10 cuidados para evitar o surgimento de micoses no verão
Revisado pela Equipe de Redação da Medprev
A chegada do verão potencializa o surgimento de problemas de pele, entre eles, as micoses.
A maioria dos casos não se desenvolve de maneira mais grave, contudo, as micoses podem causar incômodos e persistir por mais tempo, principalmente quando não são tratadas de forma correta.
Essa doença afeta com maior frequência os pés, a virilha e o couro cabeludo e, devido às temperaturas mais altas e à umidade (que favorecem a proliferação de fungos), é preciso tomar alguns cuidados especiais nessa época do ano.
Ao notar os seus sintomas, é preciso buscar a orientação de um médico, como o clínico geral ou o dermatologista, para diagnóstico e tratamento adequados.
Saiba mais sobre o assunto e os 10 cuidados para evitar o surgimento de micoses no verão a seguir!
O que é micose?
As micoses incluem todas as infecções por fungos que atingem a pele, as unhas e o couro cabeludo.
Elas estão entre as doenças mais comuns do verão porque esta estação do ano oferece calor e umidade, duas condições que favorecem a reprodução desses microrganismos.
As infecções fúngicas mais frequentes nesta época do ano incluem:
- "Pano branco” (pitiríase versicolor);
- “Frieira ou pé de atleta” (Tinea pedis);
- Micose de unha (onicomicoses).
Outros tipos comuns de micose
Os tipos de micose podem variar, inclusive, de acordo com a área do corpo afetada. Conheça algumas abaixo.
Cândida
A cândida trata-se de um fungo que afeta principalmente as regiões: oral (de crianças e idosos) e íntima (das mulheres), especialmente em pessoas com imunidade baixa ou expostas a ambientes propícios à manifestação e proliferação do fungo (úmidos e quentes).
A cândida oral é popularmente conhecida como “sapinho” e se manifesta das seguintes formas:
- aftas;
- sensação de ardor;
- placas esbranquiçadas na boca e na bochecha, podendo evoluir para a região das amígdalas, garganta e esôfago se não for tratada corretamente.
É principalmente verificada em crianças ou pessoas que tenham seu sistema imune comprometido, como em casos de gripes, doenças crônicas e pacientes HIV positivos.
Quando acomete a região íntima, por exemplo, a doença se chama candidíase.
Vale ressaltar que a cândida já é um fungo presente naturalmente na microbiota íntima das mulheres, mas quando há alguma alteração de imunidade ou da acidez na região, ela pode se proliferar, gerando como sintomas:
- coceira intensa;
- corrimento esbranquiçado “grumoso”, sem dor ou cheiro.
Por isso, é muito importante, ao usar trajes de banho (biquínis, maiôs ou sunga) após banhos de mar e piscina, sempre mantê-los secos, trocá-los e higienizá-los para que a umidade do tecido não torne a região propícia para o desenvolvimento do fungo.
Tinea cruris ou micose na virilha
A Tinea cruris, ou micose na virilha, é uma infecção fúngica que se manifesta na pele dos órgãos genitais, do interior das coxas ou das nádegas.
Essa condição ocorre mais frequentemente ao usar roupas apertadas ou que retêm a umidade e o suor.
Os principais sintomas da micose na virilha são:
- coceiras;
- pequenas placas arredondadas (em forma de anel) ou semelhantes a assaduras (quando em região de dobras das coxas), em grande parte avermelhadas.
Frieira
Já nos pés, a forma mais comum de micose são as frieiras. Elas surgem entre os dedos dos pés e têm como característica a descamação da pele, causando sintomas como mau cheiro, pele esbranquiçada e coceira. É também conhecida popularmente como “pé-de-atleta”.
Tinea capitis ou micose do couro cabeludo
Quando a micose se manifesta no couro cabeludo, é conhecida como Tinea capitis, ou micose do couro cabeludo (capilar).
Esse tipo de fungo é mais comum em crianças e tem como sintomas:
- coceira;
- falhas no couro cabeludo (queda de cabelos em formatos arredondados);
- placas secas;
- aumento da descamação (mais conhecido como “caspa”);
- dor discreta ou vermelhidão na região.
O quadro pode ser revertido completamente se o tratamento for iniciado a tempo e da forma correta.
Tinea da unha ou onicomicose
Menos comum, a micose que se desenvolve nas unhas é chamada de Tinea da unha, ou onicomicose.
Nesse caso, os fungos provocam alterações na cor da unha, descolamento e quebras, além de deformações. O seu tratamento, comumente, é mais longo, podendo durar até um ano.
10 cuidados para evitar o surgimento de micoses no verão
Os cuidados para prevenção de micoses devem ser observados durante todo o ano, mas em períodos de temperaturas mais elevadas, a atenção precisa ser redobrada.
Confira algumas dicas que ajudam a evitar as micoses abaixo.
- Use chinelos e calçados arejados em locais que ficam constantemente úmidos, como saunas, vestiários, áreas ao redor da piscina e duchas coletivas. Evite andar descalço;
- Coloque uma toalha ou esteira na areia antes de se sentar ou de permitir que as crianças entrem em contato diretamente com ela;
- Cubra superfícies (como espreguiçadeiras e bancadas de sauna) com uma canga ou toalha antes de se sentar;
- Tome uma ducha de água limpa logo que sair do mar ou da piscina para remover parte das impurezas que se depositam na superfície da pele;
- Tome um banho completo e troque as roupas molhadas por peças secas e limpas assim que possível;
- Seque-se muito bem depois do banho, especialmente nas regiões de dobras de pele, como axilas, virilhas e entre os dedos dos pés. Se necessário, utilize um secador;
- Não lave os cabelos muito próximo da hora de dormir, pois o contato do cabelo molhado com as roupas de cama pode abafar a região e favorecer o surgimento de fungos no couro cabeludo;
- Dê preferência a calçados ventilados e confortáveis e evite passar muito tempo com modelos fechados, principalmente em dias quentes;
- Evite usar o mesmo calçado por dois dias seguidos. O ideal é limpar os sapatos depois de cada uso e guardá-los em local arejado;
- Não empreste objetos de uso pessoal, como toalhas, meias, chinelos, alicates de unhas, capacetes, chapéus e bonés, pois eles podem transmitir fungos de uma pessoa para outra.
Ainda que as micoses não sejam, em sua grande maioria, graves, é importante procurar a orientação de um médico clínico ou dermatologista em caso de surgimento de algum sintoma.
Conclusão
Conhecer os 10 cuidados para evitar o surgimento de micoses no verão pode ajudar a prevenir os sintomas da doença, principalmente em períodos mais quentes.
Também é importante lembrar que, ao notar alterações na pele, é essencial buscar a orientação do clínico geral ou dermatologista para o tratamento adequado, uma vez que a micose exige cuidados e tratamento contínuos para uma recuperação completa.
Aproveite o verão com responsabilidade!
12/06/2025 • há 22 dias