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Quais são os tipos de mamografia?

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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O médico pediu uma mamografia convencional ou uma mamografia digital e você não sabe a diferença entre esses exames? Embora esses dois tipos de mamografia sejam bastante parecidos do ponto de vista da paciente, apresentam diferenças em relação à formação da imagem da mama.

Tanto a mamografia convencional quanto a digital utilizam o aparelho de raios X e necessitam que seja feita a compressão da mama pelas placas de metal durante o exame.

As diferenças entre elas são nítidas na etapa seguinte em relação à tecnologia utilizada para transformar em imagem as informações obtidas com a radiação.

Conheça melhor quais são os tipos de mamografia e suas principais características a seguir!

Mamografia convencional

Na mamografia convencional, a exposição das mamas da paciente ao aparelho de raios X dá origem a um filme, que lembra os antigos filmes fotográficos, só que bem maior.

Na sequência, esse filme precisa passar por um processamento para revelar a estrutura interna das mamas.

A imagem do interior da mama é gravada nesse filme, por isso pode ser necessário refazer o exame caso haja algum problema técnico com ele.

Por essa razão, é preciso proteger esse material do calor e da umidade, que podem comprometer a qualidade da imagem.

Mamografia digital

Outro tipo de mamografia é a mamografia digital, que se divide em direta e indireta.

No caso da mamografia digital direta, os raios X são captados por um detector e transformados em sinais elétricos que são transmitidos para a tela do computador.

Para a mamografia digital indireta, as informações obtidas pelos raios X são captadas pelo detector, armazenadas em uma substância específica e depois são transformadas em uma imagem na tela de computador.

Embora seja um pouco mais demorada que a mamografia digital direta, ela ainda é bem mais rápida do que a mamografia convencional.

Além do tempo de duração do exame ser mais curto, a mamografia digital oferece outras vantagens às pacientes e aos radiologistas.

A imagem que é exibida na tela do computador pode ser ampliada no próprio monitor, permitindo uma análise mais precisa de eventuais alterações.

Além disso, existem softwares capazes de detectar lesões, contribuindo para um diagnóstico mais correto.

Diferente do filme obtido na mamografia convencional, a imagem resultante da mamografia digital pode ser armazenada em meios eletrônicos, sendo facilmente recuperada.

Dessa forma, reduz-se a necessidade de repetir o exame, diminuindo a exposição das pacientes à radiação.

É importante destacar que os estudos mais recentes não constataram diferenças significativas entre os exames em relação à capacidade de detecção de um tumor.

Apesar disso, para mulheres mais jovens e com mamas densas ou muito volumosas, a mamografia digital parece ser mais precisa que a convencional.

Indicações para fazer uma mamografia

Uma das indicações da mamografia é a avaliação da mama quando há uma alteração percebida pelo médico ou pela paciente, como nódulos, mudanças na aparência e dor.

Ela também pode ser indicada quando houver alguma alteração detectada em outros exames de imagem, como a ultrassonografia.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as mulheres entre 50 e 69 anos devem realizar uma mamografia a cada dois anos com o objetivo de detectar lesões iniciais de um câncer de mama.

O INCA não recomenda que sejam feitas mamografias anuais ou antes dessa idade porque a exposição excessiva à radiação pode até mesmo contribuir para o surgimento de um tumor maligno.

Apesar disso, quando existem casos de câncer de mama na família, principalmente em mulheres jovens ou em homens, alguns especialistas defendem que a mamografia deve ser feita anualmente e com idade mais precoce.

Por exemplo, se a mãe de uma paciente teve um câncer de mama com 45 anos, a paciente deverá começar a fazer mamografias anuais a partir dos 35.

Existe apenas uma indicação em relação à idade mínima para se fazer uma mamografia, que é de 25 anos.

Antes dessa idade, as mamas são muito sensíveis à radiação e podem sofrer algum tipo de dano.

As indicações variam de pessoa para pessoa, por isso é essencial seguir as orientações do médico mastologista, oncologista ou radiologista.

Como é feita a mamografia?

Independente dos tipos de mamografia existentes, o exame costuma acontecer da mesma maneira: a paciente fica em pé próxima à máquina de raios X e suas mamas são posicionadas entre duas placas de metal.

Na etapa seguinte, há uma compressão das mamas entre essas placas, o que pode causar certo desconforto.

Depois do disparo dos raios X, os dados radiológicos são processados conforme a técnica da mamografia convencional ou digital. O exame leva de 10 a 15 minutos em média.

Como se preparar para o exame?

Uma dica para marcar o exame é evitar os dias que antecedem a menstruação, pois as mamas ficam mais sensíveis à dor nesse período, causando um incômodo maior durante a compressão das placas.

No dia do exame, é indicado utilizar duas peças de roupa, como blusa e calça, já que é necessário despir a parte de cima.

Também recomenda-se evitar o uso de desodorantes nas axilas e nas mamas.

Mulheres que utilizam prótese de silicone também podem fazer a mamografia sem prejuízo dos implantes.

Nesse caso, é necessário avisar ao técnico sobre a presença das próteses, pois a execução do exame é um pouco diferente.

As pacientes também devem avisar sobre a localização de alguma suspeita, como a posição de um nódulo, para que ela seja avaliada da melhor forma possível.

Mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez também precisam comunicar esse fato ao técnico, pois é necessário utilizar um protetor na região do abdômen para garantir a segurança do bebê.

Em casos em que a paciente já fez uma mamografia ou outro exame de mama anteriormente, é preciso levá-los no dia do novo exame para comparar os resultados.

Detecção precoce do câncer de mama

A principal vantagem do exame é que, quando um tumor é diagnosticado em fases iniciais, o câncer de mama tem até 95% de chances de cura.

Além disso, o tratamento é menos agressivo e tem um tempo de duração menor.

Os dois tipos de mamografia, tanto a convencional quanto a digital, oferecem níveis praticamente idênticos de sensibilidade para a detecção de lesões.

Por isso, independente do exame solicitado, é importante seguir as orientações do médico e cumprir à risca a frequência recomendada para novas avaliações.

Conclusão

Como visto no post sobre quais são os tipos de mamografia, embora ambos os exames tenham o objetivo de avaliar a saúde da mulher identificando alterações nas mamas, há diferenças em relação à tecnologia usada para formar a imagem.

Tanto a mamografia convencional oudigital podem auxiliar os médicos a investigar suspeitas de câncer de mama ou de outras doenças.

Fonte(s): Minha Vida

10/10/2023   •   há um ano