O que é ortopedia?
Ortopedia é a área da medicina que diagnostica, trata e previne doenças do sistema locomotor, incluindo ossos, músculos, tendões, articulações e ligamentos. No Brasil, a ortopedia também inclui a traumatologia, que lida com os problemas do sistema musculoesquelético.
Diferença entre ortopedia e traumatologia
É comum que haja dúvidas em relação às diferenças entre ortopedia e traumatologia, já que ambas as especialidades possuem características em comum.
As duas áreas atuam no estudo, análise e diagnóstico de doenças na estrutura musculoesquelética, porém a traumatologia é inteiramente dedicada aos traumas. Ou seja, é derivada da ortopedia.
É através dessa especialidade que podem ser tratadas diversas doenças, condições e lesões, como fraturas, rompimentos e também problemas que afetam a locomoção.
Tanto o ortopedista quanto o traumatologista podem trabalhar em conjunto para tratar o paciente, especialmente em casos de acidentes e lesões graves.
O que faz um ortopedista?
O médico ortopedista trata doenças ortopédicas de natureza variada, como deformidades, perda de função, fraturas, torções e luxações que atinjam ossos, músculos, ligamentos, articulações etc.
Para isso, ele faz consultas, solicita exames, estabelece diagnósticos, prescreve medicamentos, indica tratamentos como fisioterapia e exercícios físicos e realiza cirurgia ortopédica. Saiba mais sobre o que faz um ortopedista em diferentes áreas:
- Trauma ortopédico: é o tratamento de fraturas, luxações e torções, que podem ser causadas por acidentes de trânsito, pancadas durante a prática esportiva, quedas, esmagamentos etc.;
- Coluna: a dor nas costas é um dos principais motivos para procurar o médico ortopedista. Nesse caso, ele pode diagnosticar a causa do problema (como hérnia de disco, desvios de colunas, artrose etc.), prescrever um tratamento medicamentoso ou até mesmo realizar uma cirurgia de coluna;
- Ombro: dedica-se ao tratamento de fratura da clavícula e úmero, luxações, bursite e outras lesões que atingem o ombro, muitas vezes causadas pela prática esportiva, com ou sem cirurgia ortopédica;
- Cotovelo: o ortopedista trata problemas que atingem ossos, músculos, tendões e ligamentos do cotovelo, como fraturas, cotovelo retraído, cotovelo de tenista, cotovelo de golfista, síndrome de pronador e bursite;
- Mão e punho: a área inclui o tratamento de deformidades congênitas ou adquiridas, síndrome do túnel do carpo, tendinite, fraturas etc., com ou sem cirurgia de mão;
- Quadril: nessa área, o médico ortopedista é especializado nas lesões e problemas que atingem o quadril, como deslocamento, bursite e fraturas (muitas vezes causadas pela osteoporose);
- Joelho: o ortopedista avalia e trata condições que afetam o joelho, como diversos tipos de artrite e lesões de cartilagem, ligamento e tendões, incluindo a cirurgia de joelho;
- Pé e tornozelo: o médico ortopedista trata lesões congênitas, como o pé torto, e lesões adquiridas, como fascite plantar e joanete, podendo realizar cirurgia ortopédica em caso de fraturas e luxações;
- Pediatria: o ortopedista pediátrico avalia e trata problemas como pé torto e outras anomalias congênitas, dificuldades para andar, fraturas e outras doenças ortopédicas em crianças e adolescentes;
- Onco-ortopedia: é a área que diagnostica e trata o câncer ósseo, além de tumores em tecidos moles e cartilagens.
Entre as doenças e condições que podem ser tratadas pelo ortopedista, estão:
- Bursite, no qual há uma inflamação na região das bursas (tecido entre as articulações que impede que ossos e tendões sofram com o atrito), gerando dor, desconforto, fraqueza dos músculos e formigamento. Podem afetar outras regiões do corpo, mas é comum principalmente nos ombros;
- Artrose do ombro (também conhecida como Omartrose), no qual as articulações dos ombros se degeneram e causam dores e estalos quando são realizados movimentos específicos;
- Artrose acromioclavicular, no qual há a degeneração de uma região localizada entre a clavícula e o acrômio, podendo gerar desde dores e inchaços, até limitação do movimento e rigidez;
- Tendinite, no qual os tendões (principais suporte para a estrutura do corpo e sistema locomotor) sofrem com o início do desenvolvimento de inflamações, causando dores, problemas no movimento, espasmos, fraqueza, inchaços e vermelhidão. Geralmente é causada por movimentos repetitivos e pode se tornar uma condição crônica se não for tratada;
- Escápula alada, no qual a escápula (osso localizado nas costas) possui posição errada e atrapalha os movimentos do corpo, além de causar dores e desconforto;
- Artropatia do manguito rotador, no qual há lesões de tendões na região do manguito rotador (localizada no ombro). É mais comum em idosos e é causada principalmente por lesões já existentes no local;
- Luxação, no qual há um deslocamento do osso ou da articulação (podendo ser parcial ou completa), gerando dores e limitando os movimentos. É causada geralmente por acidentes e lesões durante a prática de esportes;
- Dor ciática, no qual o nervo ciático sofre com o desenvolvimento de um processo inflamatório. Pode ser causada tanto pela hérnia de disco quanto pela pressão de um esporão na coluna;
- Estenose da coluna lombar, no qual o estreitamento na região (causado principalmente pelo envelhecimento) pode levar ao surgimento de dores durante movimentos específicos, como subir e descer escadas;
- Lombalgia, no qual há uma lesão muscular na região lombar, causando dores;
- Mielopatia cervical, no qual há uma compressão em uma região específica da medula espinhal, causando dormência e afetando os movimentos. É mais comum em pessoas de mais idade;
- Osteoartrite, no qual os tecidos localizados nas pontas dos ossos (cartilagens) se deterioram. Dessa forma, há um atrito que gera dor e problemas de locomoção.
Quando ir ao ortopedista?
A consulta com ortopedista não costuma fazer parte dos cuidados de rotina com a saúde. Contudo, não se deve esperar que os desconfortos se agravem para procurar esse especialista, pois eles podem se tornar incapacitantes e dificultar o tratamento. Dessa forma, alguns exemplos de quando ir ao ortopedista são:
- Dores na coluna, joelho, tornozelo, quadril, punho, ombros e outras articulações;
- Dores que retornam depois de uma lesão;
- Problemas posturais;
- Desvios na coluna;
- Deformidade dos pés ou outros membros;
- Desproporcionalidade no tamanho dos membros;
- Rigidez, inchaço ou calor nas articulações;
- Formigamento nos membros.
Além disso, pessoas que têm tendência a desenvolver doenças ortopédicas ou que apresentem uma condição crônica, como artrite, artrose e osteoporose, devem fazer o acompanhamento contínuo com o ortopedista.
Como é uma consulta com ortopedista?
A consulta com ortopedista começa com uma entrevista na qual o médico vai perguntar ao paciente os motivos que o trouxeram até ali. Ele também vai perguntar sobre o estilo de vida, o ambiente de trabalho, problemas de saúde anteriores e histórico médico familiar.
Em seguida, o médico ortopedista fará o exame físico e poderá solicitar exames complementares para confirmar o diagnóstico, como radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
A partir das observações do exame físico e dos achados nos exames complementares, o ortopedista pode recomendar um tratamento com medicamentos, exercícios físicos, fisioterapia ou cirurgia ortopédica.
O que falar para o ortopedista?
É importante estar preparado para a consulta, de forma a ajudar o médico a chegar ao diagnóstico correto e indicar o melhor tratamento. Saiba o que falar para o ortopedista:
- Relate detalhadamente a queixa que levou você ao consultório;
- Informe quais são os sintomas, quando eles começaram e se há alguma situação que alivie ou agrave o quadro;
- Tenha em mãos uma lista com os medicamentos que você toma;
- Leve seus exames anteriores;
- Informe ao médico sobre doenças que aparecem com frequência na sua família.
Quanto custa uma consulta com ortopedista?
Cada ortopedista tem um valor de consulta específico, não sendo possível definir o seu custo exato.