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Síndrome do pânico

Síndrome do pânico: o que é e sintomas

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade que se caracteriza por ataques de pânico inesperados e recorrentes, acompanhados por intensa sensação de medo e desconforto.

Esses ataques podem ser debilitantes e afetar significativamente a qualidade de vida da pessoa.

Neste artigo, veja o que é a síndrome do pânico e seus principais sintomas!

O que é a síndrome do pânico?

A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade no qual a pessoa afetada experimenta episódios repentinos e intensos de medo intenso acompanhados de sintomas físicos e psicológicos. Esses episódios são conhecidos como ataques de pânico e podem ocorrer sem motivo aparente ou em situações específicas.

Sintomas da síndrome do pânico

Esse transtorno pode causar ataques de pânico inesperados e recorrentes acompanhados por uma intensa sensação de medo e desconforto. Além desses sintomas, também podem surgir sinais físicos, psicológicos e cognitivos.

Veja alguns deles a seguir.

Sintomas físicos

Entre alguns dos sintomas físicos que uma pessoa pode sentir durante a síndrome do pânico, estão:

  • Palpitações ou batimentos cardíacos acelerados: a pessoa pode sentir uma sensação de coração acelerado, como se estivesse batendo de forma rápida e intensa;
  • Dor ou desconforto no peito: é comum ocorrer dor ou desconforto no peito durante um ataque de pânico. Essa dor pode ser semelhante a dos problemas cardíacos, o que pode aumentar a sensação de medo e ansiedade;
  • Falta de ar ou sensação de sufocamento: muitas pessoas com síndrome do pânico relatam dificuldade em respirar ou uma sensação de sufocamento, como se não estivessem recebendo ar suficiente;
  • Tremores ou sensação de fraqueza: durante um ataque de pânico, a pessoa pode experimentar tremores nas mãos, pernas ou até mesmo no corpo todo. Também pode haver uma sensação geral de fraqueza muscular;
  • Transpiração excessiva ou calafrios: um dos sintomas físicos comum é a transpiração excessiva, onde a pessoa pode suar intensamente, mesmo sem estar em um ambiente quente. Além disso, calafrios podem ocorrer, causando uma sensação de frio;
  • Tontura ou vertigem: esse tipo de sintoma é comum durante um ataque de pânico. Quando ocorre, a pessoa pode sentir-se instável, como se estivesse prestes a desmaiar;
  • Náuseas ou desconforto abdominal: algumas pessoas podem experimentar náuseas, desconforto ou sensação de aperto no estômago. Isso pode estar relacionado à resposta do sistema digestivo ao estresse;
  • Formigamento ou dormência nas extremidades: durante uma crise, é possível sentir formigamento ou dormência nas mãos, braços, pernas ou pés. Essa sensação pode ser temporária e desaparecer após o término do ataque;
    Sensação de aperto na garganta: muitos podem sentir uma sensação de aperto na garganta, como se estivessem sendo sufocadas.

Sintomas psicológicos e cognitivos

Entre os principais sintomas emocionais e cognitivos que uma pessoa pode sentir durante a síndrome pânico, estão:

  • Medo intenso ou medo de perder o controle: durante um ataque de pânico, a pessoa pode experimentar um medo intenso, acompanhado do medo de perder o controle sobre si mesma;
  • Sensação de irrealidade ou despersonalização: pessoas com síndrome do pânico relatam sentir-se desconectadas da realidade ou como se estivessem observando a si mesmas de fora do próprio corpo. Essa sensação é chamada de despersonalização;
  • Ansiedade antecipatória: a pessoa pode sentir uma ansiedade constante, isso pode levar a uma preocupação excessiva e constante com a possibilidade de ter outro episódio;
  • Pensamentos pessimistas: durante um ataque de pânico, a pessoa pode ter pensamentos negativos, como acreditar que algo terrível está prestes a acontecer ou que não será capaz de lidar com a situação;
  • Sentimentos de desespero ou desesperança: a síndrome do pânico pode causar sentimentos de desespero, tristeza profunda e uma sensação de falta de esperança em relação ao futuro;
  • Dificuldade de concentração ou sensação de "mente em branco": durante um episódio de pânico, a pessoa pode ter dificuldade em se concentrar em tarefas ou sentir que sua mente está vazia, incapaz de pensar claramente;
  • Irritabilidade ou nervosismo: a pessoa pode ficar facilmente irritada, impaciente ou nervosa devido à tensão e ansiedade constantes associadas à síndrome do pânico.

É importante ressaltar que esses sintomas podem variar em intensidade e duração em cada indivíduo.

Além disso, nem todos os sintomas mencionados podem estar presentes em todos os ataques de pânico. Se a pessoa enfrenta esses sintomas com frequência e tem dificuldades em sua vida diária, é recomendável buscar apoio médico e tratamento adequado.

Os ataques de pânico geralmente atingem o pico em poucos minutos e diminuem gradualmente, mas o indivíduo pode continuar se sentindo ansioso e apreensivo mesmo após o término do episódio.

Diagnóstico

O diagnóstico da síndrome do pânico é realizado por profissionais de saúde (como os psiquiatras), com base na avaliação dos sintomas físicos, cognitivos e emocionais, além da análise de outras condições médicas que possam estar causando sintomas semelhantes.
Geralmente, o diagnóstico é feito com base nos critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), uma ferramenta amplamente utilizada pelos profissionais de saúde mental.

Tratamento

Após o diagnóstico, a estratégia de tratamento mais adequada é definida com base no alinhamento entre especialista e paciente.
A síndrome do pânico é uma condição tratável e existem diversas opções terapêuticas disponíveis para ajudar as pessoas a lidar com os sintomas. Os principais métodos de tratamento são:

  • Terapia cognitivo-comportamental (TCC): realizado em conjunto com o psicólogo, a TCC é um tipo de terapia que se concentra em identificar e modificar padrões de pensamento negativos e comportamentos associados à síndrome do pânico. A TCC ensina estratégias para lidar com os sintomas, como técnicas de relaxamento, reestruturação cognitiva e exposição gradual aos desencadeadores de ansiedade;
  • Terapia medicamentosa: em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser recomendado para ajudar a controlar os sintomas da síndrome do pânico. Os medicamentos prescritos comumente utilizados são antidepressivos, como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) ou inibidores da recaptação de serotonina-noradrenalina (IRSN);
  • Terapia de exposição: a terapia de exposição é frequentemente usada como parte da terapia cognitivo-comportamental (TCC). Ela envolve a exposição gradual e controlada às situações ou objetos que desencadeiam os ataques de pânico para ajudar a reduzir a ansiedade associada a esses estímulos;
  • Técnicas de relaxamento: aprender e praticar técnicas de relaxamento, como respiração profunda, meditação, ioga ou relaxamento muscular progressivo, pode ajudar a diminuir a intensidade dos ataques de pânico e promover uma sensação de calma;
  • Suporte psicossocial: Participar de grupos de apoio ou buscar aconselhamento individual pode ser benéfico para pessoas com síndrome do pânico. Compartilhar experiências, receber apoio emocional e obter informações sobre estratégias de enfrentamento pode ajudar na recuperação.

É importante ressaltar que cada pessoa é única, e o tratamento adequado pode variar. Por isso é fundamental buscar a orientação de um profissional de saúde mental qualificado para avaliar e determinar o plano de tratamento mais adequado para cada caso.

Conclusão

A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade que pode ser desafiador e debilitante para aqueles que a vivenciam.
Os ataques de pânico intensos e recorrentes podem causar medo intenso, desconforto físico e emocional, levando a uma diminuição da qualidade de vida e limitações nas atividades diárias.

Quem lida com esse transtorno de saúde mental pode ter dificuldade em lidar com situações diárias comuns no trabalho, em casa com familiares e até mesmo no meio social. No entanto, é importante destacar que a síndrome do pânico é tratável.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC), por exemplo, tem sido amplamente utilizada, pois ajuda as pessoas a identificar e modificar padrões de pensamento negativos. Além disso, fornece estratégias para lidar com os sintomas e enfrentar os desencadeadores de ansiedade.

Em alguns casos, o uso de medicamentos, como os antidepressivos, pode ser recomendado para ajudar a controlar os sintomas da síndrome.
Em conjunto com o tratamento profissional, buscar suporte psicossocial também pode trazer muitos benefícios.

Participar de grupos de apoio ou receber aconselhamento individual possibilita a criação de um ambiente de suporte, permitindo que as pessoas compartilhem experiências, recebam apoio emocional e aprendam estratégias de enfrentamento.

Cada indivíduo é único, e o tratamento ideal pode variar de pessoa para pessoa. Mas além da busca por ajuda profissional, ter o apoio familiar pode ser um grande aliado na recuperação do paciente.

11/07/2023   •   há 10 meses


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