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Inteligência emocional

Inteligência emocional: o que é e como desenvolver?

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Criado pela primeira vez na década de 90, o termo inteligência emocional foi definido pelo psicólogo Peter Salovey e pelo professor John D. Mayer. Ele ganhou popularidade anos mais tarde, com o lançamento do livro "Emotional Intelligence", por Daniel Goleman.

A inteligência emocional tem se tornado cada vez mais necessária, seja em contextos profissionais quanto pessoais.

Contudo, essa habilidade comportamental exige diversos aspectos para que seja desenvolvida e aplicada, inclusive autoconhecimento e controle emocional.

Saiba mais sobre inteligência emocional: o que é e como desenvolver a seguir!

O que é inteligência emocional?

A inteligência emocional pode ser definida como a capacidade do ser humano de compreender, identificar e expressar suas emoções de maneira saudável e eficaz.

Ser inteligente emocionalmente significa saber lidar com situações estressantes, resolver conflitos de forma assertiva, além de se comunicar de forma clara e empática.

O indivíduo com essa habilidade utiliza suas emoções de forma inteligente, alcançando objetivos pessoais e profissionais com uma maior facilidade.

Aspectos da inteligência emocional

Desenvolver inteligência emocional envolve aprimorar várias competências que são essenciais para o bem-estar pessoal e o sucesso profissional.

Segundo o livro de Daniel Goleman, uma das principais referências sobre o assunto na comunidade científica, existem 5 aspectos fundamentais para desenvolver a inteligência emocional. Confira cada um deles abaixo.

1. Autoconsciência

A autoconsciência é a habilidade de reconhecer e compreender as próprias emoções, assim como de todos os seus efeitos sobre os pensamentos e os comportamentos.

A autoconsciência possibilita que o indivíduo identifique suas reações emocionais em diversas situações, permitindo também uma compreensão de como elas afetam seus desempenhos, decisões e relacionamentos.

Dentro do contexto da inteligência emocional, a autoconsciência está ligada a diversos aspectos, como:

  • Reconhecimento das emoções - capacidade em perceber e rotular corretamente suas emoções;
  • Autoconhecimento - consciência acerca dos pontos fortes e fracos, além de uma percepção realista das suas habilidades e áreas da vida que precisam se desenvolver;
  • Autoconfiança - envolve o sentimento de confiança nas próprias capacidades e na autoestima.

2. Autorregulação

A autorregulação trata-se de um componente essencial quando o assunto é inteligência emocional.

Ela se refere à capacidade de gerenciar as próprias emoções de maneira eficaz.

Assim, o indivíduo é capaz de controlar impulsos, manter a calma e se adaptar facilmente às mudanças de forma positiva.

A inteligência emocional dentro do campo da autorregulação tem como características:

  • Gerenciamento do estresse - envolve tranquilidade e clareza mental;
  • Controle emocional;
  • Transparência e integridade - sinceridade nas ações e palavras, além de agir conforme os valores;
  • Adaptabilidade;
  • Orientações para conquistas - envolve o estabelecimento de metas ambiciosas, mantendo a motivação e trabalhando incansavelmente para alcançá-las.

3. Empatia

A empatia é a habilidade de reconhecer e se conectar com as emoções alheias, elemento fundamental para construir relacionamentos saudáveis e eficazes. É compartilhar para si os sentimentos dos outros.

Esta se trata de um componente central da inteligência emocional, permitindo a construção de relacionamentos, a redução de conflitos, melhora da comunicação e desenvolvimento de líderes eficazes.

Entre as principais estratégias para desenvolver a empatia, estão:

  • escuta ativa, prestando total atenção no que o outro tem a dizer;
  • observar sinais verbais e não verbais;
  • mostrar preocupação verdadeira com a situação do outro;
  • praticar a reflexão, que ajuda a entender as emoções e perspectivas do semelhante.

No contexto do mercado de trabalho, ela promove um ambiente mais compreensivo e harmonioso em todas as esferas.

4. Automotivação

A automotivação se refere à capacidade de direcionar e manter o próprio entusiasmo, foco e persistência em direção às metas, independentemente de obstáculos e distrações.

É um tipo de força interna que se desenvolve e impulsiona a pessoa a agir, alcançar os objetivos e se desenvolver de forma contínua.

Os aspectos da automotivação dentro da inteligência emocional envolvem:

  • orientação para conquistas;
  • iniciativa e proatividade;
  • otimismo;
  • comprometimento.

5. Habilidades sociais

A habilidade social está ligada à capacidade de interagir de forma eficaz com outras pessoas, construindo relacionamentos saudáveis e resolvendo conflitos de maneira construtiva.

Pessoas com boas habilidades sociais são capazes de se comunicar de forma clara, trabalhar bem em equipe e influenciar de forma positiva todos aqueles ao seu redor.

As principais habilidades sociais relacionadas com a inteligência emocional incluem:

  • comunicação eficaz;
  • gerenciamento de conflitos;
  • trabalho em equipe;
  • liderança (principalmente em relação à motivação e inspiração de outras pessoas);
  • relacionamentos interpessoais positivos e de confiança.

Como desenvolver a inteligência emocional?

Vale salientar que todo o processo necessita de prática e esforço contínuos. Para desenvolver a inteligência emocional, é preciso se atentar a alguns passos.

Lidar bem com emoções negativas

Lidar bem com emoções negativas é uma das principais características da pessoa que já desenvolveu inteligência emocional.

Ela enxerga as emoções negativas como oportunidade de aprendizado e crescimento pessoal.

Um exercício importante para aprender essa característica é perguntar a si mesmo (quando algo ruim acontecer) que lição você pode tirar daquilo, e como você pode lidar melhor com situações semelhantes no futuro.

É importante também ser gentil consigo mesmo, praticando a autocompaixão e se lembrando que é normal ter altos e baixos emocionais.

Pensar bem antes de agir

Pensar antes de agir é uma habilidade crucial não só para a inteligência emocional, mas também para a vida como um todo.

Ela envolve, principalmente, uma forte motivação interna para fazer escolhas conscientes e responsáveis, mesmo que sejam difíceis e desafiadoras.

A automotivação também está ligada ao pensar bem antes de agir. Com ela, você é capaz de resistir a impulsos, tomando decisões alinhadas com os seus objetivos e valores pessoais.

Esta capacidade, inclusive, promove relacionamentos saudáveis e possibilita a construção de uma vida emocionalmente equilibrada e gratificante.

Evitar julgamentos precipitados

Evitar julgamentos precipitados envolve reconhecer e compreender seus próprios preconceitos e tendências para fazer julgamentos.

Isto também envolve estar ciente das próprias emoções, pensamentos e reações automáticas diante de determinadas situações do dia a dia.

A escuta ativa e a comunicação eficaz, por exemplo, são cruciais para evitar julgamentos precipitados.

Isto envolve dar aos outros a oportunidade de se expressarem completamente, compreendendo seu ponto de vista antes de formar qualquer opinião.

Treinar o cérebro

O cérebro possui a incrível capacidade de se adaptar e mudar ao longo do tempo. Este fenômeno é conhecido como neuroplasticidade.

Dessa forma, quando você treina seu cérebro para desenvolver habilidades emocionais, você cria novas conexões neurais, fortalecendo áreas relacionadas ao processamento emocional.

Além disso, treinar o cérebro ajuda a reconhecer e compreender melhor as próprias emoções, pensamentos e reações.

Como consequência, é possível desenvolver uma maior compreensão de si mesmo, além de ter uma melhor capacidade de regular suas emoções.

Nesse processo, conquista-se a resiliência emocional, o que permite os desafios da vida sejam enfrentados com mais coragem, flexibilidade e determinação.

Gerenciar a ansiedade e o estresse

A ansiedade e o estresse têm se tornado cada vez mais comuns, e ter a capacidade de lidar bem com essas emoções é fundamental para o bem-estar emocional e o sucesso pessoal.

Inicialmente, é importante reconhecer e aceitar que ambos são reações naturais do corpo a situações percebidas como ameaçadoras ou desafiadoras.

Saber gerenciá-las é aumentar a autoconsciência emocional, o que envolve identificar os gatilhos que desencadeiam essas emoções e reconhecer os sinais físicos e mentais associados a elas.

Conclusão

Como visto neste post "Inteligência emocional: o que é e como desenvolver", esta é uma habilidade a ser adquirida.

Ela trabalha a capacidade do ser humano em gerenciar suas emoções de forma eficiente, incluindo, por exemplo, controle de impulsos, gerenciamento de estresse e manutenção da calma em situações desafiadoras.

Desenvolvê-la leva tempo e esforço. Contudo, seus benefícios são significativos e impactam de forma positiva todos os aspectos da vida.

25/06/2025   •   há 2 dias


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