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Crise de ansiedade pode matar?

Revisado pelo(a) Dr. Valter Pereira da Silva, CRP/SP 41459 , Psicoterapia e Psicologia

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Crises de ansiedade têm se tornado cada vez mais comuns em pessoas de diferentes faixas etárias.

O mundo científico tem se preocupado cada vez mais com a ansiedade na área da saúde e, com o advento da última pandemia, as pessoas começaram a enfrentar mais dificuldades para ter equilíbrio emocional.

Inclusive, conflitos familiares se tornaram mais frequentes devido ao maior convívio familiar, que estava distante até então.

Uma das maiores preocupações de quem lida com episódios como esse, é sobre sua gravidade, já que os sintomas podem surgir esporadicamente e evoluir significativamente ao longo do tempo.

As mudanças que ocorrem no mundo, de forma acelerada (tanto tecnológicas quanto climáticas), tendem a favorecer que as pessoas tenham mais crises de ansiedade.

Embora a crise de ansiedade não seja fatal, seus efeitos podem torná-la um agravante para quadros de saúde crônicos ou graves já existentes.

Para saber mais sobre se a crise de ansiedade pode matar, os principais sintomas ansiosos e qual profissional de saúde procurar, confira o post a seguir.

O que é crise de ansiedade?

A ansiedade é uma resposta natural do organismo a situações que trazem preocupação.

Ela é uma tensão que ocorre em momentos da vida devido a fatores externos ou internos.

Fatores externos podem ser o trabalho, relacionamentos, catástrofes ou tudo que pode afetar o bem-estar. Já os fatores internos podem ser uma doença, mal-estar ou respiração errada, por exemplo.

Ou seja, a ansiedade, na realidade, é uma resposta orgânica que indica que algo está errado e deve ser reparado.

Porém, quando sua ocorrência se mantém frequente e afeta a qualidade de vida (seja no aspecto pessoal ou social, por exemplo), torna-se um transtorno.

A crise de ansiedade é o período em que os sintomas da ansiedade surgem, trazendo prejuízos ao bem-estar.

Geralmente, está relacionada a causas (gatilhos) específicos e tem duração maior do que as crises de pânico.

Além disso, pode ser evitada e tratada com profissionais como o clínico geral, psicólogo e o psiquiatra.

Sintomas da crise de ansiedade

Seja temporariamente ou de forma recorrente, alguns sintomas físicos e psicológicos podem ser notados durante uma crise de ansiedade, como:

  • tremores;
  • desconforto abdominal;
  • diarreia;
  • falta de ar;
  • enjoo;
  • alterações na frequência cardíaca;
  • fala alterada;
  • tontura.

Em muitos casos, é possível controlar a ansiedade e reduzir os seus sinais, porém, quando a crise é parte do transtorno e não recebe tratamento adequado, pode agravar o quadro de saúde do paciente.

Quando a crise de ansiedade é perigosa?

Sentir ansiedade em momentos pontuais é comum, mas quando há crises de ansiedade frequentes e até mesmo ataques de pânico, é preciso ter um cuidado redobrado.

Pessoas com doenças relacionadas à pressão alta e/ou coração estão mais propensas a sofrer com consequências perigosas após uma crise de ansiedade.

Sintomas, como dores no peito e sensação de morte próxima, podem ser causados pela ansiedade, mas também podem ser resultado de um ataque cardíaco ou de outros problemas graves.

Para impedir consequências graves, é preciso saber o que fazer durante uma crise de ansiedade, como buscar ajuda médica.

Qual é a diferença entre crise de ansiedade e ataque de pânico?

A crise de ansiedade e o ataque de pânico podem ser confundidos devido às suas similaridades em relação aos sintomas. Mas há algumas diferenças entre ambos, como:

  • enquanto as crises de ansiedade podem ter uma duração mais prolongada, os ataques de pânico são passageiros;
  • as crises de ansiedade geralmente têm causas definidas, como entrevistas, viagens e provas. Já os ataques de pânico podem acontecer subitamente e sem uma causa específica;
  • nas crises de ansiedade, o indivíduo comumente consegue melhorar sem a necessidade de atendimento médico, mas nos ataques de pânico os sintomas podem levar à busca por atendimento emergencial.

Como prevenir a crise de ansiedade?

Para evitar crises de ansiedade, é preciso manter cuidados em médio e longo prazo, como:

  • manter hábitos alimentares equilibrados, saudáveis e de acordo com as necessidades individuais. O nutricionista é o profissional mais indicado para desenvolver um plano alimentar adequado;
  • fazer terapia e/ou buscar ajuda profissional para cuidar da saúde mental;
  • investir no autoconhecimento para descobrir quais são as possíveis causas da ansiedade e o que ajuda a trazer bem-estar;
  • fazer planejamentos para facilitar a organização das responsabilidades e compromissos. Com um melhor gerenciamento do tempo, é possível evitar gatilhos para crises de ansiedade;
  • chás e remédios naturais para ansiedade também podem auxiliar a amenizar os seus sinais iniciais e a prevenir uma crise. Porém, é preciso lembrar da importância de consultar o nutricionista ou médico responsável antes de iniciar o seu consumo;
  • exercícios físicos regulares são ótimos para controlar a ansiedade, principalmente os que exigem uma respiração adequada.

Os cuidados citados anteriormente podem ajudar a evitar uma crise, mas é fundamental ter o acompanhamento com profissionais especializados para diagnóstico e tratamento adequado.

CONCLUSÃO

Como mostrado no post “Crise de ansiedade pode matar?”, sentir-se ansioso é natural e faz parte de situações do dia a dia.

Contudo, quando a ansiedade prejudica a qualidade de vida e desencadeia sintomas intensos e frequentes, pode indicar que um transtorno está em desenvolvimento, como no caso do transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

A crise de ansiedade, embora seja temporária, pode trazer diversos impactos para a saúde mental e física, principalmente quando ocorre em médio e longo prazo.

Também é importante ressaltar que a crise ansiosa, em si, não traz riscos para a vida, mas pode contribuir para o desenvolvimento e agravamento de outros problemas de saúde.

Contar com o apoio de profissionais como psicólogos e psiquiatras é fundamental para o gerenciamento da ansiedade, além de ter o tratamento de acordo com o quadro clínico.

28/10/2024   •   há 24 dias


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Psicologia

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