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Pré-diabetes: o que é, sintomas e cuidados

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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A pré-diabetes pode ser entendida como um alerta para a diabetes, uma vez que o indivíduo ainda pode evitar que o quadro evolua para um estado mais avançado da doença.

A diabetes é uma doença muito séria, que não tem cura, e que precisa ser tratada de forma assertiva.

Ela é uma condição que leva ao aumento de glicose no sangue (o que é conhecido como hiperglicemia). Se não tratada corretamente, a diabetes pode desencadear diversos outros problemas de saúde e, inclusive, ser fatal.

Saiba mais sobre a pré-diabetes: o que é, sintomas e cuidados a seguir!

O que é pré-diabetes?

A pré-diabetes é o nome clínico do estágio que antecede a diabetes do tipo II. Esta é a fase em que grande parte dos sintomas da diabetes se manifestam, mas que ainda não são consideradas parte de um quadro diabético.

A diabetes possui dois tipos principais: tipo I e tipo II. A primeira é causada por problemas na produção ou absorção da insulina e costuma se manifestar ainda na adolescência. Já a diabetes do tipo II é uma doença metabólica crônica, caracterizada por números elevados de glicose no sangue.

As causas da pré-diabetes estão ligadas principalmente ao sedentarismo, excesso de peso e hipertensão arterial.

O diagnóstico da pré-diabetes é feito através de exames de sangue (que medem os níveis de glicose) e também do teste de hemoglobina A1C (que aponta os níveis médios de glicose no sangue do paciente ao longo dos últimos três meses).

Principais sintomas da pré-diabetes

A pré-diabetes, em grande parte dos diagnósticos, é identificada durante exames de rotina ou quando o paciente está investigando algum outro problema de saúde.

Muitas pessoas não apresentam sintomas explícitos da condição, mas quando eles se manifestam, são similares aos experimentados por pessoas que possuem diabetes do tipo II, como:

  • Aumento da sede - o paciente sente-se mais sedento do que o normal e tende a beber mais líquidos;
  • Fadiga - cansaço e pouca energia, mesmo após longos períodos de descanso adequado;
  • Vontade frequente de urinar - micção frequente, principalmente a noite;
  • Visão embaçada ou turva - é um sintoma mais raro. Contudo, alguns pacientes experimentam ligeiras alterações na nitidez da visão.

Grande parte destes sintomas podem ser confundidos com outros problemas de saúde, ou podem ainda, passar despercebidos.

Por essa razão, é importante investigá-los e ter consciência de que eles podem ser um indicativo de quadro de pré-diabetes.

Impactos da pré-diabetes na saúde

Mesmo sendo um estágio intermediário, a pré-diabetes tem diversos impactos negativos na saúde e na qualidade de vida do indivíduo. Além do risco aumentado de desenvolver diabetes do tipo II, também é possível ter:

  • Ter problemas cardiovasculares - a pré-diabetes pode contrubuir para o desenvolvimento de problemas no coração e nos vasos sanguíneos, incluindo doenças cardíacas, como a hipertensão e o AVC (Acidente Vascular Cerebral);
  • Desenvolver problemas nos olhos - pessoas pré-diabéticas têm mais facilidade para desenvolver problemas de visão, como a retinopatia diabética;
  • Danos aos nervos e aos rins - os danos aos nervos acontecem em longo prazo, resultando em dormência e/ou formigamento nas mãos e nos pés. Em relação aos rins, níveis elevados de glicose podem danificá-los, levando a problemas renais;
  • Desenvolver outras doenças - a pré-diabetes está associada a uma maior probabilidade de desenvolver outros tipos de doenças, como o câncer (de fígado, pâncreas e do endométrio).

Diagnóstico da pré-diabetes

O diagnóstico é feito através de exames de sangue, que medem os níveis de glicose. São três os mais comuns:

  • Exame de hemoglobina - trata-se de um exame que mede a média dos níveis de glicose no sangue ao longo dos últimos 3 meses de vida do paciente. Resultados entre 5,7% e 6,4% já podem ser considerados pré-diabetes;
  • Teste oral de tolerância à glicose - neste exame, o paciente ingere uma bebida com uma quantidade específica de glicose. Em seguida, são feitas medições nos níveis de glicose no sangue. Resultados entre 7,8 mmol/L e 11 mmol/L são um indicativo de pré-diabetes;
  • Teste de glicemia em jejum - teste que mede os níveis de glicose no sangue, após um jejum noturno realizado pelo paciente. Resultados entre 100 mg/Dl e 125 mg/Dl são considerados de pré-diabetes.

Vale ressaltar que, ao registrar um nível de glicose maior que 126 mg/Dl, a pré-diabetes evolui para diabetes.

Este trata-se de um processo que pode durar anos (entre 3 a 10, dependendo da pessoa) e que pode ser acelerado de acordo com o estilo de vida do paciente.

Tratamento para pré-diabetes

O tratamento é similar aos realizados em quadros de diabetes do tipo II. Ele envolve, principalmente, mudanças no estilo de vida com o intuito de reduzir os níveis de glicose no sangue. Essas mudanças incluem:

  • Atividade física regular - inclui exercícios aeróbicos, como corrida, natação, ciclismo ou caminhada, que ajudam a controlar o peso e a melhorar a sensibilidade à insulina;
  • Alimentação saudável - uma dieta balanceada, rica em alimentos que ajudam a controlar os níveis de glicose. Além disso, deve-se incluir também proteínas magras, grãos integrais e frutas;
  • Focar na perda de peso - exercícios aeróbicos já ajudam nesse quesito. Vale salientar que casos de sobrepeso e obesidade contribuem diretamente para o risco de desenvolver diabetes do tipo II.

Como prevenir a pré-diabetes?

As medidas preventivas para a pré-diabetes são, em sua maioria, definidas de acordo com o estilo de vida do indivíduo e podem incluir:

  • adotar medidas de redução do sedentarismo;
  • medidas de controle do estresse;
  • monitoramento regular da saúde;
  • evitar tabagismo e limitar o consumo de álcool;
  • noites adequadas de sono.

Esses cuidados ajudam na prevenção e controle da progressão da diabetes do tipo II, mas também para ter uma vida mais saudável e equilibrada.

Vale salientar que, antes de tudo, é fundamental a consulta de um médico como o clínico geral e o endocrinologista para orientações específicas e acompanhamento regular.

FAQ (Perguntas e Respostas)

1. O que é pré-diabetes?

Trata-se de um estado intermediário, com níveis altos de glicose no sangue, mas que não caracteriza a diabetes do tipo II. Em outras palavras, os níveis estão elevados, mas não suficientes para serem classificados como a diabetes adquirida.

2. Quais são os fatores de risco para a pré-diabetes?

Os fatores de risco para a pré-diabetes incluem principalmente o excesso de peso ou obesidade, estilo de vida sedentário, histórico familiar de diabetes (questão genética), idade avançada e condições médicas específicas (como o ovário policístico).

3. Quais são os sintomas da pré-diabetes?

Grande parte dos diagnósticos da pré-diabetes é realizada através de exames de rotinas ou quando o paciente busca resposta para outras condições médicas. Além disso, ela costuma ser assintomática (não apresentar sintomas claros).

4. A pré-diabetes pode ser revertida?

Sim. Trata-se de um condição reversível através de mudanças no estilo de vida, incluindo a adoção de uma alimentação saudável, exercícios regulares e, em alguns casos, perda de peso (mas sempre com o acompanhamento de profissionais de saúde).

5. Como é realizado o diagnóstico da pré-diabetes?

O diagnóstico da pré-diabetes é realizado através de exames de sangue, como o teste da hemoglobina, teste de glicemia em jejum e o teste oral de tolerância à glicose. Existem faixas de valores específicos que demonstram a presença da pré-diabetes.

6. Quais são as complicações da pré-diabetes se não for tratada?

Caso não seja diagnosticada e tratada a tempo, a pré-diabetes pode evoluir para a diabetes do tipo II. Além disso, ela aumenta o risco de problemas de origem cardiovascular, problemas na visão, danos aos rins e aos nervos.

7. Exercícios físicos podem ajudar a prevenir a progressão para diabetes?

Sim. A atividade física é essencial para lidar com a pré-diabetes. Ela melhora a sensibilidade à insulina, além de ajudar a prevenir a progressão para a diabetes do tipo II.

8. Qual a frequência de exames ideal se eu tiver pré-diabetes?

Geralmente, é indicado realizar exames semestrais ou anuais, mas isto vai depender do quadro clínico do paciente e da orientação médica. Por isso, é essencial consultar-se com um médico para determinar a frequência exata dos exames.

Conclusão

Como visto no post "Pré-diabetes: o que é, sintomas e cuidados", essa condição de saúde, muitas vezes, é desconhecida ou mesmo subestimada.

Contudo, é um estágio que necessita de atenção e ação imediata. Seu impacto na saúde e qualidade de vida do indivíduo é bastante significativo.

Contudo, ela pode ser tratada. Mudanças no estilo de vida, por exemplo, podem não só retardar ou reverter o quadro, mas também evitar que ele evolua para a diabetes do tipo II, condição que não é reversível e traz ainda mais riscos.

Manter os exames de rotina em dia e realizar o tratamento adequado ao ser diagnosticada a pré-diabetes é essencial para melhorar a saúde e evitar a evolução desse quadro.

21/03/2024   •   há um mês


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