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6 sintomas que podem indicar pedra na vesícula

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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A pedra na vesícula é uma doença comum e que costuma ter um prognóstico bom. Contudo, se não for tratada, ela pode levar a complicações muito graves, como inflamação no pâncreas e infecção generalizada. Por isso, é muito importante conhecer os sintomas de pedra na vesícula e saber quando procurar atendimento médico.

Também conhecido como colelitíase, esse problema está relacionado com a bile, uma substância produzida pelo fígado que fica armazenada dentro da vesícula e é lançada no duodeno durante o processo de digestão.

Dentro da vesícula, a bile perde água para ficar mais concentrada – já que a capacidade máxima de armazenamento desse órgão é de apenas 50 ml. Contudo, essa perda de água pode “passar do ponto”, fazendo com que outros componentes da bile, como colesterol, cálcio, sais biliares e bilirrubina, se solidifiquem e deem origem às pedras ou cálculos.

Sintomas de pedra na vesícula

A presença de pedras pequenas e em número reduzido pode não causar sintomas e passar despercebida por décadas – e esse é o caso de 80% das pessoas com colelitíase.

Contudo, quando os cálculos são maiores, estão em grande quantidade ou entram no duto biliar, o orifício de saída da vesícula pode acabar sendo bloqueado. Assim, a vesícula não consegue expelir a bile quando a pessoa se alimenta, o que gera uma grande pressão dentro desse órgão e dá origem aos sintomas. Conheça os principais:

1. Dor intensa do lado direito do abdômen (cólica biliar)

A cólica biliar é uma dor intensa que surge de forma abrupta cerca de uma hora após a pessoa se alimentar. Ela aparece quando a comida está passando pelo duodeno e provoca a contração da vesícula, que não consegue liberar a bile devido à obstrução do duto pelas pedras.

Essa dor costuma atingir o lado direito superior do abdômen, geralmente sendo descrita como uma dor “abaixo das costelas”. Sua intensidade aumenta durante os primeiros 60 minutos e pode persistir por até 12 horas. Depois que o alimento terminou de passar pelo duodeno, a vesícula relaxa e a dor é aliviada.

2. Dores intensas difusas

Muitas vezes, a dor da cólica biliar não se restringe ao quadrante direito superior do abdômen, podendo se manifestar de maneira difusa em toda a região. Alguns pacientes podem confundi-la com uma dor de estômago.

Além disso, essa dor pode se irradiar para o braço, os ombros e as costas, sempre no lado direito. A cólica biliar pode ser tão forte que a pessoa é incapaz de ficar quieta, sem encontrar alívio em nenhuma posição, seja em pé, sentada ou deitada – o que frequentemente faz com que o paciente procure atendimento médico de emergência.

3. Náuseas, vômitos e outros sintomas gastrointestinais

As dores costumam ser acompanhadas por náuseas e vômitos, especialmente quando a pessoa consome uma grande quantidade de comida ou alimentos gordurosos. É comum que a pessoa sinta mal-estar geral e dores de cabeça de origem gastrointestinal.

Sintomas como sensação de peso no estômago, regurgitação e plenitude gástrica (“empachamento”) também podem ocorrer, embora não sejam específicos de pedra na vesícula.

4. Inchaço abdominal

Com os prejuízos causados ao processo de digestão pela falta da bile – pois a vesícula não consegue liberar essa substância –, há uma maior tendência para a formação de gases, que deixam a barriga inchada.

5. Fezes pálidas e urina escura

A cor amarronzada das fezes é conferida pela bilirrubina, um pigmento presente na bile. Assim, quando a vesícula não consegue liberar essa substância para o intestino devido à presença das pedras, as fezes tendem a ficar mais claras. Ao mesmo tempo, o excesso de bilirrubina é eliminado pela urina, deixando-a com uma coloração mais escura.

Esses são sintomas que podem indicar uma complicação das pedras na vesícula, a coledocolitíase, que acontece quando um cálculo se desloca e obstrui o duto principal (colédoco), impedindo a chegada da bile ao intestino. Nesse caso, é necessário buscar atendimento de emergência.

6. Pele e olhos amarelados (icterícia)

A coloração amarelada da pele e da parte branca dos olhos surge em função do excesso de bilirrubina no sangue. Assim como as fezes pálidas e a urina escura, a icterícia também é um sintoma que indica quadros mais graves, provavelmente com uma complicação das pedras na vesícula.

Dessa forma, é imprescindível procurar atendimento médico de imediato, principalmente se a icterícia estiver acompanhada por febre e calafrios, o que pode indicar o comprometimento do pâncreas.

Diagnóstico e tratamento da pedra na vesícula

Ao apresentar os sintomas de pedra na vesícula, especialmente a dor intensa do lado direito do abdômen, é recomendável marcar uma consulta com o gastroenterologista, médico especialista nos problemas do trato digestivo e que está disponível no Medprev.

Se seus sintomas e o exame clínico indicarem a suspeita de colelitíase, a confirmação do diagnóstico será feita por um exame de imagem, quase sempre a ultrassonografia.

Como os medicamentos não são muito eficazes para dissolver as pedras e não conseguem prevenir a formação de novos cálculos, o tratamento mais frequente é a retirada cirúrgica da vesícula. A cirurgia é especialmente recomendada quando os cálculos são grandes, estão em grande número ou apresentam risco de se deslocar ou obstruir os dutos.

Hoje, esse procedimento costuma ser feito por vídeo, necessitando de apenas 4 incisões com cerca de 1 cm. A retirada da vesícula não prejudica a saúde e o funcionamento do trato gastrointestinal do paciente, pois ela não é um órgão vital – e o corpo consegue se adaptar à sua ausência em poucos dias.

Sem tratamento, as pedras podem causar inflamações e infecções na própria vesícula e nos dutos biliares, além de comprometer seriamente o pâncreas e levar a uma infecção generalizada, com alto risco de morte. Por isso, ao apresentar sintomas de pedra na vesícula, é essencial buscar ajuda com um médico especialista.

Fonte(s): Saúde Bem Estar, MD.SaúdeMinuto Saudável

18/06/2024   •   há 5 meses