4 sinais da procrastinação

Você já deixou de fazer algo importante para ficar mais tempo no celular? Este comportamento, de adiar trabalho e tarefas importantes mesmo sem um motivo aparente, é muito comum. O problema começa quando se torna algo recorrente e afeta a produtividade como um todo.

Inicialmente, é importante diferenciar procrastinação de preguiça, uma vez que os termos não são sinônimos.

Enquanto adiar realizar tarefas importantes (procrastinar) pode ter motivações psicológicas e emocionais, a preguiça é ligada à falta de vontade ou desejo de agir.

Uma pessoa procrastinadora pode ser produtiva em demandas não relacionadas ao que está adiando, já quem está com preguiça, comumente, não é produtivo no geral.

Você quer descobrir quais são os 4 sinais da procrastinação e como lidar com ela? Confira o conteúdo a seguir!

O que é procrastinação?

Procrastinar é o ato de adiar uma tarefa, um trabalho ou uma ação importante para realizar outras atividades sem a mesma prioridade.

Inclusive, "procrastinar" é originada da palavra latina procrastinare, que significa "adiar" ou "postergar".

Ao realizar outras demandas, que costumam ser mais fáceis e prazerosas, o indivíduo busca "fugir" de uma responsabilidade específica.

Um exemplo comum de procrastinação é usar o celular mais tempo do que o planejado, mesmo sabendo que existe uma tarefa no mesmo dia com prazo de entrega.

Ao tomar essa decisão, a pessoa pode deixar de fazer a ação ou realizá-la de forma apressada devido à falta de gestão do seu tempo.

Quando a procrastinação começa a afetar a produtividade, atrapalhando, inclusive relações interpessoais, pode indicar que é necessário buscar ajuda profissional para entender as motivações relacionadas a esse comportamento.

Tipos de procrastinação

Existem vários tipos de procrastinação e entender cada uma delas pode ajudar a desenvolver estratégias de combate, principalmente em relação a padrões de comportamento.

1. Deixar tudo para o dia seguinte

Esse tipo de procrastinação é comum no caso de pessoas que costumam adiar seus compromissos do dia para resolvê-los no dia seguinte ou em um futuro não determinado.

É um dos tipos mais perigosos, principalmente em relação ao trabalho, uma vez que as tarefas podem acumular e prejudicar o planejamento.

Quando há uma frequência neste comportamento e, em conjunto, cobranças e pressão profissional, diversos problemas de saúde mental podem se desenvolver, como transtornos de ansiedade, estresse crônico e síndrome de burnout.

2. Busca por satisfação em vez do dever

Neste tipo de procrastinação, as pessoas buscam adiar suas tarefas em favor de atividades que tragam mais prazer momentâneo.

Dessa forma, são facilmente atraídas para qualquer distração, como usar as redes sociais, assistir filmes ou séries e jogar videogames, por exemplo.

Estas são recompensas imediatas, que podem preencher o tempo que deveria ser direcionado para a realização de tarefas importantes.

3. Listas sem utilidade

Listar podem ser essenciais para a gestão do tempo, de tarefas e de prioridades, independente do contexto em que são usadas.

Contudo, há um tipo de procrastinador que se apoia na realização de listas que não serão utilizadas, ou seja, mesmo que organize suas demandas, não consegue priorizar nenhuma atividade.

Assim, pode acabar utilizando uma parte significativa de seu tempo para planejar e organizar, mas sem conseguir de fato, aplicar o que foi definido.

4. Dormir e realizar tarefas

O sono é uma das etapas do dia a dia mais importantes, uma vez que é essencial para restauração do bem-estar e manutenção da saúde.

Contudo, algumas pessoas podem procrastinar por meio do descanso durante a realização de tarefas.

Esse sono, não necessariamente está ligado à desregulação do descanso ou a outros fatores biológicos, pode ser somente uma tentativa de adiar responsabilidades.

4 principais sinais da procrastinação

É importante salientar que a procrastinação não é uma doença, mas um comportamento que pode ter relação com aspectos psicológicos e emocionais que precisam de atenção.

Se há prejuízos para o bem-estar do indivíduo e impactos em esferas da vida social, familiar e/ou profissional, pode ser preciso buscar ajuda especializada como a do psicólogo.

A partir da avaliação psicológica, por exemplo, o profissional pode indicar se há a possibilidade da presença de um transtorno ou problema de saúde mental.

Os sinais mais comuns da procrastinação estão descritos abaixo.

1. Uso exagerado do celular

O uso excessivo do aparelho celular, principalmente no lugar da realização de tarefas, pode ser um indicativo de procrastinação.

2. Não conseguir ter foco

A falta de foco é um dos sinais mais comuns relacionados à procrastinação.

Geralmente, as pessoas com esse comportamento não conseguem se dedicar a tarefas mais difíceis e complexas, que exigem uma atenção maior.

3. Pensar demais antes de realizar uma ação

Pensar em excesso antes de realizar uma tarefa e não realizá-la como o planejado ou da forma que deveria pode indicar o comportamento procrastinador.

4. Deixar tudo sempre para a última hora

Deixar para fazer as tarefas no último momento ou em um período muito curto pode indicar que o indivíduo está adiando suas responsabilidades e tendo dificuldades para gerenciar o seu tempo.

Isso pode estar associado a diversos fatores, como a sensação de que a pressão do prazo limitado ajuda na concentração, ou ainda, a busca por executar tarefas sob pressão.

Causas da procrastinação

Para entender as causas da procrastinação, é necessário entender o comportamento do ser humano.

Desde os primórdios da existência, o ser humano sempre buscou realizar atividades prazerosas, principalmente se havia a possibilidade de adiar outras tarefas.

Ao longo dos anos, a preferência pela satisfação em detrimento do dever se tornou algo comum no comportamento de diversas pessoas.

Por isso, apesar de parecer algo simples e fisiológico, a procrastinação pode ter uma origem mais complexa e, inclusive, envolver questões psicológicas.

Conheça mais sobre as principais causas a seguir.

Falta de motivação e interesse

A falta de motivação e interesse está diretamente ligada a episódios de procrastinação.

Quando uma tarefa não é percebida como algo relevante, tem uma chance alta de ser adiada e até de não ser realizada.

Comumente, o ser humano, ao ter uma conexão emocional com algo que está realizando, tem mais motivação para iniciá-lo e finalizá-lo, mesmo que tenha uma complexidade maior.

Por isso, muitas pessoas podem procrastinar por não encontrarem sentido ou não se identificarem com a demanda que precisam realizar.

Mau gerenciamento do tempo

Existem pessoas que, naturalmente, têm mais dificuldades em administrar e gerenciar as próprias demandas, seja de trabalho ou ligadas a tarefas no dia a dia. Assim, podem não saber por onde começar e como priorizar o que precisam fazer.

Isto, automaticamente, acaba levando à procrastinação. Contudo, este tipo de comportamento pode ser superado através de orientação direcionada para a organização e administração do tempo.

Distrações e falta de concentração

Quando há obstáculos para se concentrar em uma tarefa, seja devido à sua complexidade, prazo para finalização ou outros fatores, pode haver uma chance maior dela ser adiada.

Como fuga, o indivíduo pode se ocupar com distrações ou responsabilidades não relacionadas ao seu dever.

Um exemplo é uma pessoa que precisa utilizar uma plataforma nova de forma autônoma. A falta de suporte para usá-la ou o receio de cometer erros pode levar ao adiamento dessa ação, mesmo que seja altamente relevante.

Medo do fracasso

O medo de não atender às expectativas, de fazer algo errado ou de não alcançar os resultados da forma esperada também pode levar à procrastinação.

A não realização da tarefa pode ser uma forma momentânea de evitar que os possíveis erros aconteçam.

Como evitar a procrastinação?

Para evitar a procrastinação, podem ser realizadas algumas práticas que ajudam a otimizar o tempo e a concluir as obrigações.

A primeira delas é identificar a causa do problema, buscando entender o que pode ser modificado para facilitar a realização da tarefa, além de evitar recursos de fuga para o adiamento.

A segunda dica está ligada à busca por motivações para realizar a tarefa. O indivíduo precisa encontrar motivos para realizar a ação, como listar os benefícios adquiridos com a sua finalização e buscar ferramentas que possam ajudá-lo a realizá-la de forma mais eficiente.

Outra dica muito importante é evitar as obrigações mentais. Isto significa modificar o ponto de vista sobre a responsabilidade, abrindo mão do perfeccionismo e do autojulgamento.

Em vez de se ver obrigado a realizar a tarefa, é recomendado entender a importância dela e a razão pela qual você precisa terminá-la.

Uma estratégia que também pode auxiliar na execução das atividades é dividi-las em blocos menores e começar pelas demandas mais simples.

Ao resolver problemas menores primeiro, você pode se sentir motivado a continuar a execução da atividade e, inclusive, reduzir o tempo investido na sua realização.

Conclusão

Como visto no post "4 sinais da procrastinação", este é um comportamento muito comum no dia a dia das pessoas, mas que pode trazer diversos problemas em diferentes áreas da vida.

Existem diversas práticas que podem ser utilizadas no dia a dia para combater a procrastinação.

Entre elas estão a mudança de visão em relação à tarefa, dividir projetos em blocos menores e evitar as obrigações mentais.

Ao notar que a procrastinação persiste e está prejudicando a sua qualidade de vida, é indicado buscar o auxílio profissional, como de um psicólogo, para entender as causas relacionadas e resolvê-las.