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Qual é a letalidade do coronavírus?

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Com mais de 260 mil casos confirmados em todo o mundo, em 20 de março de 2020 as mortes em decorrência da covid-19 somavam mais de 11 mil. A situação fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar pandemia e colocou cidadãos de diversos países. Entenda qual é a letalidade do coronavírus.

Apesar disso, quando comparada a outras doenças, o coronavírus não está entre aqueles que apresentam a maior taxa de letalidade, inclusive quando comparado com outros vírus da família coronavírus, como o SARS e o MERS. Embora alguns especialistas afirmem que ainda é cedo para definir uma taxa de letalidade do coronavírus, dados preliminares já podem dar um indicativo do quão mortal ele pode ser.

A letalidade do coronavírus

De acordo com os dados da OMS, a letalidade do coronavírus é mais alta entre os idosos acima de 80 anos. Nessa faixa etária, cerca de 15% dos pacientes infectados faleceram. Superando a China, epicentro da doença, a Itália é até agora o país com mais mortes em decorrência da doença: mais de 4 mil. Grande parte disso se deve às características da população do país, que tem muitos idosos.

Já entre os jovens, a taxa de letalidade fica em torno de 0,5%. Em outras palavras, é como se há cada mil pessoas que contraem o vírus, cinco morressem. Já foram confirmados casos em 118 países, em todos os continentes. O que se observa também é que a taxa de letalidade varia bastante de país para país. Na China, por exemplo, o índice de letalidade está em 3,9% enquanto em outros países o percentual médio é de 3,2%.

A situação de pandemia levou várias nações a colocarem os seus cidadãos em quarentena para tentar conter a propagação do vírus. No Brasil, a pandemia fez com o que o Congresso Nacional decretasse estado de calamidade pública, recomendando o trabalho remoto e o fechamento do comércio nos principais estados.

Coronavírus é menos letal do que outras doenças

Embora a situação de pandemia atual possa ser considerada sem precedentes, quando comparamos o coronavírus com outros vírus descobrimos que a sua taxa de letalidade não é das mais altas. Tomando como base a média de 3,6%, obtida a partir dos casos registrados desde dezembro ele pode ser considerado menos letal que o SARS (10%) e o MERS (34%).

Em contrapartida, a letalidade é superior à da gripe Influenza (H1N1) e de outras gripes comuns, que fica entre 0,01% e 0,08%. Já o sarampo, em 2019, matou 1,42% dos pacientes infectados no mundo. Em termos de letalidade, poucos superam o ebola, cuja taxa de mortalidade no último ano ficou entre 25% e 90%.

O que torna o coronavírus mais nocivo do que a H1N1, por exemplo, é a sua alta taxa de contágio. Em média, uma pessoa com o coronavírus pode infectar cerca de 3 pessoas, enquanto no caso do H1N1 a proporção era de 1 para 1,5. Isso se deve à maior resistência do coronavírus: em superfícies como plástico e aço inoxidável ele pode sobreviver por até 3 dias.

Pacientes assintomáticos também são transmissores

Um dos grandes problemas para se rastrear os casos de coronavírus é que mesmo pacientes sem sintomas são capazes de transmitir a doença. Ainda que a carga viral seja menor e o potencial de contato seja inferior, trata-se de uma possibilidade que dificulta a prevenção – dai a necessidade de reduzir as aglomerações e o contato social para evitar a rápida propagação. Os sintomas aparecem, em média, após cinco dias do contágio.

A principal preocupação das autoridades no momento é impedir que muitas pessoas sejam infectada simultaneamente. Apesar da letalidade mais alta entre os pacientes do grupo de risco, aqueles que recebem acompanhamento médico, especialmente com respiradores artificiais, têm mais chances de se recuperar.

O que ocorre é que esse tipo de equipamento é caro e limitado na maioria dos países. Além disso, o número de leitos hospitalares pode não ser o suficiente, o que contribui para aumentar a mortalidade. Por essa razão, o melhor conselho é mesmo respeitar o período de quarentena imposto pelas autoridades, em uma tentativa de reduzir a curva de contágio.

24/02/2022   •   há 2 anos


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