Lipedema não é obesidade: saiba mais sobre essa doença
Revisado pela Equipe de Redação da Medprev
Mulheres com pernas e quadris muito grossos ou desproporcionais ao restante do corpo frequentemente são vistas como casos de obesidade. Entretanto, o problema pode ir muito além disso: falamos do lipedema, uma doença vascular crônica e genética.
Estima-se que pelo menos 10 milhões de pessoas no Brasil sofram desse problema – e as mulheres formam a parcela mais significativa dos casos diagnosticados. Diagnosticar o problema o quanto antes e realizar atividades físicas aquáticas quando possível são algumas das premissas no combate a essa doença.
O que é lipedema?
O lipedema, também conhecido como “síndrome da inflamação” é uma doença crônica que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de tecido gorduroso na região dos quadris, podendo chegar às panturrilhas e aos tornozelos, provocando dor intensa.
Além do efeito estético e dos problemas psicológicos que ele pode desencadear em função disso, o desenvolvimento do lipedema também limita progressivamente a mobilidade. Se não houver diagnóstico, não há tratamento adequado, e sem os cuidados necessários a situação pode evoluir para um linfedema, obstruindo o sistema circulatório e afetando o sistema imunológico.
Não há estudos conclusivos que indiquem as razões pelas quais esse problema se desenvolve. Porém, sugere-se que fatores genéticos e distúrbios metabólicos e hormonais estejam associados a essa condição.
Lipedema: sintomas e diagnóstico
Os pacientes com lipedema muitas vezes acreditam que o acúmulo de tecido nas pernas se dá em razão de obesidade, o que não é verdade. Nesse contexto, exercícios localizados ou dietas não resolverão o problema. Entre os principais sintomas que podem indicar um lipedema podemos destacar os seguintes:
- Dor nos tecidos moles, em repouso ou ao caminhar;
- Hipersensibilidade ao toque;
- Acúmulo de gordura da cintura aos joelhos ou tornozelos;
- Perda de elasticidade da pele;
- Hematomas frequentes;
- Membros com textura borrachosa;
- Bolsões de gordura logo abaixo do joelho.
Ainda que esses sintomas sejam comuns a outras condições, o conjunto deles pode ser visto com um indicativo de que é importante procurar um médico. Nesse caso, procurar um médico vascular é o melhor caminho. Agende uma consulta pela Medprev com um profissional de saúde para que ele possa fazer uma avaliação mais detalhada.
Não há exames específicos, sejam eles de imagem ou laboratoriais, para detectar a doença.
Os cuidados que um paciente com lipedema deve ter
Como já mencionamos, os lipedemas não têm relação com a obesidade. Em razão disso, dietas ou alimentos específicos não terão influência direta na solução do problema. Entretanto, evitar o aumento de peso é visto como uma medida que impede que o quadro se torne mais grave.
Além disso, não há medicamentos ou pomadas específicos para essa condição. Recomenda-se que os pacientes não usem roupas muito apertadas e, na prática esportiva, recorram a meias de compressão. Atividades aeróbicas, caminhadas e corridas leves, sempre sob orientação profissional, são indicadas, assim como exercícios aquáticos.
Ainda que sessões terapêuticas de compressão e massagem possam ter efeitos paliativos, a resolução do problema em muitos casos só ocorre após intervenção cirúrgica. Múltiplas sessões de lipoaspiração (em geral, de 3 a 4), a cada 3 ou 4 meses, podem contribuir para aliviar quadros com dores mais intensas.
As células doentes removidas na cirurgia não voltam a crescer, mas o paciente deve seguir cuidando da alimentação, do peso e praticando atividades físicas para que o resultado seja mais duradouro. Vale lembrar que a cirurgia não indicada para todos os pacientes e cada caso deve ser analisado individualmente por um médico especialista.
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Você sabia que os sintomas acima podem ser um indício de lipedema e que essa é uma doença que não tem relação com a obesidade? Procurar tratamento o quanto antes é a melhor forma de evitar que essa condição se torne um problema mais grave. Agende hoje mesmo uma consulta pela Medprev e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto.
24/02/2022 • há 3 anos