4 tratamentos para transtorno depressivo maior (TDM)
Revisado pela Equipe de Redação da Medprev
O tratamento para o transtorno depressivo maior (TDM) geralmente envolve uma abordagem multifacetada que pode incluir terapia, medicamentos e mudanças no estilo de vida.
Além de alterar significativamente a qualidade de vida, essa doença também pode levar a hospitalizações, riscos de suicídio e recorrência de episódios depressivos.
Saber mais sobre a importância do acompanhamento profissional é essencial para buscar ajuda sempre que necessário.
Quer saber mais sobre o assunto? Conheça 4 tratamentos para transtorno depressivo maior (TDM) a seguir!
Principais tratamentos para transtorno depressivo maior (TDM)
1. Psicoterapia
A psicoterapia desempenha um papel fundamental no tratamento do transtorno depressivo maior, proporcionando suporte emocional, estratégias de enfrentamento e um espaço seguro para explorar os desafios emocionais e psicológicos associados à depressão.
Este tipo de terapia, frequentemente referido como a principal abordagem psicológica no tratamento da depressão clínica, é conduzido pelo psicólogo e tem diversas abordagens, como mostrado abaixo.
Terapia cognitivo-comportamental (TCC)
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem amplamente utilizada no tratamento do transtorno depressivo maior e se concentra em identificar e modificar os padrões de pensamento negativos ou distorcidos que frequentemente caracterizam a doença.
Os terapeutas de TCC ajudam os pacientes a reconhecer esses pensamentos disfuncionais e a substituí-los por pensamentos mais realistas e saudáveis.
Além disso, esta abordagem envolve o desenvolvimento de habilidades de enfrentamento, ajudando os pacientes a lidar com situações desafiadoras de maneira mais eficaz.
Psicoterapia psicodinâmica
A psicoterapia psicodinâmica é uma abordagem que busca explorar os aspectos inconscientes dos sentimentos e comportamentos dos pacientes.
Ela procura compreender as raízes mais profundas da depressão, muitas vezes relacionadas a experiências passadas e traumas não resolvidos.
Esta terapia pode ser benéfica para pessoas cuja depressão está intimamente ligada a questões mais profundas e complexas.
Ao explorar o inconsciente, os pacientes podem ganhar uma compreensão mais profunda de si mesmos e dos fatores que contribuem para sua depressão.
Psicoterapia interpessoal
A psicoterapia interpessoal (TIP) é uma abordagem que se concentra nas relações interpessoais dos pacientes e como essas relações podem afetar sua depressão.
Ela ajuda na melhora das habilidades de comunicação, resolução de conflitos e construção de relacionamentos saudáveis.
A TIP é particularmente útil quando a depressão está ligada a problemas de relacionamento, como lutos, transições de vida, conflitos familiares ou dificuldades no ambiente de trabalho.
Ao abordar esses problemas de forma terapêutica, a TIP pode ajudar os pacientes a melhorar seus relacionamentos e, consequentemente, aliviar os sintomas depressivos.
2. Eletroconvulsoterapia (ECT)
Outra opção de tratamento para casos graves e refratários de depressão é a eletroconvulsoterapia (ECT).
A eletroconvulsoterapia é uma técnica psicoterápica que envolve a indução de convulsões elétricas sob anestesia geral. Embora seja frequentemente estigmatizada, a ECT é uma intervenção eficaz e segura para pacientes com depressão grave que correm risco de vida ou não responderam a tratamentos farmacológicos.
A principal indicação para a ECT é em casos de depressão grave com risco de vida, ideação suicida, desnutrição grave ou depressão com sintomas psicóticos ou catatônicos.
Antes de iniciar a eletroconvulsoterapia, é realizada uma avaliação cuidadosa de riscos e benefícios, uma vez que é necessário considerar o quadro clínico e perfil de cada paciente.
3. Medicamentos antidepressivos
Antidepressivos são medicamentos usados no tratamento da depressão. Existem várias classes de antidepressivos, cada uma com seus próprios mecanismos de ação, efeitos colaterais e indicações.
Antidepressivos tricíclicos (ADT)
Antidepressivos tricíclicos são medicamentos que ajudam a aumentar a disponibilidade de substâncias químicas no cérebro que afetam o humor.
Inibidores da monoamina oxidase (IMAO)
**Medicamentos inibidores da monoamina oxidase, funcionam impedindo a quebra de substâncias químicas no cérebro que afetam o humor.
No entanto, eles requerem uma dieta restritiva para evitar efeitos colaterais, como pressão alta.
Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS)
ISRS, como fluoxetina e sertralina, são amplamente usados devido ao seu perfil de segurança. Eles aumentam a disponibilidade de serotonina no cérebro, melhorando o humor.
Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN)
Inhibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina afetam tanto a serotonina quanto a noradrenalina.
Outros antidepressivos
Além dessas classes, há outros antidepressivos, como:
- Mirtazapina - estimula a atividade da norepinefrina e serotonina, mas pode causar boca seca, aumento do apetite e ganho de peso;
- Bupropiona - age na dopamina e noradrenalina, não afetando a função sexual;
- Trazodona - atua na serotonina e tem efeito sedativo, mas pode causar queda de pressão, náusea e, raramente, priapismo.
O uso de antidepressivos deve ser sempre supervisionado por um médico como o psiquiatra, pois a escolha do medicamento e a dosagem dependem das necessidades individuais de cada paciente.
4. Estilo de vida e autogestão
Além do tratamento com terapia e medicamentos, o estilo de vida e a autogestão desempenham um papel fundamental no enfrentamento da depressão.
Veja a seguir algumas práticas que podem ajudar a melhorar o bem-estar mental.
Exercício regular
Incorporar atividades físicas regulares na rotina pode ser altamente benéfico para pessoas com depressão.
O exercício libera endorfinas, substâncias químicas que melhoram o humor, reduzem o estresse e aumentam a sensação de bem-estar. Atividades como caminhadas, corridas, ioga e dança podem ser ótimas opções.
Alimentação saudável
Uma dieta equilibrada que inclua uma variedade de nutrientes pode afetar positivamente o estado de ânimo e a energia.
Alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3, antioxidantes e vitaminas do complexo B, como peixes, frutas, legumes e grãos integrais, podem contribuir para o bem-estar mental.
Sono adequado
Ter um padrão de sono saudável é essencial para o gerenciamento da depressão. A insônia ou o excesso de sono podem agravar os sintomas depressivos.
Estabelecer uma rotina de sono regular e criar um ambiente propício ao descanso pode ajudar a melhorar a qualidade do sono.
Evitar álcool e drogas
O uso de substâncias como álcool e drogas pode exacerbar os sintomas da depressão e dificultar o processo de recuperação.
Reduzir ou eliminar o consumo dessas substâncias é fundamental para o tratamento eficaz da depressão.
Rede de apoio
O apoio de amigos e familiares desempenha um papel crucial no processo de recuperação.
Conversar com pessoas de confiança sobre seus sentimentos e desafios pode fazer a diferença na recuperação da qualidade de vida.
Além disso, participar de grupos de apoio ou buscar aconselhamento profissional, além da orientação médica, pode ser útil para lidar com a depressão.
O que é o transtorno depressivo maior (TDM)?
O transtorno depressivo maior (TDM) é uma condição de saúde mental caracterizada por uma tristeza profunda, constante e debilitante.
A depressão pode ter uma variedade de causas e manifestações, afetando cada pessoa de forma única.
O reconhecimento precoce do transtorno depressivo maior é fundamental para buscar tratamento adequado.
No entanto, muitas pessoas com depressão não procuram ajuda ou não detectam seus próprios sintomas.
Para auxiliar na identificação do TDM, o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM-5) da American Psychiatric Association (APA) oferece diretrizes para diagnóstico.
Sintomas do transtorno depressivo maior (TDM)
Conheça alguns dos principais sintomas e sinais do TDM abaixo.
1. Presença de humor deprimido
Entre os sinais do humor deprimido, estão:
- sensação de tristeza profunda sem motivo aparente;
- falta de esperança em relação a futuros projetos ou desejos;
- sentimento de vazio constante;
- empatia excessiva, absorvendo a tristeza dos outros;
- irritabilidade, especialmente em crianças e adolescentes.
2. Perda de prazer e interesse
Entre os sinais de prazer e interesse, estão:
- diminuição do interesse ou prazer em atividades anteriormente apreciadas;
- isolamento e redução de participação na vida cotidiana.
3. Perda ou ganho significativo de peso
Alterações no peso, geralmente causadas por distúrbios alimentares relacionados à depressão.
4. Distúrbios do sono
Entre os sinais de distúrbios de sono, estão:
- insônia ou hipersonia frequente;
- uso de medicamentos para dormir, que podem agravar o quadro.
5. Agitação ou retardo psicomotor
Entre os sinais de agitação ou retardo psicomotor, estão:
- inquietação ou lentidão perceptíveis;
- comportamentos como andar de um lado para o outro, falar muito rápido ou devagar e dificuldade em realizar tarefas simples.
6. Fadiga ou perda de energia
Entre os sinais de fadiga ou perda de energia, estão:
- as tarefas cotidianas tornam-se exaustivas e monótonas;
- falta de motivação para cuidados pessoais, como tomar banho ou se vestir.
7. Sentimento de culpa e inutilidade constante
Entre os sinais de sentimento de culpa e inutilidade constante, estão:
- autocrítica intensa, frequentemente relacionada a erros do passado;
- recusa-se a buscar ajuda, mesmo quando o paciente monitora sua depressão.
8. Indecisão constante
Entre os sinais da indecisão constante, estão:
- dificuldade em tomar decisões, tanto na vida profissional quanto pessoal;
- deterioração da concentração.
9. Pensamentos recorrentes de morte
A ideação suicida, em casos graves, pode ser um sintoma do TDM. Reconhecer os sintomas do transtorno depressivo maior e buscar ajuda é crucial para prevenir casos de suicídio.
Conclusão
Como mostrado neste post "4 tratamentos para transtorno depressivo maior (TDM)", esta é uma condição debilitante que afeta a qualidade de vida de muitas pessoas. No entanto, há vários tratamentos disponíveis para ajudar a aliviar os sintomas e a melhorar o bem-estar emocional.
Os medicamentos antidepressivos são uma opção comum, mas é importante que o tratamento seja adequado às necessidades individuais de cada paciente e monitorado de perto por profissionais de saúde.
Além disso, outras abordagens terapêuticas, como terapia cognitivo-comportamental e terapia de grupo, além de mudanças no estilo de vida, também podem ser úteis no tratamento do transtorno depressivo maior.
O importante é procurar ajuda e apoio quando necessário, pois a depressão é uma condição tratável e a recuperação é possível.
15/05/2025 • há um dia