Tireoide, engorda ou emagrece?
Revisado pela Equipe de Redação da Medprev
Engordar ou emagrecer em razão da tireoide. Certamente você já deve ter ouvido alguém mencionar essa glândula como uma das possíveis causas da perda ou ganho de peso. Porém, ainda que ela possa ter relação direta com o tema, afirmar que ela “engorda ou emagrece” não faz muito sentido.
Para entender a importância dessa glândula em nosso corpo, primeiro precisamos compreender qual é a sua função no nosso organismo. Além disso, a constatação de problemas relacionados à tireoide só pode ser feita por um profissional de saúde a partir de exames de imagem e laboratoriais. Por isso, se tiver qualquer dúvida sobre o assunto, agende uma consulta pela Medprev.
Tireoide: o que é e qual a sua função?
A tireoide é uma glândula responsável pela produção dos hormônios T3 e T4, ambos considerados reguladores do nosso metabolismo. Os problemas aparecem quando há excesso ou escassez na produção dessas substâncias. T3 e T4 em excesso acelera o metabolismo (hipertireoidismo), enquanto em quantidades abaixo da média deixam o metabolismo mais lento (hipotireoidismo).
Essas características são aplicadas às calorias que ingerimos. Um corpo com metabolismo mais lento tende a demorar mais para processar o que foi consumido, o que consequentemente acarrearia em ganho de peso. Porém, quando se trata de ganho ou perda de peso, esse não é o único fator que deve ser considerado.
Portanto, não é correto afirmar que hipotireoidismo ou hipertireoidismo têm como consequência direta ganho ou perda de peso. Entenda: a tireoide sozinha não engorda e nem emagrece ninguém. São as disfunções na glândula, somadas a outros fatores, que podem resultar no aumento ou na perda de peso.
Hipotireoidismo e hipertireoidismo: sintomas e consequências
Em linhas gerais, pacientes com hipotireoidismo tendem a apresentar cansaço e desânimo. São esses fatores que contribuem para que seja mais difícil a realização de atividades físicas, o que contribui para uma vida mais sedentária, com menor gasto energético e, consequentemente, maior probabilidade de ganho de peso.
Entretanto, há inúmeros casos de pacientes com hipotireoidismo que, por se alimentarem de forma saudável e realizarem exercícios físicos regulares, não apresentam nenhum tipo de problema de ganho de peso.
A mesma lógica se aplica ao hipertireoidismo. Nesses casos, o paciente com metabolismo mais acelerado tende a perder peso caso não se alimente de maneira adequada. Pela velocidade com que o organismo trabalha, eventualmente pode haver maior apetite, ainda que o maior consumo de alimentos não impacte em ganho de peso.
Identificação de problemas na tireoide e tratamento
Não há como identificar problemas de tireoide apenas mediante sintomas. Entretanto, quando um conjunto deles aparece são indícios de que é hora de agendar uma consulta com um médico. A partir do diagnóstico inicial, o profissional de saúde solicitará exames de sangue que meçam as concentrações de T3, T4 e TSH.
Alguns dos sintomas comuns ao hipotireoidismo incluem:
- Dor de cabeça, nos músculos e nas articulações;
- Menstruação irregular;
- Unhas frágeis, quebradiças e pele áspera e seca;
- Olhos inchados na região das pálpebras;
- Queda de cabelo sem causa aparente;
- Batimentos cardíacos mais lentos que o normal;
- Cansaço excessivo;
- Dificuldade de concentração, memória fraca;
- Diminuição da libido;
- Aumento de peso sem causa aparente.
Já no caso do hipertireoidismo, a lista de sintomas pode incluir:
- Nervosismo, ansiedade e inquietação;
- Perda de peso, apesar do apetite aumentado;
- Suor excessivo;
- Menstruação irregular;
- Palpitações cardíacas;
- Tremores nas mãos;
- Sensação de calor mesmo em ambiente frio;
- Dificuldade para dormir e para se concentrar;
- Cabelos finos e quebradiços;
- Fraqueza muscular;
- Diminuição da libido;
- Náuseas e aumento do número de evacuações intestinais;
- Inchaço das pernas e dos pés.
O tratamento para problemas relacionados à tireoide é feito na maioria das vezes com medicamentos. A função deles é estimular ou inibir a produção dos hormônios, de acordo com o diagnóstico. Casos mais graves podem ainda requerer procedimentos cirúrgicos, mas sempre cabe ao médico a indicação do tratamento mais adequado para cada paciente.
24/02/2022 • há 3 anos