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Como identificar e o que fazer em caso de coma alcoólico?

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Não é preciso ser alcóolatra para enfrentar, em alguma circunstância, um caso de coma alcoólico. A ingestão de grandes quantidades de álcool em curtos períodos é suficiente para que organismo não consiga metabolizar essa substância de forma adequada.

Diferentemente do que se possa imaginar, um princípio de coma alcoólico não tem relação direta com o tipo de bebida (ou a mistura de várias) ou com o biotipo físico. Cada caso precisa ser analisado de forma individual, e é justamente por isso que não há uma regra geral sobre qual é a hora certa de parar para evitar maiores problemas.

Os efeitos do álcool em excesso no organismo

Uma dose de bebida leva, em média, uma hora para ser processada pelo fígado. Esse tempo de metabolização varia de acordo com uma série de fatores, o que inclui peso, altura, porte físico, alimentação nas horas anteriores e até mesmo o gênero (mulheres, em geral, levam mais tempo para processar a mesma quantidade de álcool).

Sendo assim, quando ingerimos uma quantidade maior de álcool do que o fígado é capaz de metabolizar, o organismo não dá conta de transformar o álcool em glicose. O resultado disso é uma espécie de intoxicação, afetando diretamente outros órgãos vitais, como o cérebro, o coração ou o estômago.

Em casos mais graves, a pessoa alcoolizada pode ficar inconsciente e o excesso de álcool pode até mesmo levar à morte.

Principais sintomas que podem levar a um coma alcoólico

À medida que uma pessoa consome álcool, o corpo experimenta certas sensações que vão se intensificando conforme a quantidade de bebida ingerida. O cérebro perde reflexo e memória sentimos sonolência. A frequência cardíaca aumenta e os rins aceleram o processo de filtragem, o que torna o corpo mais suscetível a desenvolver outros problemas.

Como referência, o teste de bafômetro utilizado pela polícia para identificar se um motorista consumiu ou não bebida alcóolica leva em consideração a quantidade de álcool no sangue para avaliar a condição do paciente.

  • De 0,1 g a 1 g – Os principais sintomas são tontura e sonolência. Acima de 0,5 g de álcool (o equivalente a menos de uma lata de cerveja) já é considerado infração de trânsito beber e dirigir.
  • De 1,5 g a 2,9 g – Com essa quantidade de álcool o paciente tem a capacidade de tomar decisões racionais reduzida, passa a ter problemas de reflexo e dificuldade de fala.
  • De 3 g a 3,9 g – Pode ocorrer perda de consciência e desmaios.
  • Acima de 4 g – Trata-se de um limite acima do tolerável e há risco de parada cardiorrespiratória.

Ainda que a manifestação dos sintomas se intensifique à medida que a pessoa consome bebida, muitas vezes a percepção não é nítida, o que pode levar a um agravamento rápido da situação. Por isso, mais do que tomar os devidos cuidados para não chegar a essa situação, é importante que as pessoas à sua volta tenham consciência do que deve ser feito para minimizar o problema.

Em primeiro lugar, deite a pessoa alcoolizada de lado, para evitar que ela se engasgue. Se ela estiver consciente, dê água para ajudar o corpo a se reidratar. Em seguida, acione um serviço de emergência ou dirija-se a um pronto-socorro para que ela receba atendimento médico imediato.

Alcoolismo é doença e coma alcóolico deve ser evitado

O uso excessivo de álcool também impacta na saúde do organismo. Embora os efeitos da bebida alcóolica sejam diferentes de pessoa para pessoa, mesmo quando consumidos nas mesmas quantidades, algumas complicações são comuns à maioria dos dependentes.

Doenças relacionadas ao fígado, problemas gastrointestinais, neuropatias periféricas, pancreatite, problemas cardiovasculares e anemias estão entre as consequências mais frequentes.

Ao perceber qualquer um desses sintomas, seja em você mesmo ou em um amigo próximo ou familiar, converse com ele e oriente-o a procurar auxílio médico, agendando uma consulta pela Medprev. Quanto antes o tratamento for iniciado, maiores são as chances de sucesso na reversão do problema.

24/02/2022   •   há 3 anos