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Enxaqueca

O que causa enxaqueca?

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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No Brasil, mais de 31 milhões de pessoas sofrem com a enxaqueca, uma condição que pode ser debilitante, além de causar vômitos, náuseas e/ou sensibilidade à luz.

Esta doença crônica pode durar horas e até dias. A dor, geralmente em apenas um dos lados da cabeça, é latejante ou pulsante e costuma ter piora gradual. Em geral, começa na testa (em uma das laterais do crânio ou ao redor dos olhos).

Saiba mais sobre o que causa enxaqueca a seguir!

O que é enxaqueca?

Embora ter dor de cabeça seja algo comum ao longo da vida, quando torna-se frequente, intensa e acompanha outros sintomas, pode ser indicativo de uma doença chamada enxaqueca.

Pessoas que lidam com essa condição podem manifestar sinais, como:

  • náusea;
  • enjoo;
  • alterações na visão (como enxergar pontos luminosos ou manchas escuras, por exemplo), como no caso da enxaqueca com aura.

Conviver com os sintomas pode ser bastante desafiador, uma vez que podem contribuir para a falta de memória, além de impactar na produtividade no trabalho e estudos.

A enxaqueca não tem cura, por isso, é muito importante evitar hábitos prejudiciais que desencadeiam ou agravam a condição.

Também é recomendado identificar os gatilhos para o início da enxaqueca e buscar diagnóstico e tratamento adequado.

A OMS (Organização Mundial de Saúde), no ano de 2018, incluiu a enxaqueca no rol das enfermidades mais incapacitantes.

Conhecer melhor sobre a doença, assim como suas principais causas, pode ajudar a preveni-la.

O que causa enxaqueca?

A enxaqueca se manifesta e tem causas diferentes para cada pessoa, o que exige que a avaliação do quadro de saúde e a definição do tratamento sejam únicas para cada paciente.

Embora suas causas exatas ainda não sejam completamente definidas, acredita-se que fatores específicos podem contribuir para o seu surgimento. Conheça alguns a seguir.

Sensibilidade e estímulos ambientais específicos

Estudos sugerem uma sensibilidade aumentada em pessoas que têm enxaqueca.

Fatores externos, incluindo luz intensa, ruídos altos e odores fortes, podem desencadear crises fortes em alguns indivíduos.

Os estímulos mais comuns são os seguintes:

  • Ruídos altos (como música alta, buzinas, sirenes e/ou sons repetitivos);
  • Odores fortes (como perfumes, fumaça de cigarro e produtos de limpeza);
  • Luzes brilhantes (luzes fluorescentes ou outros tipos de luz intensa);
  • Variações climáticas (apesar de ser menos comum, algumas pessoas podem experimentar crises de enxaqueca devido a variações climáticas, principalmente em relação à temperatura e umidade).

Fatores genéticos

Muitos estudos apontam que a enxaqueca possui componentes genéticos significativos, ou seja, é uma condição que pode ser herdada.

Se um dos pais tem enxaqueca, por exemplo, há uma probabilidade muito grande que os filhos também desenvolvam a condição.

Alterações hormonais

A enxaqueca é mais comuns em pessoas do sexo feminino. Muitas mulheres relatam episódios fortes e recorrentes associados a eventos hormonais específicos:

  • Enxaqueca do período menstrual - muitas mulheres experimentam enxaquecas relacionadas ao período menstrual. Os episódios costumam ocorrer principalmente nos dias que antecedem a menstruação e durante os primeiros dias do ciclo menstrual. As flutuações de estrogênio são a principal causa;
  • Enxaqueca durante a gravidez - durante a gravidez, os casos de enxaqueca variam. Existem mulheres que relatam uma melhora nos episódios durante este período, já outras relatam piora no período pós-parto;
  • Uso de contraceptivos hormonais - a escolha do tipo de hormônio, a dosagem e a sensibilidade individual têm influência nos episódios de enxaqueca. Algumas notam melhora, enquanto outras têm piora nos sintomas;
  • Menopausa - na transição para a menopausa, devido à diminuição de níveis de estrogênio, muitas mulheres têm aumento das crises de enxaqueca.

Crises de estresse

Embora a relação entre estresse e enxaqueca seja complexa, essa reação pode ser um gatilho para crises agudas.

Situações estressantes podem levar a uma liberação de substâncias químicas no cérebro que estão associadas à dor de cabeça.

Entre as substâncias liberadas, destaca-se a noradrenalina. Este hormônio é responsável por aumentar a energia química no organismo para respostas rápidas em caso de estresse.

Além disso, assim como o estresse pode desencadear a enxaqueca, lidar com a doença pode ser estressante.

Alimentação

Para muitas pessoas, a alimentação desempenha um papel muito importante na enxaqueca.

Diversos tipos de alimentos e bebidas já foram identificados como desencadeadores potenciais de crises. Contudo, vale salientar que esta relação varia, uma vez que cada organismo reage de forma única.

Entre as substâncias e alimentos que podem contribuir para o surgimento da enxaqueca, estão:

  • Cafeína;
  • Tiramina - é uma substância encontrada em alimentos fermentados e envelhecidos, incluindo queijos e alguns tipos de embutidos;
  • Chocolate;
  • Álcool - principalmente cervejas, bebidas destiladas e vinho tinto.

Alterações nos padrões de sono

Distúrbios do sono, como a insônia, podem contribuir para o desencadeamento de enxaquecas.

Isto deve-se à importância que o sono desempenha na saúde humana. Por isso, melhorar a qualidade do sono pode auxiliar na prevenção e alívios dos sintomas da enxaqueca.

Conclusão

Como mostrado no post "O que causa enxaqueca?", esta é uma condição neurológica complexa, uma vez que diversos gatilhos e fatores podem desencadear o seu aparecimento.

O tratamento da enxaqueca exige uma abordagem individualizada, com foco na melhora dos sintomas e também em modificações no estilo de vida (como gerenciamento de estresse e adoção de uma alimentação equilibrada).

Além disso, alguns casos específicos podem necessitar de intervenção medicamentosa preventiva, o que pode incluir medicamentos como antidepressivos e anticonvulsivantes.

A aplicação de toxina botulínica em pontos específicos da cabeça também pode ser uma opção para a prevenção de enxaquecas crônicas.

É essencial buscar ajuda médica (como a do clínico geral ou neurologista) ao notar o aumento da intensidade e frequência das dores de cabeça.

23/05/2024   •   há 4 meses