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Quais as diferenças entre antibiótico, analgésico, antitérmico e anti-inflamatório?

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Você sabe qual a diferença entre analgésico e anti-inflamatório se os dois são utilizados para aliviar as dores? E você já se perguntou por que às vezes esses medicamentos são tomados junto com antibióticos e antitérmicos? A resposta está na forma como eles agem em nosso corpo, resultando em diferentes indicações. Neste artigo, trataremos das diferenças entre analgésico, antitérmico, anti-inflamatório e antibiótico.

A confusão entre essas classes de medicamentos aumenta quando descobrimos que alguns deles têm mais de uma ação. Por exemplo, o paracetamol e a dipirona são ao mesmo tempo analgésico e antitérmico, enquanto o ácido acetilsalicílico tem essas duas funções e ainda apresenta propriedades anti-inflamatórias.

Os antibióticos, porém, são utilizados para combater as infecções bacterianas, embora muita gente acredite equivocadamente que resfriados, gripes ou mesmo dores muito fortes devam ser tratados com esses medicamentos.

Pensando nisso, nós elaboramos este material para esclarecer qual a diferença entre analgésico, antitérmico, anti-inflamatório e antibiótico e ajudar você a entender melhor por que o médico recomendou determinado medicamento. Confira:

Analgésicos

Os analgésicos são os medicamentos utilizados para combater qualquer tipo de dor, como dor de cabeça, dor de dente, dor muscular etc.

Quando alguma coisa no nosso corpo está causando essa sensação, nosso cérebro reconhece o incômodo por meio de sinais enviados a partir dos receptores sensoriais. Porém, quando tomamos um analgésico, seu princípio ativo bloqueia esses receptores, impedindo que o sinal seja enviado ou reduzindo a sua intensidade.

Existem três tipos principais de analgésicos:

  • Comuns: são aqueles vendidos livremente nas farmácias, sem a necessidade de prescrição médica, como o paracetamol e a dipirona. Esses analgésicos são indicados para dores leves a moderadas, como a dor de cabeça tensional;
  • Anti-inflamatórios não esteroides: são substâncias que combatem a inflamação e que também têm propriedades analgésicas, como ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e diclofenaco.  Costumam ser utilizados para aliviar dores causadas por algum tipo de lesão, como a dor nas costas decorrentes de uma inflamação;
  • Opioides: incluem analgésicos sintéticos como o tramadol (que imita a ação dos opioides) e a morfina, um verdadeiro derivado do ópio. Esses medicamentos são utilizados para dores crônicas ou severas, como em casos de câncer ou logo após uma cirurgia. Por causarem dependência, os opioides precisam de receita médica.

Antitérmicos

Os antitérmicos, também conhecidos como antipiréticos, são utilizados para combater a febre ao inibir o mecanismo que eleva a temperatura corporal. Alguns dos medicamentos mais conhecidos desse grupo são o ácido acetilsalicílico, a dipirona, o ibuprofeno e o paracetamol.

É importante saber que a febre é um sintoma de outra condição, como uma infecção, uma alergia, distúrbios hormonais ou emocionais, tumores, entre outras. Dessa forma, os antitérmicos não combatem a verdadeira causa do problema, apenas reduzem a temperatura corporal e o mal-estar associados a diversas doenças.

Anti-inflamatórios

A principal função dos anti-inflamatórios, como seu próprio nome indica, é combater as inflamações, mas eles também podem aliviar dores e febre, funcionando como analgésicos e antitérmicos.

Uma inflamação é uma reação do organismo diante de uma agressão, seja ela um corte ou uma pancada, causando vermelhidão, inchaço, dor e aumento da temperatura do local afetado. As inflamações também podem surgir devido à ação exacerbada do sistema imunológico, como acontece nas alergias e nas doenças autoimunes.

Os anti-inflamatórios se dividem em dois tipos principais: os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e os corticoides. Os dois tipos atuam inibindo a síntese de substâncias que participam da cadeia de reações da inflamação, mas eles agem em pontos diferentes desse processo.

Os AINEs são mais utilizados para o alívio de dores leves a moderadas, como dor de garganta, dor nas costas, dor de dente, tendinite, bursite, artrite, gota e outras dores provenientes de uma inflamação, especialmente aquelas que atingem articulações e ossos e que não regridem com os analgésicos. Alguns exemplos desse grupo são ácido acetilsalicílico, diclofenaco, ibuprofeno, piroxicam, nimesulida e celecoxibe.

Já os anti-inflamatórios corticoides são utilizados principalmente para tratar diversas alergias (urticária, rinite alérgica, asma alérgica), doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide, queloides) e doenças crônicas (bronquite, hepatite, artrite) e para evitar rejeição em transplantes de órgãos. Alguns exemplos são prednisolona, triancinolona, betametasona e dexametasona.

Os dois tipos de anti-inflamatórios podem causar efeitos colaterais bastante graves se não forem utilizados corretamente, por isso seu uso deve ser acompanhado pelo médico.

Antibióticos

Uma das funções do sistema imunológico é combater os microrganismos invasores (bactérias, fungos e vírus) e impedir que eles causem doenças, mas nem sempre isso é possível. Dessa forma, para restabelecer a saúde, entram em cena os medicamentos antimicrobianos, que ajudam nosso sistema de defesa.

No caso de uma infecção causada por bactérias, esses antimicrobianos são especificamente os antibióticos. Esses microrganismos podem atingir qualquer parte do corpo e causar uma infinidade de problemas, como espinhas, abscessos, infecção de garganta, intoxicação alimentar, infecção urinária, gonorreia, sífilis, meningite, tuberculose, coqueluche, pneumonia etc.

Os antibióticos se subdividem em diversos outros tipos, cada um com seu próprio mecanismo de ação. Contudo, podemos dizer que existem dois grupos principais: os bactericidas, que matam as bactérias diretamente, e os bacteriostáticos, que impedem a sua multiplicação (assim, a quantidade de microrganismos para de aumentar e elas morrem naturalmente ou por meio da ação do sistema imunológico). Ou seja, não adianta tomar um antibiótico para tratar gripes e resfriados, por exemplo, pois essas doenças são causadas por vírus, não por bactérias.

Dentre o grupo antibiótico, aguns dos mais utilizados são amoxicilina, ampicilina, azitromicina, cefalexina, ciprofloxacino e tetraciclina, e somente o médico pode determinar qual é o mais indicado para cada tipo de infecção. Dependendo dos sintomas apresentados pelo paciente, o antibiótico pode ser associados com analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios.

Um ponto fundamental no uso de antibiótico é que eles devem ser tomados exatamente conforme orientado pelo médico ou farmacêutico, obedecendo aos horários, à dose e à duração do tratamento. Quando essas recomendações não são seguidas, corre-se um grande risco de matar apenas as bactérias mais fracas, abrindo espaço para que as bactérias mais fortes se multipliquem ainda mais e se tornem resistentes ao medicamento.

Todos os remédios podem causar efeitos colaterais desagradáveis e perigosos. Por isso, além de saber qual a diferença entre analgésico, antitérmico, anti-inflamatório e antibióticos, é essencial seguir as orientações recebidas pelo profissional de saúde e evitar a automedicação.

Fonte(s): Hora de Santa Catarina e Cuidados Pela Vida

06/04/2022   •   há 3 anos


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