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Intolerância à lactose

Intolerância à lactose: quais os sintomas e como é feito o tratamento?

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Se você sente algum desconforto após consumir produtos lácteos ou alimentos com leite em sua composição, é possível que você tenha algum grau de intolerância à lactose. Ainda que não existam números precisos sobre a condição, estima-se que no Brasil pelo menos 53 milhões de pessoas apresentem algum tipo de sintoma.

A avaliação médica é fundamental, pois o problema não é de simples diagnóstico. Algumas pessoas apresentam índices moderados de intolerância enquanto outras podem ter sintomas mais expressivos. Além disso, há casos em que o diagnóstico correto é de alergia a algum tipo de alimento, inclusive ao leite de vaca.

O que é intolerância à lactose?

A lactose é o açúcar predominante no leite e nos laticínios. Para que ela seja corretamente digerida pelo organismo, é necessária uma enzima chamada lactase, produzida pelas células do revestimento interno do intestino delgado. Quando ela não é produzida ou é produzida em quantidade insuficiente, o resultado é uma má digestão.

Sem a lactase, a lactose não pode ser absorvida e nem digerida. O excesso dessa substância no organismo pode provocar sintomas como diarreia líquida, incialmente, e flatulência, distensão abdominal e cólicas posteriormente após ser fermentada por bactérias no intestino grosso.

A intolerância à lactose pode se manifestar de três formas: primária, secundária e congênita. No primeiro caso ela ocorre em decorrência do envelhecimento, sendo comum em pessoas mais velhas. Já a secundária é consequência de doenças ou ferimentos. Por fim, a congênita é uma condição genética, em que as pessoas já nascem com o problema.

Deficiência de lactase: por que isso ocorre?

Quando nascemos nosso corpo produz grandes quantidades da enzima lactase, pois ela é uma fonte primária de nutrição nos primeiros meses de vida. Com o passar dos anos, esse volume de produção tende a diminuir em razão da dieta ou mesmo do envelhecimento. Quando a produção chega a níveis muito baixos, o paciente pode desenvolver intolerância.

Doenças como gastroenterite, doença de Crohn ou celíaca também podem agravar esse quadro. Há casos ainda em que a deficiência na produção se dá desde o nascimento, por herança autossômica recessiva. Nesse caso, tanto o pai quanto a mãe transmitem o gene da intolerância à lactose para a criança.

Sintomas e diagnóstico: como reconhecer o problema?

A intolerância alimentar a leite e produtos derivados é o sintoma comum da intolerância à lactose. Em alguns casos, tudo depende da quantidade de leite ingerida – o problema só de manifesta a partir de um determinado volume, por exemplo. Em casos mais graves, uma quantidade mínima já é suficiente para provocar reações.

Entre as crianças, a manifestação mais comum de sintomas é a diarreia líquida. Como consequência, o ganho de peso fica prejudicado enquanto o leite e seus derivados fizerem parte da alimentação. Já entre os adultos, os sintomas incluem distensão e cólicas abdominais, diarreia líquida, flatulência, náusea, ruídos intestinais e necessidade urgente de defecar entre trinta minutos e duas horas depois de ingerir alimentos contendo lactose.

Ao perceber que sintomas como esses estão se tornando frequentes, o ideal é agendar uma consulta na Medprev com um especialista em gastroenterologia. Após uma avaliação preliminar, o profissional de saúde poderá solicitar a redução ou a suspensão do consumo de leite e derivados durante um período de três a quatro semanas para reavaliação.

Posteriormente, podem ser realizados ainda exames como o de tolerância à lactose (via exame de sangue), hidrogênio expirado ou medição de ácidos.

Tratamento: há cura para a intolerância à lactose?

Não há um tratamento específico que resulte na cura da intolerância à lactose. No entanto, a suplementação de lactase é uma das maneiras de permitir que pacientes com deficiência na produção dessa enzima continuem consumindo quantidades moderadas desse tipo de alimento.

Entretanto, em grande parte dos casos o problema só é resolvido quando há mudanças na dieta. Remover leite e produtos lácteos da alimentação reduz significativamente os sintomas. Nesse caso, consulte ainda um profissional de nutrição para saber como readequar sua dieta, desconsiderando produtos que possam ocasionar em má digestão.

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Muitas pessoas com intolerância à lactose ainda não tiveram um diagnóstico sobre esse problema. O importante é que você não assuma essa condição como normal e procure um médico quando os sintomas se tornaram frequentes, por duas ou três semanas consecutivas. Agenda uma consulta na Medprev hoje mesmo para iniciar o tratamento, se necessário.

26/11/2024   •   há 15 horas


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