5 sintomas da labirintite

Você conhece alguém que teve ou tem labirintite? Condição médica muito debilitante, ela afeta uma estrutura dentro do ouvido interno, conhecida como labirinto. Como consequência, o indivíduo desenvolve sintomas que envolvem a manutenção do equilíbrio, como vertigens e tonturas.

Estes são sintomas que podem durar de minutos até mesmo horas, em episódios que são conhecidos como crises de labirintite.

Conheça os 5 sintomas de labirintite a seguir.

O que acontece durante uma crise de labirintite?

O labirinto tem como função dar equilíbrio e orientar o indivíduo espacialmente, sendo fundamental para a manutenção da postura corporal, assim como a estabilidade durante a realização de atividades físicas, por exemplo.

Basicamente, ele capta os estímulos do ambiente (movimentos que são feitos com a cabeça e o corpo) e transmite-os ao cérebro.

Contudo, quando ele está comprometido, essa transmissão de informação ao cérebro acaba ficando confusa, surgindo os sintomas.

São inúmeras causas para esta inflamação. Além disso, o diagnóstico geralmente requer uma análise minuciosa e em grande parte das vezes, necessita de uma avaliação complementar extensa.

Entre as causas mais comuns estão infecções por bactérias, vírus (gripes, resfriados), herpes, entre outras.

5 sintomas da labirintite

Os sintomas da labirintite têm impacto negativo muito grande na qualidade de vida das pessoas afetadas.

Ela pode se manifestar através de diversos sintomas, principalmente aqueles que afetam a percepção espacial.

A seguir, os 5 sintomas mais comuns da labirintite.

1. Vertigem

O sintoma mais comum e presente em crises de labirintite é a vertigem. Ela é caracterizada pela sensação intensa de rotação ou giro do ambiente ao redor.

O indivíduo afetado sente que o “mundo” está se movendo a sua volta. Além disso, ele não consegue ficar em pé; e mesmo deitado, a sensação é a mesma.

Tudo é afetado, desde a manutenção do equilíbrio até a realização de atividades cotidianas.

A intensidade da vertigem pode variar para cada pessoa e costuma se acentuar ainda mais com alguns movimentos específicos da cabeça.

É essencial buscar atenção médica para avaliação e diagnóstico adequados.

2. Perda de equilíbrio

A labirintite impacta diretamente a capacidade do corpo em manter o equilíbrio. Essa perda pode resultar em queimadas frequentes, aumentando também o risco de lesões. Todos os episódios de desequilíbrio ocorrem de maneira imprevisível.

E eles ficam ainda piores através de mudanças de posições exacerbadas ou movimentos rápidos.

O paciente sente que está se inclinando para um lado, quando na verdade está em uma posição reta.

Existem relatos também de algumas pessoas que descrevem a sensação de flutuação ou instabilidade ao experimentar crises de labirintite. Isto cria uma sensação constante de insegurança e desconforto.

3. Zumbido no ouvido

Outro sintoma muito comum é o zumbido no ouvido. Ele é bastante irritante e geralmente se manifesta de forma constante e intermitente, interferindo diretamente na audição normal.

Ou seja, ele afeta diretamente a qualidade de vida, gerando desconforto emocional.

A duração e a gravidade do zumbido variam muito e o impacto emocional que ele causa também deve ser considerado.

Vale salientar que ele pode persistir mesmo entre as crises, tornando-se crônico para algumas pessoas.

Apesar de não estar presente em todos os casos de labirintite, trata-se de um indicador forte da necessidade da busca por uma avaliação médica.

Na grande maioria dos casos, o zumbido pode causar estresse, ansiedade e dificuldade para dormir.

4. Náuseas e vômitos

As náuseas e os vômitos estão diretamente associados à vertigem intensa. A labirintite causa sintomas gastrointestinais e o corpo responde, de forma natural, através dessas reações físicas.

A sensação que o paciente experimenta de movimento constante, em conjunto com a incapacidade de manter uma orientação espacial estável, leva, justamente, a um desconforto significativo do estômago.

Para tratar o problema, o profissional de saúde costuma receitar medicamentos antieméticos, que controlam as crises de náuseas, evitando assim também o vômito.

5. Pressão no ouvido (sensação)

Muitas pessoas relatam sentir uma “pressão no ouvido”, muito semelhante à experiência de ter os ouvidos totalmente tampados.

Essa sensação ocorre devido à inflamação do labirinto, afetando os níveis de pressão no ouvido interno.

Em conjunto, essa pressão pode estar acompanhada por um desconforto e também diminuição da audição.

O alívio da pressão é buscado através de tratamentos que têm como objetivo reduzir a inflamação no ouvido interno.

Tratamento para labirintite

O tratamento, no geral, visa amenizar os sintomas, e depende inteiramente do tipo de agente infeccioso que está causando a inflamação do labirinto.

Dessa forma, caso o médico identifique um quadro de labirintite causada por bactérias, será necessário o uso de antibióticos para combater o problema.

Em geral, são receitados antibióticos usados para o tratamento das vias áreas, que contêm penicilina em sua composição.

Porém, é importante que o médico avalie bem o caso, para confirmar o tipo de microorganismo e adequar o medicamento conforme for necessário.

O tratamento da labirintite também envolve o uso de anti-inflamatórios, que geralmente são administrados por via oral ou venosa.

Ela ajuda a diminuir as chances de problemas e danos maiores às estruturas internas do ouvido, devido à inflamação.

Existem casos raros, onde o paciente não responde aos tratamentos anteriormente citados, sendo necessário o uso de corticoides intra-timpânicos (ou seja, aplicados diretamente no ouvido), para reduzir o processo inflamatório dentro do ouvido.

Todo o processo deve ser realizado com o uso de anestesia local.

Prevenção da labirintite

A prevenção da labirintite envolve principalmente mudanças no estilo de vida. Entre as principais, estão:

• prática contínua de atividade física;
• controlar os níveis de colesterol, triglicérides e glicemia;
• gerenciar, da melhor forma possível, as crises de ansiedade e estresse;
• evitar ingerir álcool;
• não fumar.

FAQ (Perguntas Frequentes)

1. A labirintite pode causar problemas maiores?

A labirintite varia muito em gravidade e duração, e a grande maioria das pessoas se recupera totalmente com o tratamento adequado.

Porém, existem casos, especialmente se a causa para ela envolver condições mais graves, em que podem ocorrer efeitos colaterais persistentes.

A extensão e a natureza dessas reações podem variar de acordo com o tempo que foi tratada ou de acordo com a eficácia do tratamento.

Alguns dos principais efeitos colaterais são:

• tonturas recorrentes;
• problemas de equilíbrio duradouros;
• perda parcial da audição;
• zumbido persistente no ouvido.

2. Qual a diferença da labirintite para a tontura?

De forma geral, a tontura é um sintoma comum da labirintite. O que pode diferenciar a tontura da labirintite para outro tipo é a intensidade e persistência dos sintomas.

Enquanto uma tontura “comum” pode ser passageira e está associada a situações específicas (como mudanças bruscas de posição, desidratação, cansaço e exaustão), a tontura associada à labirintite é intensa e contínua.

Além disso, ela geralmente vem acompanhada de outros sintomas específicos, como:

• perda de audição;
• desequilíbrio constante;
• zumbido no ouvido.

O sinal mais conhecido da labirintite é a vertigem, quando tudo ao redor parece estar se movimentando.

3. Qual o público mais atingido pela labirintite? Como lidar com uma crise?

Apesar de ser mais comum em pessoas acima dos 40 anos, a labirintite pode se manifestar antes desse período, através de uma série de fatores que podem predispor o problema.

Entre eles estão a hipertensão, a diabetes, o alcoolismo, o uso de certos medicamentos e até a má alimentação. Ou seja, sua incidência pode aumentar de acordo com a idade.

Durante qualquer crise de labirintite é importante manter-se sempre calmo, deitado em posição confortável (a posição de lado costuma ser melhor). O paciente também deve evitar alimentos que contêm cafeína e álcool.

Outra dica é evitar luzes de forte intensidade no rosto e, assim que der, procurar imediatamente ajuda médica especializada.

4. Labirintite tem cura?

Sim, a labirintite tem cura. Por ser uma infecção (de origem bacteriana ou viral) no labirinto, órgão interno relacionado ao equilíbrio e à audição, para tratar o problema, é preciso repouso, hidratação, bons hábitos alimentares, uso de medicamentos, além de seguir as orientações do otorrinolaringologista.

Conclusão

Como mostrado no post “5 sintomas da labirintite”, esta trata-se de uma doença com diagnóstico bastante desafiador, por conter diversos fatores envolvidos em seu aparecimento.

É fundamental também entender que a labirintite não impacta apenas a saúde física, mas também atinge proporções emocionais, desafiando muitas vezes a própria resistência mental de todos os indivíduos afetados.

A vertigem, por exemplo, o sintoma mais comum, pode produzir efeitos colaterais persistentes, tendo impacto negativo direto na qualidade de vida.

Uma vez identificada, a labirintite deve ser tratada com seriedade, com plano personalizado de tratamento.

Dessa forma, ao notar os primeiros sintomas, deve-se imediatamente buscar orientação do clínico geral ou otorrinolaringologista.

O diagnóstico precoce desempenha um papel crucial na gestão da labirintite, reduzindo possíveis efeitos colaterais mais severos e melhorando a qualidade de vida.