7 sintomas da gastrite
Revisado pela Equipe de Redação da Medprev
Queimação no estômago: pode ser apenas uma má digestão ou indicar o início de uma gastrite, mas os sintomas dessa inflamação não se limitam apenas a esse tipo de sensação.
O indivíduo acometido pela gastrite pode apresentar dores abdominais, sensação de barriga inchada, perda de apetite, náuseas, arrotos frequentes, mal-estar geral e saciedade precoce.
Além disso, essa inflamação pode ser desencadeada também por situações de estresse e ansiedade, ambas comuns na vida de muitas pessoas.
Descubra a seguir alguns dos 7 sintomas da gastrite e como diagnosticar a doença.
Quais são os 7 principais sintomas da gastrite?
De acordo com dados fornecidos pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, aproximadamente 70% de toda a população brasileira tem algum tipo de gastrite.
Conhecer os principais sinais da doença é essencial para prevenir o seu desenvolvimento e receber tratamento adequado. Veja alguns de seus sintomas a seguir.
1. Fortes dores abdominais
A dor abdominal é um dos sintomas mais comuns da gastrite. A intensidade da dor varia de leve à intensa, de acordo com a gravidade da lesão no estômago.
Compressas quentes podem ajudar a diminuir as dores abdominais. A hidratação também é de extrema importância.
2. Perda de apetite
A gastrite pode levar o indivíduo a perder o apetite, o que pode estar associado às dores e outros problemas que a condição causa. Com tempo, em caso de gastrite crônica, por exemplo, o paciente pode perder peso.
O indicado nestes casos é optar por alimentos menos calóricos e comer mais vezes ao dia.
3. Náuseas e vômitos
Indivíduos com gastrite podem manifestar náuseas e, em alguns casos, vômitos. Mesmo ingerindo muito ou pouca comida, a junção dos sintomas leva a um mal-estar geral.
4. Sensação de saciedade precoce
Mesmo após comer uma pequena quantidade de comida, pessoas com gastrite podem se sentir rapidamente satisfeitas. Quando o estômago está muito inflamado, ele diminui sua área total, reduzindo assim o seu tamanho.
5. Sangramento gastrointestinal
Em casos onde a parede do estômago é danificada (com perda do muco estomacal), podem ocorrer sangramentos. Isto resulta, por exemplo, em fezes com sangue ou mesmo vômito com sangue.
Neste caso, deve-se procurar imediatamente ajuda médica. Este tipo de gastrite é conhecida como gastrite erosiva e sua causa está diretamente associada ao uso não controlado de remédios, além de álcool, substâncias químicas específicas e lesões traumáticas.
6. Indigestão
A indigestão também é comum em pacientes com gastrite e pode incluir:
- sensação de desconforto;
- inchaço;
- arrotos;
- eructação (liberação de gases intestinais pela boca).
7. Azia e refluxo ácido
A sensação de queimação está diretamente relacionada com a azia.
Essa sensação tem origem no abdômen e pode se espalhar pelo restante do corpo, atingindo peito, garganta e boca.
Já o refluxo ácido refere-se ao retorno do ácido do estômago para o esôfago, causando um grande desconforto e dor. Assim, dentro de um quadro de gastrite, o paciente pode apresentar sintomas de refluxo e azia.
Além dos sintomas mencionados, também é possível que algumas pessoas não apresentem sinais explícitos da doença. Este tipo de gastrite é conhecida como gastrite assintomática. Geralmente, nestes casos, a inflamação é descoberta através de exames de rotina.
O que é gastrite?
O estômago possui um revestimento interno conhecido como mucosa gástrica. Ela tem a função de proteger o órgão dos ácidos digestivos e das enzimas, que estão presentes em seu interior.
Quando esta camada sofre algum dano ou mesmo irritação, ocorre a inflamação, resultando na gastrite. Esta inflamação pode ser aguda ou crônica e tem impacto direto na qualidade de vida do paciente.
A inflamação da mucosa intestinal pode ser intensa (não destrói o revestimento do estômago) ou pode ser uma inflamação leve (com a destruição do revestimento e perda da mucosa estomacal, sendo um caso mais sério, podendo levar à formação de úlceras e sangramentos).
Saiba mais sobre ambos os tipos a seguir.
Gastrite crônica
Na gastrite crônica, a inflamação persiste por um longo período de tempo, podendo durar até mesmo anos. Seu desenvolvimento pode estar associado ao estilo de vida do indivíduo, como o estresse, a alimentação e o sedentarismo.
A sua principal característica é a presença constante da bactéria Helicobacter pylori.
Além disso, também pode estar relacionada a doenças autoimunes (o próprio sistema imunológico ataca as células saudáveis do estômago) e ao refluxo biliar (retorno do líquido da bile para o estômago).
Gastrite aguda
Caracterizada por uma inflamação súbita e temporária da mucosa gástrica, a gastrite aguda pode estar associada ao uso excessivo de medicamentos, infecções bacterianas, lesões traumáticas no estômago ou doenças autoimunes.
Isso ocorre devido a agentes específicos, como bactérias, vírus ou remédios que irritam o estômago.
A doença apresenta uma evolução lenta e o paciente, em geral, não percebe o aumento dos seus sintomas.
Como evitar os sintomas da gastrite?
Existem diversas formas, além da medicação, para evitar os sintomas da gastrite. Entre elas, estão:
- Mastigar bem os alimentos - a digestão já começa pela boca. Por isso, quando o alimento é enviado ao estômago da forma correta, a digestão ocorre sem maiores problemas;
- Evitar o uso do cigarro - o tabagismo contribui diretamente para o desenvolvimento de muitas doenças do aparelho digestivo, incluindo a gastrite. Além disso, também aumenta os riscos da doença de Crohn e cálculos biliares;
- Consumir alimentos menos ácidos - é indicado evitar alimentos que podem intensificar a acidez estomacal. Dessa forma, optar por alimentos menos ácidos, como verduras e carnes magras, pode ser benéfico;
- Fracionar as refeições - é importante que o estômago, nestas situações, trabalhe de forma menos intensa. Portanto, fracionar as refeições ao longo dia é importante. Também é preciso evitar fazer grandes refeições depois de muitas horas de jejum;
- Tomar remédios apenas com orientação médica - seguir as recomendações do profissional de saúde (como o clínico geral ou gastroenterologista) ajuda a superar os sintomas com mais facilidade;
- Evitar tomar café, bebidas alcóolicas e aquelas que possam conter cafeína.
Diagnóstico da gastrite
O diagnóstico da gastrite é realizado com base na avaliação do sintomas do paciente, seu histórico médico e a realização de exames como a endoscopia alta.
Esse exame permite visualizar a mucosa do estômago e ocorre com o auxílio de um endoscópio (equipamento composto por um tubo e uma microcâmera), possibilitando que o médico analise as paredes do esôfago, estômago e duodeno.
Antes de realizar o exame, o paciente precisa ter feito jejum absoluto nas oito horas que antecedem o procedimento, pois o estômago precisa estar vazio. Em alguns casos, o médico pode pedir a suspensão de algum medicamento que possa alterar a coagulação do sangue.
O tempo de duração é bastante curto; cerca de 5 a 20 minutos, dependendo da condição do paciente no momento do exame. O exame trata-se de um procedimento seguro com riscos mínimos.
Além da endoscopia alta, também pode ser necessário realizar uma biópsia, que consiste na retirada de mucosa estomacal para posterior análise minuciosa no microscópio.
Gastrite tem cura?
Depende da gastrite, mas no geral, seus sintomas são tratáveis. A abordagem para que isso seja possível varia de acordo com o tipo de gastrite e a gravidade da condição.
O tratamento pode envolver uma combinação de antibióticos, medicamentos para reduzir a produção de ácido estomacal, além de mudanças no estilo de vida.
É importante ressaltar que a cura varia de acordo com a pessoa e a causa da doença, além de exigir comprometimento total e contínuo do paciente.
Algumas formas de gastrite, como a gastrite autoimune, exigem tratamento contínuo para controlar os sintomas e evitar possíveis complicações.
Pacientes que precisam fazer uso contínuo de remédios devem discutir com o médico sobre alternativas e estratégias para diminuir a ação dos mesmos em relação à gastrite.
Conclusão
Como mostrado no post sobre os 7 sintomas da gastrite, esta é uma doença que pode se manifestar através de diferentes sintomas e ter uma variação de sua duração.
Porém, é importante ressaltar a importância de uma vida saudável, com alimentação e descanso equilibrados para prevenir a doença e auxiliar na recuperação do indivíduo em tratamento.
Por isso, assim que a condição é diagnosticada, é importante seguir as orientações médicas, como a do gastroenterologista, para uma investigação aprofundada sobre o quadro de saúde e alívio de seus sintomas.
O nutricionista também pode desenvolver um plano alimentar específico para pacientes com a doença, indicando alternativas para substituir alimentos como frutas ácidas, por exemplo, que pioram os sintomas da gastrite.
Acompanhamento psicológico também pode ser decisivo para o controle e remissão da doença, já que há casos onde o estresse e ansiedade
desencadeiam episódios agudos da condição.
23/10/2024 • há um mês