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Pedra nos rins

Pedra nos rins: o que é, sintomas e tratamento

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Chamada também de cálculo renal, a pedra no rim é uma condição médica que tem impacto negativo significativo na saúde e bem-estar geral. Conhecida por ser extremamente dolorosa, ela é resultado de formações endurecidas (pedras) nas vias urinárias.

A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) estima que 5% da população brasileira convive com pedras nos rins. Por vezes, a condição pode até passar despercebida (assintomática), mas tudo depende do tamanho, localização e movimento das pedras no trato urinário.

Saiba mais sobre as pedra nos rins: o que é, sintomas, tratamento, tipos e diagnóstico!

O que são pedras nos rins?

As pedras nos rins são caracterizadas por pequenos aglomerados de minerais e sais que se formam nos rins ou em outras partes do sistema urinário. Esses cristais se agrupam e cristalizam, causando diversos sintomas.

Esses aglomerados formam as conhecidas pedras, que começam pequenas (como grãos de areia) e aumentam de tamanho, podendo até mesmo preencher as estruturas internas ocas dos rins (tamanho aproximado de uma bola de gude).

Tipos de pedra nos rins

As pedras nos rins são compostas principalmente de minerais e sais dissolvidos na urina. Contudo, esses cristais variam bastante na sua composição e características físicas.

Existem, atualmente, quatro tipos de pedras nos rins: cálculos renais de cálcio, de ácido úrico, de estruvita e de cistina.

1. Cálculos renais de cálcio

Os cálculos renais de cálcio são o tipo mais comum da condição, sendo categorizados em fosfato de cálcio e o oxalato de cálcio, além de corresponderem entre 80% e 90% de todos os diagnósticos realizados.

Existem pessoas que, naturalmente, já possuem um valor grande de cálcio na urina, o que contribui para o surgimento do quadro. Porém, as pedras de cálcio podem formar-se também devido a outras causasa.

2. Cálculo de ácido úrico

Os cálculos de ácido úrico são formados, como o próprio nome já diz, quando há excesso de ácido úrico na urina. É um resíduo que se forma devido a alterações químicas no corpo humano.

Sua ocorrência corresponde entre 5% e 10% de todos os diagnósticos.

Entre os principais motivos deste tipo de cálculo estão a diarreia crônica, indivíduos com diabetes do tipo 2 (adquirida), indivíduos obesos e pessoas com gota (doença que se caracteriza pelo acúmulo de cristais de ácido úrico nas articulações).

3. Cálculos de estruvita

Os cálculos de estruvita são um dos tipos menos comuns de cálculo renal. Compreendem cerca de 1% de todos os diagnósticos realizados e estão relacionados a infecções do trato urinário. São pedras formadas de fosfato, amônio e magnésio.

A infecção do trato urinário, neste caso, ocorre por bactérias que produzem urease. Essa enzima é responsável por aumentar o pH da urina, contribuindo para a formação de pedras.

Os sintomas são semelhantes aos outros tipos de pedra nos rins.

4. Cálculos de cistina

Compreendendo menos de 1% de todos os diagnósticos relacionados a pedras nos rins, os cálculos de cistina estão ligados a uma condição genética, conhecida como cistinúria.

Nela, o organismo não consegue absorver de forma efetiva a cistina, um aminoácido presente na urina. Dessa forma, quando existem grandes quantidades de cistina na urina, o corpo acaba cedendo à formação de cálculos.

Geralmente, as pedras de cistina começam a se formar ainda na infância.

Quais são as causas para a pedra nos rins?

As causas das pedras nos rins estão ligadas a uma grande variedade de fatores, ou seja, são multifatoriais, além de variar de pessoa para pessoa.

As causas mais frequentes estão descritas a seguir.

1. Predisposição genética

Algumas pessoas têm uma maior facilidade para desenvolver pedras nos rins, principalmente se já existirem casos da condição na família. Contudo, é preciso salientar alguns pontos relacionados a este tópico.

Atualmente, cerca de 40% dos pacientes diagnosticados têm antecedente familiar. Todavia, apenas 1% do total tem componentes genéticos bem identificados, ou seja, a predisposição genética existe, mas não é determinante.

2. Desidratação

Indivíduos que não bebem água regularmente podem ter uma concentração maior de minerais na urina, aumentando consequentemente o risco de formação de pedra nos rins.

Beber água suficiente é essencial para evitar a desidratação e diluir os minerais na urina, prevenindo assim a formação dos cálculos.

3. Hábitos alimentares

Alguns tipos de hábitos alimentares, como os que são ricos em espinafre, beterraba e nozes, por exemplo, podem aumentar a concentração de oxalato de cálcio na urina, levando à formação de pedras de cálcio.

Além disso, o consumo excessivo de sal, açúcar e proteína animal, entre outros componentes da alimentação, pode contribuir para a formação de pedras nos rins.

4. Distúrbios metabólicos

Algumas condições médicas, em especial os distúrbios metabólicos, como a gota, cistinúria e obesidade, podem aumentar o risco da formação de pedras nos rins.

5. Medicamentos

Medicamentos, principalmente diuréticos, podem contribuir para a formação de pedras nos rins. Eles, na maioria dos casos, afetam a composição da urina, geralmente ligadas à sobrecarga de cálcio na mesma.

Sintomas de pedra nos rins

Existem diversos sintomas associados à pedra nos rins. Entre os mais comuns, destacam-se as dores agudas, parecidas com cólicas, que ocorrem nas costas, na região lombar e também nas laterais da região.

Essas dores, geralmente, alternam para a parte inferior do abdômen ou da virilha, tornando-se ainda mais dolorosas quando o corpo tenta eliminar o cálculo. Ou seja, esses sintomas surgem muitas vezes durante o dia.

Além das dores intensas, o paciente também pode manifestar outros problemas, como:

  • náuseas;
  • vômitos;
  • dores intensas ao urinar;
  • urgência;
  • frequência urinária aumentada;
  • sangue na urina.

Ao lidar com os sintomas citados (ou mesmo a combinação deles), muitas pessoas buscam remédios e chás caseiros para pedra nos rins, mas é importante lembrar que o acompanhamento médico é fundamental para o diagnóstico e tratamento.

Qual é o diagnóstico para as pedras nos rins?

O diagnóstico é realizado através de exames físicos, testes de imagem e análise do histórico médico, sendo preciso consultar-se com um urologista ou nefrologista para a investigação do quadro clínico.

Os testes de imagem, inclusive, são essenciais para confirmar a presença de pedras no trato urinário, além de ajudar a determinar sua localização, tamanho e quantidade.

Entre os exames de imagem mais comuns para pedra nos rins, estão;;

  • ultrassonografia;
  • tomografia computadorizada;
  • radiografia.

Com base nestes exames, é elaborado o plano de tratamento de acordo com as necessidades do paciente, o que inclui a administração de medicamentos, hidratação, e em alguns casos, procedimentos cirúrgicos.

Qual é o tratamento para as pedras nos rins?

O tratamento para a pedra nos rins depende inteiramente do tipo de pedra, da gravidade do quadro e também da duração dos sintomas.

Administração de medicamentos

O uso de medicamentos para o tratamento de pedra nos rins objetiva tanto o alívio das dores (analgésicos para a dor), quanto medicamentos que têm impacto direto no quadro (usados para relaxar os músculos do trato urinário, facilitando a passagem das pedras).

Hidratação

A hidratação, antes de ser uma forma de tratamento, é a melhor opção para prevenção de pedras nos rins. Em casos onde as pedras são relativamente pequenas (depende da análise minuciosa do médico), o profissional de saúde pode indicar a ingestão de água.

Lembrando que, em casos de crises extremas de pedras nos rins, já foi comprovado que a ingestão de água em excesso pode piorar ainda mais as dores.

Por essa razão, é preciso que o médico oriente o volume ideal de água de acordo com o paciente.

Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LEOC)

A LEOC trata-se de um procedimento não invasivo que utiliza ondas de choque de alta energia para quebrar as pedras dos rins em pedaços menores, facilitando assim sua eliminação através da urina.

Geralmente, este procedimento é utilizado em pedras com até 2cm de diâmetro. Durante todo o procedimento, um sistema de monitoramento com vídeo é utilizado como forma de localizar os cálculos com uma maior precisão.

Procedimentos cirúrgicos

Em alguns casos, geralmente quando as pedras atingem um tamanho muito grande, podem ser utilizados métodos como a cirurgia minimamente invasiva (por exemplo, a nefrolitotomia percutânea). Ela envolve a remoção das pedras através de uma pequena incisão nas costas.

Há ainda casos no qual a abordagem minimamente invasiva também não é válida, sendo necessária a realização da cirurgia aberta. Nela, a incisão é maior e o cirurgião acessa o local e remove a pedra.

Medidas preventivas pós-tratamento

Após qualquer tipo de tratamento, é imprescindível que o paciente adote medidas preventivas, como forma de reduzir a formação de novas pedras nos rins.

Entre as medidas mais utilizadas estão a ingestão regular de água, mudanças na alimentação de acordo com orientação profissional e uso de medicamentos específicos.

Conclusão

Como visto no post "Pedra nos rins: o que é, sintomas e tratamento", essa condição é bastante dolorosa e pode variar, principalmente em relação à gravidade.

Sua origem ocorre pela cristalização de minerais presentes na urina, o que dificulta no líquido pelo trato urinário.

Além de fortes dores, o paciente também pode ter outros sintomas como náuseas, presença de sangue na urina e intensa vontade de urinar com frequência.

O tratamento das pedras nos rins envolve administração de remédios, mudanças no estilo de vida e em alguns casos, cirurgia.

Ao notar um ou mais sintomas da doença, é indicado procurar um profissional de saúde.

15/01/2024   •   há 3 meses


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