7 hábitos que pioram a enxaqueca
Revisado pela Equipe de Redação da Medprev
Muitos médicos usam a expressão “cada caso é um caso” com relação aos sintomas e reações de seus pacientes, principalmente quando esses sinais não são exclusivos de um único problema de saúde. No entanto, a recomendação para todos os casos de enxaqueca é evitar os seguintes hábitos prejudiciais:
1. Ignorar o problema assim que a crise passar
No filme “Lobo”, o personagem interpretado por Jack Nicholson sofre sintomas parecidos com uma crise de enxaqueca antes de se transformar no animal do título. A cena mostra o ator se contorcendo com náusea, intolerância à claridade, barulhos e odores – além da dor de cabeça.
Mesmo que você não corra o risco de virar um bicho na vida real, é melhor encarar o problema antes que ele se torne um verdadeiro drama.
A enxaqueca é classificada como distúrbio crônico, que pode voltar a qualquer momento. Por isso, com o intuito de evitar a repetição das crises, é essencial descobrir quais fatores desencadeiam o mal-estar em seu caso, como fases do ciclo menstrual, determinados alimentos, tipos de emoções etc.
2. Beber pouca água
Muitas pessoas têm o hábito de substituir a água por café, chás e refrigerantes. Porém, essas bebidas contêm cafeína e outros estimulantes que são contraindicados para quem sofre de enxaqueca. Em partes, isso acontece porque essas substâncias provocam a desidratação, que também pode desencadear crises.
De acordo com as orientações dos especialistas no assunto, o ideal é se acostumar a beber água em temperatura ambiente e reduzir o consumo de outros líquidos. Importante: mesmo que você sinta vontade de urinar com mais frequência quando estiver passando por uma crise, persista com a ingestão de água para manter o corpo hidratado.
3. Pegar pesado demais no treino
Pode parecer um contrassenso, mas enxaqueca não é causada apenas por hábitos prejudiciais à saúde, como fumar, beber em excesso ou cometer exageros alimentares. Na verdade, até a sua rotina de exercícios pode interferir no problema caso o treino esteja ultrapassando os limites do seu corpo.
Repare como algumas pessoas que levantam peso tendem a espremer os ombros e o pescoço involuntariamente, chegando a fazer caretas de tanto contrair os músculos da face. Se você treina dessa maneira, a tensão nessas regiões pode desencadear uma crise de enxaqueca.
Porém, é claro que isso não quer dizer que você deva abandonar a academia! Apenas procure praticar os exercícios corretamente, relaxando a musculatura que não está envolvida na série. Se estiver difícil manter uma feição serena, isso é um sinal de que você deve reduzir a carga.
4. Tentar a automedicação
É normal que você queira tomar um chazinho de ervas ou utilizar alguma medicação “mais leve” quando sente azia, tensão muscular ou uma dorzinha de cabeça que não parece estar relacionada à enxaqueca. Porém, saiba que estes também são hábitos prejudiciais!
Na tentativa de resolver um “probleminha à toa” por conta própria, você pode transformá-lo em um problemão, pois você pode mascarar os sintomas e dificultar o diagnóstico. O ideal é pedir orientação a seu médico sobre quais medicamentos e atitudes são mais adequados ao seu caso.
5. Não se desconectar
Você não precisa se tornar um monge tibetano para evitar a enxaqueca, mas deve ao menos dedicar algum tempo para relaxar. Ao se privar do sono e descanso, você convida o mal-estar a se instalar em seu corpo.
O mesmo efeito acontece quando você passa horas demais em frente a uma tela e/ou com o fone de ouvido, recebendo estímulos constantes. Pior ainda: isso também pode causar um agravamento da fotofobia (aversão à claridade) e intolerância sonora em suas próximas crises.
Por isso, procure ter oito horas por dia de sono de qualidade, em um ambiente livre de estímulos, e evite hábitos como o uso de celulares na cama antes de dormir.
6. Adiar consultas médicas
Segundo o Dr. Dráuzio Varela, “para fazer o diagnóstico de enxaqueca há necessidade de uma combinação de achados”. De fato, fica difícil encontrar as causas do problema se você estiver evitando fazer consultas – inclusive com seu ginecologista, urologista, oftalmologista etc. – e exames de rotina.
Por isso, no caso das dores de cabeça persistentes, agende sua consulta com um clínico geral ou um neurologista e não deixe de mencionar todos os detalhes sobre seu caso. É recomendável levar uma listinha com o que normalmente desencadeia o problema (estresse, dormir pouco ou um aroma específico, por exemplo), a frequência e a intensidade das crises, a presença da aura etc.
7. Sabotar a própria qualidade de vida
Pode parecer óbvio, mas é bom relembrar que a maioria dos hábitos que prejudicam a sua saúde também podem desencadear enxaquecas: dormir pouco, fumar, exagerar no consumo de bebidas alcoólicas, trocar refeições balanceadas por lanches de fast-food, levar uma vida sedentária…
Assim como acontece com os exercícios pesados, até mesmo alguns alimentos considerados saudáveis podem se tornar danosos para o seu caso. Por isso, é muito importante conhecer os gatilhos da crise e reajustar sua rotina para manter a situação sob controle.
Agora que você já sabe quais são os hábitos prejudiciais, comece a substituí-los por hábitos saudáveis, impedindo que a enxaqueca transforme sua vida num filme de terror!
Fonte(s): Minha Vida, Terra, Enxaqueca, Dr. Drauzio Varella e Web MD
Tags: Saúde, cuidado do corpo, medprev, hospital, clínicas, agendamento, saúde, enxaqueca, dor de cabeça, hábitos prejudiciais
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31/07/2024 • há 4 meses