síndrome de burnout.

Exaustão

A característica mais marcante da síndrome é o cansaço físico, mental e emocional constante.

Geralmente, aparece acompanhado de indisposição sem causa aparente, levando o indivíduo à exaustão.

Negatividade

Diante de uma sobrecarga de responsabilidades e da experiência de esgotamento generalizado, é comum que as pessoas tenham uma postura mais negativa na sua rotina, criando a sensação de que nada dará certo, por exemplo.

Redução da produtividade no trabalho

O desempenho no trabalho também pode reduzir significativamente, levando o indivíduo a notar impactos diretos na sua produtividade. Afinal, a energia e disposição para as atividades em geral estão muito reduzidas.

Dificuldade de concentração

Em situações de esgotamento mental, a capacidade de atenção fica prejudicada.

Assim, há dificuldade em se concentrar nas tarefas diárias, no trabalho e, até mesmo, em acompanhar uma conversa.

Mudanças repentinas de humor

Pessoas que estão passando por esse nível de esgotamento, tendem a sentir mais instabilidade no humor.

Como, por exemplo, variações repentinas: em um momento, sentir-se feliz ou neutro e, em outro, sentir irritação extrema.

Sentimento de incompetência

Nesses casos, é muito comum a sensação de incompetência, ou seja, o sentimento de que não se tem capacidade o suficiente para exercer determinado trabalho, o que pode contribuir para a piora da autoestima.

Isolamento

Um sintoma comum também é o isolamento. Pode haver a tendência a se isolar de pessoas, principalmente as que são importantes em sua vida.

Dificuldade em aproveitar os momentos

Diante de tudo isso, é bastante comum as pessoas sentirem dificuldade em aproveitar momentos que antes eram prazerosos, como sentir-se cansado nas férias, por exemplo.

Outros sintomas comuns são demora para realizar tarefas profissionais, além de falta ou atraso no trabalho.

Causa da síndrome de burnout

A principal causa da síndrome de burnout é a sobrecarga de trabalho, que gera um esgotamento dos recursos emocionais da pessoa e, consequentemente, a sensação de fadiga e cansaço constantes.

Há autores que definem o burnout como um sentimento de fracasso e exaustão causado por um excessivo desgaste de energia e recursos, o que amplia a definição para além de trabalhos formais ou remunerados, englobando também rotinas de mães, estudantes ou cuidadores informais.

Dar atenção aos sinais da mente e do corpo, principalmente quando todo o cansaço e estresse se intensificam no ambiente de trabalho, é fundamental para evitar que um problema ainda maior se desenvolva.

Diagnóstico da síndrome de burnout

Assim como ocorre com outras doenças relacionadas à saúde mental, comumente a pessoa com a síndrome de burnout não consegue identificar os sintomas e validar as experiências, por mais limitadoras que sejam.

Sendo assim, é muito importante a ajuda de familiares ou colegas de trabalho para identificar o problema.

Contudo, para um diagnóstico correto, é indicado buscar a ajuda de um profissional especializado, como um psicólogo ou psiquiatra.

Assim, é possível analisar os sintomas, compreender e acolher as experiências vivenciadas, identificar possíveis gatilhos para o problema e receber a orientação do tratamento mais adequado.

Durante a sessão, o psicólogo poderá também utilizar o questionário Maslach Burnout Inventory (MBI), que tem como objetivo identificar, quantificar e definir a síndrome.

Tratamento da síndrome de burnout

O tratamento da síndrome de burnout geralmente é feito com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos) prescritos pelo psiquiatra.

O tratamento pode surtir efeito entre um e três meses, mas é preciso lembrar que a recuperação varia de acordo com a pessoa.

Além disso, mudanças nas condições de trabalho, nos hábitos e estilos de vida, também são essenciais para aliviar o estresse e controlar os sintomas da doença.

Se conhecer, perceber e compreender seu contexto interno e externo, são processos importantíssimos para que seja possível construir recursos adequados para lidar com as demandas exaustivas e evitar reações extremas como o burnout.

Prevenção da síndrome de burnout

A síndrome de burnout é uma possibilidade para quem está exposto a uma rotina intensa de trabalho, mas desde a pandemia de COVID-19, houve um aumento dos casos devido às mudanças bruscas, incluindo a mudança da modalidade presencial para o home office.

Quem deseja prevenir a síndrome pode adotar alguns cuidados, como:

  • praticar atividade física e exercícios de relaxamento regularmente;
  • ter uma boa noite de sono;
  • se desconectar do trabalho em momentos de lazer;
  • dedicar-se às atividades de lazer com pessoas próximas;
  • tirar férias;
  • dar uma pausa entre as tarefas profissionais;
  • manter hábitos de autocuidado.

A síndrome de burnout e as suas complicações

Assim como qualquer outra doença relacionada à saúde mental, quando não diagnosticada e tratada da forma correta, a síndrome de burnout pode ter complicações, já que pode interferir em diversas áreas da vida da pessoa, como a física, laboral, familiar e social.

Além disso, quando não tratada, pode ser o gatilho para o desenvolvimento de outras doenças e problemas de saúde, como:

CONCLUSÃO

Como visto no post "Síndrome de burnout: o que é, sintomas, causas e tratamentos", embora essa seja uma doença bastante comum, a síndrome de burnout pode ser evitada.

Identificar sintomas como exaustão mental e física, além de crises de ansiedade relacionadas à jornada de trabalho, é essencial para buscar ajuda e controlar os sintomas.

Assim como outros problemas mentais, a síndrome de burnout precisa ser tratada e receber atenção adequada.

06/12/2024   •   há 4 meses


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