28 principais sintomas da ansiedade

Você percebeu uma mudança na sua saúde mental e na das pessoas à sua volta? Não é apenas impressão: a população nunca esteve tão ansiosa, principalmente a do Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável por acompanhar a saúde em todo mundo, aponta que desde o início da pandemia causada pelo coronavírus, houve um aumento de cerca de 25% nos casos de ansiedade crônica e depressão. No total, aproximadamente 9,3 % são brasileiros.

Em várias situações da rotina, é comum ter sintomas de ansiedade. Mas em muitos casos, os seus efeitos podem prejudicar a saúde mental e física, afetando o bem-estar. Para evitar que isso ocorra, conhecer alguns de seus principais sinais é fundamental, o que ajuda a controlá-los e procurar ajuda profissional quando necessário.

Saiba mais sobre alguns dos principais sintomas físicos e psicológicos da ansiedade a seguir!

Sintomas físicos da ansiedade

A ansiedade está diretamente relacionada a reações físicas e/ou psicológicas, que quando ocorrem, podem ter curta duração ou acontecer com frequência. Identificá-los é importante para tratar e procurar ajuda quando preciso. Confira alguns exemplos:

• Mudanças significativas na respiração (como respirar mais rápido ou ter a sensação de falta de ar);
• Dores no peito e/ou abdômen;
• Mãos frias (principalmente dedos);
• Vômitos;
• Náuseas e/ou enjoos;
• Boca seca;
• Aumento da produção de suor;
• Enrijecimento muscular (principalmente pescoço e ombros);
• Zumbidos no ouvido;
• Formigamento e/ou dormência;
• Tontura;
• Desmaios;
• Ouvir ruídos;
• Perder a vontade de comer ou comer em excesso;
• Dificuldade para enxergar.

Como tratar os sintomas físicos da ansiedade?

Os sintomas físicos da ansiedade podem variar devido a inúmeros fatores, como idade, gênero e estilo de vida, por exemplo. Mas algumas medidas podem ajudar a diminuir os efeitos dos sintomas. Saiba mais nos próximos tópicos!

Fazer exercícios físicos

A prática recorrente de atividades físicas beneficia tanto o corpo quanto a mente, já que fortalece o organismo, aumenta a produção de serotonina e previne doenças. Manter o corpo em movimento reduz significativamente a ansiedade, sendo uma ótima opção principalmente para quem tem maiores chances de ter sintomas intensos durante as crises (como pessoas que lidam com rotinas estressantes, por exemplo).

Dormir bem

Um corpo cansado está mais propenso a ser afetado pelos sintomas da ansiedade. É preciso manter o mínimo de horas de sono diárias (entre 7 e 8 horas) para garantir uma recuperação adequada, ajudar a preservar a saúde mental, além de controlar os sintomas.

Ter uma alimentação

A alimentação é capaz de amenizar os sintomas da ansiedade, mas também intensificá-los. Apostar em hábitos alimentares equilibrados é fundamental para preveni-los e fortalecer a saúde mental e física. Opções como ovos, suco de maracujá e banana são grandes aliados. Já alimentos ricos em conservantes, gordura, sódio e açúcar, por exemplo, são prejudiciais.

Sintomas psicológicos da ansiedade

Além dos sintomas físicos, em conjunto podem ocorrer reações psicológicas. Confira alguns deles abaixo:

• Falta de qualidade do sono;
• Problemas para se concentrar;
• Mudanças de humor e alterações emocionais;
• Problemas de memória
• Dificuldade de comunicação;
• Medo de morrer;
• Redução na libido;
• Aumento de nervosismo e estresse;
• Percepção distorcida dos acontecimentos;
• Angústia;
• Dificuldade de aprendizado;
• Falta de paciência;
• Despersonalização (desligamento da realidade).

Como tratar os sintomas psicológicos da ansiedade?

É possível tratar e amenizar os sintomas psicológicos, embora haja uma variação de recorrência e intensidade de acordo com cada pessoa. O acompanhamento médico e psicológico é essencial para o tratamento adequado, mas algumas medidas complementares podem ser tomadas. Conheça algumas delas a seguir!

Consumir chás e remédios caseiros

Há várias opções naturais, como as plantas medicinais, que podem ser usadas como apoio no tratamento da ansiedade. Com chás e remédios caseiros, é possível diminuir os sintomas psicológicos como a irritabilidade e o nervosismo, além de ajudar a ter uma noite mais tranquila.

Manter o acompanhamento médico

Seja para lidar com sintomas passageiros ou com transtornos de ansiedade, o apoio médico, como através da psicoterapia, é muito significativo para encontrar as causas das reações psicológicas e manter os cuidados com a saúde mental.

A terapia é indicada para pessoas que buscam apoio psicológico, independente do diagnóstico da ansiedade. Além de ajudar no processo de autodescoberta, possibilita que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado sejam realizados. Entre os profissionais que podem ser consultados, estão o clínico geral, psicólogo e psiquiatra.

Ter tempo para si mesmo

Um corpo saudável depende de uma mente saudável e vice-versa. Ter tempo para si e para investir em atividades que trazem bem-estar é fundamental para acalmar os pensamentos, reduzir o estresse e ajudar na produção de substâncias benéficas como a serotonina. Seja no tempo com a família, com amigos ou sozinho, se desconectar das preocupações do dia a dia é fundamental para fortalecer o organismo e evitar a ansiedade.

O que é ansiedade?

O corpo humano é complexo e preparado para situações em que a sobrevivência é o principal objetivo. Quando somos expostos a contextos nos quais há riscos, preocupações ou até gatilhos para o medo, reagimos de diversas formas.

Sintomas físicos e psicológicos, como falta de ar, nervosismo e dores em diferentes regiões do corpo são típicos sinais que surgem quando sentimos ansiedade em relação a situações como as mencionadas anteriormente.

Por isso, é comum e natural senti-la em momentos específicos. Porém, muitas pessoas enfrentam condições nas quais os sintomas são frequentes, em altos níveis de intensidade e que muitas vezes atrapalham na realização de atividades diárias. Quando isso ocorre, é preciso buscar ajuda profissional para diagnóstico e tratamento.

O que pode piorar os sintomas da ansiedade?

Embora a ansiedade seja desencadeada por causas específicas, alguns fatores podem torná-la mais intensa e aumentar as chances de se tornar um problema de saúde. Entre alguns exemplos, estão:

• Ter poucas horas de descanso;
• Descaso com a saúde mental;
• Falta de prática de exercícios físicos (sedentarismo);
• Consumo de bebidas alcoólicas excessivamente;
• Consumo de alimentos industrializados e altamente calóricos excessivamente.

Além de evitar os fatores que pioram a ansiedade, é recomendado manter o acompanhamento profissional constante para auxiliar tanto no tratamento quanto no controle dos sintomas.

Quais são os fatores de risco para ansiedade?

Algumas pessoas estão mais propensas a desenvolverem ansiedade, sendo necessário redobrar os cuidados com a saúde mental e física para evitar o desenvolvimento de um quadro de transtorno.

Confira alguns fatores de risco para a ansiedade a seguir!

Situações e ambientes estressantes

O contato frequente com situações estressantes, como uma alta carga horário de trabalho, ou ambientes tóxicos (como o familiar) são alguns exemplos de causas para a ansiedade. Quanto maior o contato com os gatilhos, maiores são as chances de desenvolver crises de ansiedade, ataques de pânico, distúrbios e transtornos.

Problemas de saúde e doenças crônicas

Diversos problemas de saúde e doenças crônicas podem influenciar diretamente no desenvolvimento da ansiedade, causando desde preocupação sobre a evolução da enfermidade, até sendo o gatilho para outros tipos de sintomas.

A ansiedade também pode ser responsável pelo surgimento de alergias, gastrite, além de condições psicológicas como a depressão. Nesses casos, é fundamental manter o apoio profissional constante.

Problemas financeiros

A instabilidade emocional é um fator que está ligada à ansiedade, e quando há problemas financeiros, há uma grande variação de humor, além do aumento da irritabilidade, preocupação e nervosismo. Isso ocorre devido ao receio de gerenciar as contas, manter a família e lidar com o futuro incerto. Quem está nessa situação tem maiores chances de sofrer frequentemente com crises de ansiedade.

É importante lembrar, que a ansiedade pode evoluir para diferentes tipos de transtorno, como:

• TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo);
• TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático);
• Fobia social.

Quanto é necessária a prescrição de medicamentos para o tratamento, o psiquiatra participa de todo o processo, podendo trabalhar em conjunto com outras especialidades médicas.

Se você identificou um ou mais sintomas físicos e psicológicos, busque ajuda profissional. A ansiedade tem tratamento e pode aumentar a qualidade de vida consideravelmente.

O que é uma crise de ansiedade?

Muitas pessoas têm dúvidas sobre quais são os principais sintomas de uma crise de ansiedade e se ela pode matar.

Entender o que é uma crise pode ajudar a preveni-la e a controlar os seus impactos, caso ocorra.

A crise de ansiedade é o período no qual os sintomas surgem, podendo tanto serem psicológicos quanto físicos.

As crises podem variar de acordo com o nível de gravidade, duração e frequência, causando desde mal-estar até dor no peito.

O que fazer durante uma crise de ansiedade?

A pessoa que sofre com as crises de ansiedade pode recorrer a algumas ações para amenizar os seus sinais.

Porém, inicialmente é preciso entender se as reações físicas (como falta de ar e taquicardia, por exemplo) são resultado especificamente da ansiedade ou podem estar relacionadas a doenças com os mesmos sintomas.

Quando há dúvida, é indicado procurar orientação médica, como a do clínico geral, para identificar as possíveis causas.

Nos casos em que a crise está relacionada somente à ansiedade, é possível melhorar os sintomas com alguns cuidados, como:

• Focar na respiração, realizando exercícios para ajudar a melhorar a oxigenação cerebral;
• Buscar se conectar com o momento presente como meio de reduzir os pensamentos excessivos;
• Afastar-se de ambientes altamente estressantes e estimulantes. Procurar um local silencioso e calmo pode auxiliar na redução dos sintomas;
• Mudar o foco dos sintomas e pensamos para um assunto não relacionado à crise, o que tem um impacto significativo no seu controle.

Assim como os sintomas variam de acordo com a pessoa, o impacto desses cuidados também tem um efeito diferente em cada indivíduo.

É importante investir no autoconhecimento para mapear possíveis gatilhos e encontrar os melhores recursos para lidar com as crises. Um psicólogo pode ser um grande aliado nesse processo, mesmo quando a crise ocorre em menor intensidade.

Ansiedade em mulheres

Ambos os gêneros podem ser acometidos pela ansiedade, mas os sintomas estão mais presentes entre as mulheres. Entre alguns motivos para isso, estão:

• Hormônios, uma vez que ao longo do mês, as taxas de estrógeno e progesterona (por exemplo) variam devido ao preparo do corpo feminino para a concepção. Além do mais, durante a gestão e a menopausa, a alteração hormonal também pode influenciar diretamente na ocorrência dos sintomas e/ou aumento da intensidade;
• Fatores sociais, já que vários aspectos na sociedade tendem a se tornar gatilhos para a ansiedade. O sentimento de insegurança em relação a diversas situações do dia a dia, o acúmulo de responsabilidades diárias (como a gestão entre vida profissional e pessoal), além de pressão estética, são apenas alguns dos exemplos que geralmente afetam mulheres, causando ainda mais ansiedade.

Em conjunto, esses aspectos podem prejudicar o bem-estar desde a infância até a vida adulta, sendo preciso identificar os seus sintomas para a realização do tratamento adequado. Embora mulheres estejam mais suscetíveis a esse tipo de problema de saúde mental e outros como a depressão, elas tendem a buscar acompanhamento médico antes dos homens.

Mitos e verdades sobre ansiedade

Pessoas que sofrem com a ansiedade temporária ou crônica podem ter dúvidas sobre seus mitos e verdades. Confira alguns deles a seguir:

• Bebidas com açúcar, álcool e café podem piorar os sintomas da ansiedade. Verdade! Substâncias como a cafeína podem atuar como estimulantes, alterando o funcionamento dos neurotransmissores;
• Saber como respirar pode melhorar a ansiedade. Verdade! A oxigenação é muito importante para melhorar o funcionamento da mente e acalmar o corpo, reduzindo os efeitos psicológicos e físicos da ansiedade;
• A ansiedade só afeta adolescentes e adultos. Mito! A ansiedade infantil pode surgir devido a diversas razões, como separação da família no início da vida escolar e durante a adaptação a uma nova realidade;
• A ansiedade tem cura. Mito! Seja temporariamente ou um transtorno, a ansiedade é uma reação do corpo, podendo gerar sintomas leves ou ser um problema de saúde crônico. Porém, há tratamentos que podem ajudar a reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

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