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Esquizofrenia

11 sintomas da esquizofrenia

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico grave que causa modificações no funcionamento do cérebro, afetando a forma como a pessoa pensa, se comporta e se sente.

Embora não haja cura definitiva, o tratamento adequado pode ajudar a reduzir os sintomas e a melhorar a qualidade de vida do paciente.

Esse transtorno é caracterizado por uma série de sintomas que incluem:

  • perda de contato com a realidade (psicose);
  • alucinações (geralmente auditivas);
  • delírios (falsas significativas);
  • pensamento e comportamento desorganizados;
  • redução das projeções de emoções e motivação;
  • problemas cognitivos.

Geralmente surge na adolescência ou no início da idade adulta (entre os 15 e os 25 anos), podendo contudo manifestar-se mais tarde, após os 40 anos.

Este transtorno tem um impacto significativo nas áreas profissional, social, relacionamentos e autocuidado das pessoas afetadas.

Neste artigo, veja os 11 sintomas da esquizofrenia e informações sobre seu tratamento. Acompanhe!

Principais sintomas da esquizofrenia

Reconhecer alguns dos sinais dos transtornos psiquiátricos pode ajudar a buscar ajuda profissional quando necessário.

Conheça alguns dos sintomas que podem surgir quando a esquizofrenia está em desenvolvimento.

1. Sintomas positivos

Existem dois tipos de sintomas positivos: delírios e alucinações. Um dos sintomas mais marcantes da esquizofrenia são os delírios.

As pessoas com esquizofrenia têm, com frequência, convicções ilusórias que recusam abandonar mesmo quando são apresentadas provas concretas de que estão erradas.

Os tipos de delírios variados podem incluir delírios de perseguição (sentimento de que alguém está perseguindo), delírios de referência, delírios de grandiosidade (sentir-se extraordinariamente poderoso ou importante) e muitos outros.

Um sintoma muito presente nas pessoas com esquizofrenia é ter sensações que não correspondem à realidade, como cheirar, ver e até mesmo tocar superfícies inexistentes.

A mais frequente dessas alucinações sensoriais é, por exemplo, ouvir vozes, muitas vezes críticas ou de comando.

O tratamento dos delírios e alucinações na esquizofrenia envolve o uso de medicamentos antipsicóticos.

Esses medicamentos reduzem a gravidade desses sintomas e proporcionam sintomas significativos para as pessoas afetadas.

No entanto, é importante notar que os antipsicóticos podem ter efeitos colaterais, como sonolência e ganho de peso, que devem ser monitorados de perto pelo psiquiatra.

A terapia cognitivo-comportamental também pode ser útil para ajudar o paciente a questionar e modificar seus delírios.

2. Sintomas negativos

Os sintomas negativos da esquizofrenia estão relacionados ao aumento ou deficiência de emoções, afeto e comportamentos, como:

  • isolamento social, seja de pessoas próximas ou de círculos sociais;
  • ter dificuldade em sentir ou expressar emoções;
  • sentir falta de energia e motivação;

Perder o interesse e a motivação para realizar atividades rotineiras.

O tratamento dos sintomas negativos é um desafio, pois eles podem ser mais resistentes aos medicamentos em comparação com os sintomas positivos.

No entanto, a terapia de reabilitação, que inclui treinamento no trabalho e atividades de apoio comunitário, pode ajudar as pessoas a desenvolverem habilidades para uma vida mais independente e significativa.

3. Desorganização e comprometimento cognitivo

A desorganização no pensamento e comportamento é outro sintoma comum na esquizofrenia.

Isso pode se manifestar como pensamento desorganizado, incoerência na fala e comportamento inesperado.

Além disso, muitas pessoas com esquizofrenia experimentam comprometimento cognitivo, o que torna difícil se concentrar, lembrar de eventos, resolver problemas e até mesmo manter um emprego.

O tratamento para a desorganização e o comprometimento cognitivo muitas vezes envolve a psicoterapia.

Embora a psicoterapia não seja eficaz na redução direta desses sintomas, ela pode ajudar as pessoas a aprender a lidar com os sintomas e a desenvolver estratégias para melhorar o seu funcionamento no dia a dia.

4. Alterações no humor

As pessoas com esquizofrenia podem experimentar alterações no humor, variando de irritabilidade a calma, dependendo da gravidade dos sintomas e do tipo de esquizofrenia.

Essas alterações no humor estão relacionadas às modificações na forma como o indivíduo processa seus pensamentos.

Quando as alterações no humor são significativas, o tratamento pode incluir medicamentos estabilizadores de humor, especialmente se houver uma comorbidade como o transtorno bipolar.

A psicoterapia também pode ajudar a gerenciar essas flutuações emocionais.

5. Isolamento social

As pessoas com esquizofrenia tendem a se isolar socialmente, afastando-se do convívio com amigos e familiares.

Esse isolamento pode ocorrer tanto na fase aguda quanto na fase crônica da doença, impactando na qualidade de vida ocupacional e familiar do paciente.

A intervenção terapêutica pode envolver a promoção de habilidades sociais por meio da terapia comportamental e da terapia de grupo.

O apoio à família e a compreensão dos amigos também desempenham um papel crucial na reintegração social do paciente.

6. Problemas de sono

Problemas de sono são comuns em pessoas com esquizofrenia, incluindo insônia e alterações na qualidade do sono.

A falta de sono pode agravar outros sintomas e dificultar o funcionamento diário.

O tratamento dos distúrbios do sono pode incluir Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia (TCC-I) e ajustes nos medicamentos antipsicóticos para minimizar os efeitos colaterais que afetam o sono.

7. Agitação

Os pacientes frequentemente apresentam alterações psicomotoras, o que inclui variações em seu comportamento e percepção.

Esses sinais podem se manifestar como agitação e até mesmo impulsividade.

É fundamental abordar essas mudanças com cuidado e sensibilidade, pois elas podem indicar desconforto ou angústia nos pacientes.

8. Movimentos anormais

Outro aspecto da esquizofrenia que merece atenção é a possível ocorrência de movimentos corporais anormais.

Esses movimentos podem incluir posturas estranhas ou repetitivas, que são conhecidas como sintomas extrapiramidais.

Uma observação a esses movimentos é fundamental para identificar e avaliar a progressão da esquizofrenia.

Profissionais de saúde mental, muitas vezes, utilizam escalas e critérios específicos para avaliar a gravidade desses sintomas.

Para tratar esta manifestação do transtorno, a administração de medicamentos antipsicóticos pode ser recomendada para controlar esses movimentos e melhorar a qualidade de vida do paciente.

9. Falta de Concentração

A dificuldade em focar nas tarefas cotidianas pode ser um dos desafios mais impactantes enfrentados por aqueles com essa condição.

Para abordar essa falta de concentração, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e outras abordagens terapêuticas podem ser altamente benéficas.

Além disso, o suporte social e familiar desempenha um papel fundamental na reabilitação de pessoas com esquizofrenia.

O entendimento e o apoio daqueles ao redor podem fazer uma diferença substancial na qualidade de vida e na recuperação do paciente.

10. Alterações na memória

Os pacientes diagnosticados com esquizofrenia podem experimentar alterações consideráveis na memória e no processo de aprendizado.

Essas mudanças podem variar desde a uma simples dificuldade em lembrar informações recentes até lapsos de memória mais sérios, que afetam a capacidade de realizar tarefas diárias e interagir de forma eficaz com o ambiente.

O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir terapia cognitivo-comportamental, terapia ocupacional e, em alguns casos, medicação.

A terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, ajuda os pacientes a desenvolver estratégias para melhorar a memória e o aprendizado, enquanto a terapia ocupacional visa melhorar as habilidades práticas necessárias para a vida cotidiana.

11. Redução da fala

A redução da fala é outra manifestação comum em muitos casos de esquizofrenia.

Os pacientes podem enfrentar dificuldades significativas na expressão verbal, frequentemente pronunciando palavras confusas, desconexas ou até mesmo não conseguindo formar frases coerentes.

Essas dificuldades na comunicação podem ter um impacto significativo na qualidade de vida do paciente, prejudicando sua capacidade de se comunicar com os outros de maneira eficaz.

O tratamento para a redução da fala varia de acordo com a gravidade do problema.

Em alguns casos, a terapia da fala pode ser benéfica, ajudando os pacientes a melhorar a articulação e a clareza da fala.

Como reconhecer um surto de esquizofrenia?

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico marcado principalmente pela perda de conexão com a realidade.

Durante um surto psicótico, os sintomas predominantes são os positivos.

Esse termo não indica que o sintoma é benéfico, mas que está em um estado contrário ao depressivo, abrangendo delírios e alucinações.

Quando isso ocorre, é comum que sejam ditas palavras ilógicas e irreais, principalmente relacionadas à perseguição.

Pessoas com este sintoma se podem se sentir observadas, além de ouvir vozes e agir de forma agitada.

Sintomas desse tipo caracterizam a fase aguda da doença, mas isso não significa que eles passem rapidamente.

Quando não é tratado, o surto pode durar semanas e até vários meses.

Após a saída do surto, os pacientes podem apresentar sintomas residuais, que normalmente são os sintomas negativos: isolamento social, menor interação afetiva, retraimento e falta de vontade para realizar atividades diversas.

A esquizofrenia é progressiva?

A esquizofrenia é uma doença progressiva e, sem tratamento, os surtos se tornam cada vez mais frequentes e deixam cada vez mais sintomas residuais, afetando atividades profissionais e sociais.

Em alguns casos, o delírio pode se tornar crônico e ter um impacto constante na vida do paciente.

Quando o tratamento começa logo após o primeiro surto, o paciente tende a retomar sua vida normalmente e o risco de novos surtos diminui.

Além dos medicamentos, também podem ser permitidas algumas terapias para ressocialização.

Mesmo em casos em que há melhora do quadro, é preciso manter o tratamento da esquizofrenia para reduzir as chances do surgimento de um novo surto.

A esquizofrenia não tem cura, mas se tratada, é possível ter qualidade de vida, mesmo lidando com o transtorno.

Conclusão

Como mostrado no post sobre os 11 sintomas da esquizofrenia, ao surgirem um ou mais sinais do distúrbio, é indicado buscar a ajuda de um psicólogo e um psiquiatra.

Embora não haja cura, o tratamento adequado, que pode incluir medicamentos, terapia e apoio social, pode ajudar os pacientes a levar uma vida mais equilibrada e funcional.

O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo o uso de medicamentos antipsicóticos, terapia de reabilitação, além de psicoterapia.

O apoio à família e o tratamento precoce desempenham um papel crucial na melhoria do prognóstico para aqueles que vivem com a esquizofrenia.

20/02/2024   •   há 2 meses


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