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10 mitos e verdades sobre a febre

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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O aumento da temperatura do corpo costuma ser um sinal de alerta e deixa muita gente preocupada, principalmente quando ele acomete as crianças. Por isso, conhecer os mitos e verdades sobre a febre vai ajudar você a estar mais bem preparado para lidar com essa situação.

Nenhum pai ou mãe fica tranquilo ao perceber que seu filho está com febre, mas esse sintoma também não deve ser motivo para desespero. Vamos conhecer o que é verdade e o que é mito sobre esse assunto:

1. Se a temperatura passou dos 37° graus Celsius, já é febre

Mito. Apesar de os termômetros trazerem uma marca de 37° C, a febre mesmo acontece quando a temperatura passa dos 37,8° C. Ao apresentar sinais em temperaturas dentro dessa faixa, considera-se que o paciente tem um quadro subfebril.

Entre os 37,8° C e os 38° C, a febre é considerada fraca; de 38° C a 39° C, é uma febre moderada; e acima de 40° C, febre alta. Esses valores são válidos para medições da temperatura feitas na axila.

2. Na falta do termômetro, é possível aferir a temperatura colocando a mão na testa

Mito. Embora a “medição da temperatura” por meio do toque na testa seja um método muito comum, ele não é nenhum pouco preciso e pode levar a muitos enganos. O uso do termômetro é indispensável para medir a febre com precisão.

Se a pessoa que estiver tentando verificar a febre tiver lavado louça há pouco tempo, por exemplo, sua mão estará mais fria e a testa do paciente parecerá mais quente do que realmente está. Da mesma forma, a mão quente não vai conseguir perceber o calor de uma pessoa que realmente esteja com febre.

3. A febre nem sempre indica uma doença grave

Verdade. Realmente existem doenças perigosas, como várias infecções graves, que causam febre alta, mas isso não é uma regra. A pneumonia, por exemplo, pode desencadear apenas um quadro febril leve.

Por outro lado, algumas crianças têm tendência a apresentar temperaturas altíssimas diante de condições simples. O que importa mesmo é o estado geral do paciente, não apenas a temperatura em si.

4. Liquido é sempre importante

Verdade. A elevação da temperatura corporal acelera a desidratação, pois pode provocar suor excessivo. Por isso, é muito importante manter o paciente hidratado com água, chás e sucos naturais.

Porém, o ato de oferecer líquidos não vai reduzir a temperatura por si só, como muitas vezes se acredita.

5. Passar álcool no corpo e dar banho gelado ajuda a aliviar a temperatura corporal

Mito, além de serem costumes perigosos. O álcool evapora facilmente da superfície corporal, o que dá uma sensação de resfriamento na pele – assim como um banho frio.

Contudo, o organismo pode entender que a pessoa sofreu uma queda de temperatura muito brusca e tentar compensar isso aumentando ainda mais a febre. Além disso, o álcool pode intoxicar crianças pequenas.

6. A febre é esperada quando nascem os dentes da criança

Meia verdade. O nascimento dos dentinhos propriamente dito não causa febre. Porém, nessa fase, a criança sofre uma queda na imunidade, ficando mais suscetível a doenças infecciosas que podem levar a um aumento na temperatura.

7. Nem sempre se deve usar antitérmicos para baixar temperatura

Verdade. Quando um paciente está com febril, o objetivo deve ser tratar a causa dessa elevação da temperatura, e não apenas tentar suprimir esse sintoma. Inclusive, é muito importante observar se existe um padrão na febre; por exemplo, se ela se manifesta sempre no mesmo horário. Além disso, medicar a febre pode acabar mascarando a doença que está por trás dela.

Por outro lado, principalmente no caso das crianças, a febre deixa os pacientes sonolentos, indispostos e sem apetite, podendo até mesmo dificultar a avaliação médica. Dessa forma, o uso dos antitérmicos pode ser válido para melhorar o conforto e o bem-estar do paciente.

8. Deixar a febre subir muito pode causar convulsões

Mito. A convulsão causada pela febre acontece somente em crianças que já tenham uma predisposição genética e pode acontecer mesmo com quadros subfebris, a partir de 37° C. Felizmente, a convulsão febril não causa maiores transtornos nem danos neurológicos, embora possa ser bastante assustadora para os pais.

9. É bom tirar toda a roupa da criança para baixar a febre

Mito. Embora a superfície corporal esteja quente, a tendência é que a pessoa febril sinta muito frio. Por isso, é mais indicado manter a criança agasalhada, mas sem exageros para evitar que a temperatura do corpo suba ainda mais.

Contudo, depois de tomar um antitérmico, a febre vai baixar e a criança poderá suar excessivamente, sentindo muito calor. Nesse caso, é melhor deixá-la apenas com roupas leves, de forma que ela se sinta mais confortável.

10. Ela pode ser benigna?

Verdade! O elevamento da temperatura corporal é um processo natural do nosso organismo que o deixa em estado de prontidão e ajuda a lutar contra as infecções. Esse aumento da temperatura aumenta a produção das células de defesa, reforçando o combate a vírus e bactérias.

Isso não significa que você deve evitar totalmente a medicação e deixar uma criança ficar desidratada, indisposta e sem apetite, mas sim observar suas reações para avaliar melhor a febre e poder relatar o problema ao médico se necessário.

Conhecer esses mitos e verdades sobre a febre é essencial para saber quais são as melhores medidas a tomar. Lembre-se de que o principal objetivo é manter o bem-estar do paciente e descobrir o que está causando esse sintoma.

24/02/2022   •   há 3 anos


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