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Pedra nos rins pode matar?

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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A pedra no rim, ou cálculo renal, é uma condição no qual o paciente apresenta estruturas sólidas em seu trato urinário, que se formam a partir de sais minerais da própria urina. Estas estruturas têm diversos tamanhos e localizam-se em diferentes partes dos rins.

Esta condição de saúde é bastante dolorosa e, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), atinge 10% de toda a população mundial.

No Brasil, segundo o Hospital de Clínicas de São Paulo, cerca de 1,5 milhão de brasileiros apresentam alguma disfunção renal.

Você quer descobrir se a pedra nos rins pode matar? Saiba a seguir.

O que é pedra nos rins?

A pedra nos rins é uma massa sólida que pode se formar em qualquer local do trato urinário (inclusive, uma ou mais).

Quando as pedras se movimentam, causam sintomas como dor intensa nas costas, dor ao urinar, sangue na urina, entre outros problemas.

Vale salientar que, na maior parte dos casos, elas não apresentam sintomas iniciais e são identificadas por acaso, em exames como a ultrassonografia.

Os sintomas costumam ser mais fortes quando a pedra é muito grande e se desloca pelo trato urinário.

Além disso, ela pode obstruir o canal por onde passa a urina. O paciente deixa de urinar, acumula urina dentro do próprio corpo, aumentando a dor e o desconforto.

Fatores de risco para pedra nos rins

O aparecimento da pedra nos rins pode ser influenciado por diversos fatores.

Entender as causas e fatores de risco da condição contribui diretamente para a prevenção do problema. Entre os principais fatores estão:

  • Desidratação constante e baixa ingestão de líquidos - trata-se de um dos fatores mais significativos quando o assunto é pedras nos rins. Quando o corpo não recebe líquido suficiente, a urina se torna mais concentrada, aumentando a probabilidade de formação de cristais;
  • Dieta inadequada- determinados nutrientes, quando consumidos em excesso, podem aumentar o risco de pedras nos rins. O consumo excessivo de sódio, proteínas animais e açúcares, por exemplo, causa desequilíbrio na composição da urina;
  • Obesidade - a obesidade está associada a pedras nos rins por questões metabólicas e dietéticas, além de contribuir para uma desidratação corporal mais acelerada;
  • Histórico familiar - indivíduos com casos de pedras nos rins na família têm mais probabilidade de desenvolver o problema;
  • Distúrbios metabólicos - diversos distúrbios, incluindo os distúrbios do metabolismo do cálcio, oxalato e ácido úrico, podem predispor uma pessoa à formação de pedras nos rins.

Tipos de pedras nos rins

As pedras nos rins podem variar de tamanho, forma e também de composição química.

Dessa forma, existem vários tipos diferentes de pedras nos rins, cada qual com sua característica. Conheça mais a seguir.

1. Pedras de fosfato de cálcio

As pedras de fosfato de cálcio são compostas por fosfato de cálcio e costumam se desenvolver em ambiente alcalino.

São menos comuns que as pedras de oxalato de cálcio, mas ainda representam uma parte significativa em todos os diagnósticos.

2. Pedras de oxalato de cálcio

As pedras de oxalato de cálcio são o tipo mais comum de pedras nos rins. Elas são formadas por oxalato de cálcio, uma substância natural encontrada em muitos alimentos.

O consumo excessivo de alimentos ricos em oxalato, como espinafre, nozes e chocolate, pode aumentar o risco de desenvolver este tipo de pedra.

3. Pedras de ácido úrico

As pedras de ácido úrico são formadas por ácido úrico, uma substância que se acumula na urina.

Ela aparece devido a certas condições médicas, como a gota, ou devido a uma dieta rica em purinas.

Pacientes com elevado nível de ácido úrico no sangue têm uma maior probabilidade de desenvolver este tipo de pedra no rim.

4. Pedras de estruvita

As pedras de estruvita se formam em um ambiente urinário alcalino e podem crescer rapidamente, atingindo um tamanho significativo. Seu aparecimento está ligado a infecções bacterianas.

5. Pedras de cistina

As pedras de cistina são os tipos de pedras nos rins mais raras e são causadas por um distúrbio genético chamado cistinúria, no qual os rins excretam quantidades excessivas de certos aminoácidos, incluindo a cistina.

Pessoas com cistinúria têm maior probabilidade de desenvolver este tipo de pedra.

Pedra nos rins podem matar?

Por si só, as pedras nos rins não levam à morte. Contudo, elas causam dores intensas e complicações graves caso não sejam tratadas de forma adequada.

Existem casos em que podem surgir infecções renais ou bloqueio que impedem a passagem total de urina, levando a danos renais graves e até mesmo à insuficiência renal.

As complicações associadas às pedras nos rins ocorrem, basicamente, de duas maneiras distintas:

  • quando elas migram para o ureter (canal que tem como função transportar a urina dos rins para a bexiga), impedindo a saída total da urina;
  • quando as pedras crescem e desenvolvem infecções urinárias.

Apesar de acometer indivíduos de todas as idades, as complicações relacionadas a pedras nos rins podem ter um impacto na saúde maior em:

Nestes grupos, dependendo da condição de saúde, a pedra nos rins pode agravar ainda mais o quadro do paciente.

Saiba a seguir, as principais complicações mais graves que podem surgir diante de um quadro de cálculo renal.

Infecção generalizada associada a pedra nos rins

Uma das complicações graves que podem surgir em casos de pedras nos rins é a infecção generalizada, também conhecida como sepse ou sepse renal.

Ela ocorre quando a pedra, devido ao seu tamanho, impede o fluxo de urina do rim para a bexiga, levando ao acúmulo de bactérias que normalmente seriam eliminadas.

Estas bactérias se multiplicam rapidamente, causando uma infecção grave.

Caso a infecção não seja tratada de forma adequada e rapidamente, ela pode se espalhar para o sangue, levando à sepse.

Os sintomas da sepse incluem:

  • febre alta;
  • frequência cardíaca rápida;
  • respiração rápida;
  • confusão mental;
  • pressão arterial baixa ;
  • outros sinais de falência de órgãos.

O tratamento para o problema é cirúrgico (envolve a remoção da pedra para restaurar o fluxo normal da urina), além de incluir o uso de antibióticos para tratar a infecção. Comumente, também é necessária a internação hospitalar.

Pionefrose

A pionefrose é uma complicação grave que pode surgir em decorrência das pedras nos rins, representando uma condição de emergência, que requer intervenção imediata.

Ela se manifesta quando ocorre uma dilatação anormal do sistema coletor renal devido ao acúmulo de urina infectada.

Assim como a infecção generalizada, ela está associada ao bloqueio do fluxo normal de urina dos rins para a bexiga.

Com o tempo, a infecção pode se espalhar para diversos órgãos do sistema urinário, causando danos aos tecidos deles e levando à pionefrose.

Os sintomas mais comuns da pionefrose incluem:

  • dor abdominal ou dor lombar, especialmente no lado afetado;
  • febre e calafrios;
  • náuseas e vômitos;
  • micção frequente e dolorosa;
  • presença de sangue na urina;
  • inchaço abdominal.

Em casos mais graves, a pionefrose pode levar a complicações potencialmente fatais.

Dependendo da gravidade da obstrução e da infecção, podem ser necessárias medidas adicionais, como a drenagem do sistema coletor renal através de um tubo inserido no rim (processo conhecido como cateterização ureteral).

Por fim, é importante salientar que a pedra nos rins em si, não leva à morte. Contudo, se não for tratada de forma correta, pode evoluir para problemas mais graves e fatais.

Como prevenir pedra no rins?

É fundamental adotar medidas preventivas para reduzir o risco de formação de pedras nos rins e estar ciente dos sinais de alerta que indicam a necessidade de buscar atendimento médico imediato (como do clínico geral ou urologista).

Entre as medidas que ajudam a prevenir as pedras nos rins, estão:

  • adotar uma dieta equilibrada, priorizando o consumo de frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras;
  • beber bastante água para diluir a urina e reduzir a concentração de substâncias que podem levar à formação de pedras;
  • monitorar a ingestão de cálcio;
  • limitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • seguir sempre as orientações médicas.

Pacientes que já tiveram pedras nos rins, quando não realizam o tratamento preventivo, podem desenvolver novamente a condição.

Conclusão

Como visto no post "Pedra nos rins pode matar?", as pedras não são necessariamente uma condição fatal, mas podem desencadear problemas graves.

Por isso, é fundamental adotar medidas preventivas para reduzir o risco de formação de pedras nos rins e estar ciente dos sinais de alerta que indicam a necessidade de buscar atendimento médico imediato, como o do urologista.

Manter-se bem hidratado, seguir uma alimentação balanceada, controlar o consumo de alimentos ricos em sódio e proteínas, além de evitar fatores de risco conhecidos, são passos importantes na prevenção de pedras nos rins.

Fonte(s): Tua Saúde e Dr. Eduardo Costa.

05/07/2024   •   há 2 meses


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