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Urticária

4 sintomas da urticária

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Você já teve lesões avermelhadas na pele ou "vergões" que desencadeavam uma intensa vontade de se coçar? Estes sinais podem indicar a urticária, que quando surge, pode estar acompanhada de coceira a qualquer hora do dia.

Os sintomas costumam permanecer algumas horas e depois desaparecer. Porém, embora a condição não seja considerada grave, episódios de urticária podem comprometer seriamente a qualidade de vida e o bem-estar.

Ela possui vários tipos, que são divididos em 2 grandes grupos: a urticária aguda (dura poucas semanas) e a urticária crônica (persiste por mais de seis semanas).

A ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), estima que mais de 20% da população brasileira apresenta algum episódio de urticária ao longo da vida.

Conheça mais sobre 4 sintomas da urticária a seguir.

Principais sintomas da urticária

A urticária pode se manifestar de variadas formas. Por isso, é fundamental compreender seus sintomas mais comuns para um diagnóstico eficiente e tratamento adequado.

Entre os sintomas mais comuns, estão:

  • vergões na pele;
  • coceira intensa;
  • inchaço;
  • lesões em forma de anel (que mudam de forma e localização rapidamente).

1. Vergões vermelhos na pele

O sintoma mais comum da urticária são as lesões cutâneas em forma de vergões ou placas vermelhas, que se desenvolvem rapidamente na pele. Eles são resultado de uma reação alérgica do organismo.

Além disso, esta reação está ligada a uma substância química conhecida como histamina.

Ela é responsável por causar a dilatação dos pequenos vasos sanguíneos (capilares) na derme, a camada mais profunda da pele.

Uma vez que os vasos estão dilatados, ocorre o vazamento de fluidos para os tecidos circundantes, resultando nos vergões ou placas avermelhadas na pele.

2. Coceira intensa

Assim como os vergões, a coceira é outro sintoma bastante comum de quadros de urticária.

Ela pode se manifestar de forma generalizada ou localizada, na área formada pelos vergões vermelhos.

Assim que o sistema imunológico detecta um alérgeno, ele libera a histamina de mastócitos e basófilos (células específicas envolvidas em reações alérgicas no organismo).

Uma vez liberada, essa substância forma os vergões e também estimula os nervos da pele, que causam a coceira intensa.

3. Inchaço (angioedema)

O inchaço, ao contrário dos sintomas citados anteriormente, não é tão comum.

A angioedema é caracterizada por um inchaço súbito e pronunciado nas camadas mais profundas da pele, geralmente afetando áreas como lábios, olhos, mãos, pés e genitais.

Quando ela ocorre na urticária, está ligada à mesma resposta alérgica que desencadeia os vergões.

A liberação da histamina leva à dilatação dos vasos sanguíneos e ao aumento da permeabilidade capilar, permitindo que o fluido se acumule nos tecidos subjacentes.

Nestes casos, o quadro do paciente é preocupante. Se ela afetar, por exemplo, regiões como a garganta, pode levar a dificuldades respiratórias.

4. Lesões em forma de anel

Algumas pessoas com urticária podem desenvolver vergões em forma de anel.

Essas lesões têm o centro mais claro e a borda mais escura. Este tipo de sintoma se manifesta em subtipos específicos da condição.

As lesões, por vezes, podem mudar de forma e localização rapidamente, além de desaparecer e reaparecer em algumas horas sem deixar resquícios.

Dicas para alívio dos sintomas da urticária

Existem algumas dicas simples que podem ajudar a aliviar os sintomas mais fortes durante uma crise de urticária. Entre eles, estão:

  • evitar produtos irritantes, incluindo sabonetes, perfumes que possam iniciar as crises;
  • usar roupas folgadas e de algodão;
  • aplicar compressa fria nas áreas afetadas (isso pode proporcionar alívio da coceira e ajuda a reduzir a inflamação);
  • evitar banhos quentes (optar por água morna ou fria evita a piora das crises de urticária).

O que é urticária?

A urticária, também conhecida popularmente como vergão, é uma condição de pele caracterizada pelo surgimento de lesões avermelhadas (grande parte com relevo), que coçam intensamente e que podem atingir diversas partes do corpo, incluindo braços, pernas, rosto, etc.

Essas lesões, em alguns casos, além de coçar, podem gerar uma sensação de queimação na pele e também ardência.

Os episódios costumam durar algumas horas e depois desaparecer de forma súbita, sem deixar vestígios.

Trata-se de uma condição comum entre indivíduos dos 20 aos 40 anos.

Existem casos de urticária que vêm acompanhadas por uma condição conhecida como angioedema, um inchaço que atinge as camadas mais profundas da pele.

Ela afeta a mucosa da boca, podendo bloquear vias aéreas superiores, o que pode trazer riscos à vida.

Tipos mais comuns de urticária

Existem diversos tipos de urticária, que são classificadas dentro de 2 grandes grupos:

  • urticária crônica;
  • urticária aguda.

Elas são categorizadas de acordo com a duração dos sintomas, causas subjacentes, entre outros fatores.

Alguns dos tipos mais conhecidos são apresentados abaixo.

Urticária colinérgica

Desencadeada pelo aumento da temperatura corporal, a urticária colinérgica se manifesta mediante a exercícios físicos intensos, banhos quentes e outras situações que possam elevar a temperatura do corpo. Costuma vir acompanhada de coceira intensa.

Urticária aquagênica

A urticária aquagênica se manifesta por meio do contato da pele com a água, independente da temperatura.

Esta é uma condição muito rara e pode ocorrer tanto com a água da torneira, quanto com a água de piscinas, oceanos ou chuva, por exemplo.

Em casos muito graves, os médicos costumam receitar medicamentos e também terapia para controle da condição.

Urticária física

A urticária física se manifesta através de estímulos físicos específicos, incluindo pressão (causada por roupas apertadas, por exemplo), frio e exposição à luz solar.

Grande parte das lesões costuma se desenvolver rapidamente, muitas vezes dentro de alguns minutos.

Assim como aparecem, desaparecem no máximo em uma hora. As lesões são avermelhadas, incham com facilidade e coçam com intensidade.

Urticária induzida por medicamentos

Determinados tipos de medicamentos podem ter a urticária como reação adversa.

A reação pode ocorrer logo após a ingestão do medicamento ou em um momento posterior. A gravidade também varia de acordo com a pessoa.

Além dos sintomas na pele, alguns pacientes experimentam também sintomas sistêmicos, como inchaço dos lábios e dificuldade para respirar.

Urticária emocional ou nervosa

Também conhecida como urticária psicossomática, a urticária emocional ou nervosa é um tipo de urticária que está ligada a fatores emocionais ou ao estresse.

Acredita-se que o estresse emocional desencadeia a liberação de certas substâncias no corpo, contribuindo para o aparecimento das lesões características.

Para este tipo de urticária, recomenda-se o uso de estratégias de gerenciamento do estresse, incluindo práticas como meditação, ioga e outras técnicas de relaxamento.

Além disso, o paciente pode também recorrer a terapias, como a cognitivo-comportamental (TCC).

Causas da urticária

As causas da urticária aguda costumam estar ligadas a alguma substância externa, incluindo alimentos, picadas de insetos, látex, medicações específicas, etc.

Contudo, as causas mais comuns na urticária crônica envolvem fatores imunológicos.

Entre eles, estão as variações hormonais, doenças crônicas preexistentes ou o estresse.

As reações podem ser espontâneas (quando não existe um fator desencadeante específico) ou induzidas (quando existe um estímulo para sua manifestação, incluindo, por exemplo, frio e calor).

Alguns distúrbios e doenças autoimunes também estão ligados à urticária. Isto porque essas condições autoimunes podem desencadear uma resposta imunológica no corpo, levando à liberação de substâncias específicas, como a histamina.

Entre as doenças autoimunes mais comuns, estão:

  • artrite reumatóide;
  • lúpus;
  • tireoidite autoimune;
  • vasculites;
  • dermatomiosite (que afetam os músculos).

Diagnóstico da urticária

Atualmente, não existe um exame ou teste específico para o diagnóstico da urticária.

A confirmação da doença é baseada em análise clínica, ou seja, por meio da avaliação e coleta de dados que o clínico geral ou dermatologista faz durante a consulta.

O segundo passo do diagnóstico é o exame físico, no qual o profissional de saúde avalia o tipo das lesões, seu tamanho e localização no corpo.

Com todos os dados coletados dessas duas etapas, o médico define quais exames complementares ainda podem ser necessários para o diagnóstico final das causas da urticária.

Entre os exames mais comuns, destacam-se o exame de provocação e o teste de alergia específico (IgE).

Conclusão

Como mostrado neste post sobre 4 sintomas da urticária, esta é uma condição médica dermatológica que se manifesta por meio de erupções cutâneas seguidas de coceira intensa e, por vezes, inchaço.

Embora, comumente, a origem seja desconhecida, os sintomas são desconfortáveis, trazendo um impacto negativo grande na qualidade de vida e bem-estar do indivíduo.

A compreensão dos fatores que desencadeiam os sintomas, aliadas a práticas de cuidado pessoal, desempenham um papel crucial no manejo dos sintomas.

Vale salientar que a avaliação por um médico possibilita a identificação de fatores subjacentes, resultando em estratégias de tratamento mais eficazes e personalizadas.

07/07/2025   •   há 10 horas


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