Medprev
Doenças

Como prevenir e tratar a febre amarela

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

como-prevenir-e-tratar-a-febre-amarela.jpeg

A febre amarela é uma doença considerada erradicada no Brasil desde a década de 40 e, por essa razão, muitos não sabem como prevenir e tratar a doença. No entanto, casos recentes registrados em 2018 fizeram com que o Ministério da Saúde recomendasse a vacina contra a febre amarela para todo o país.

Até então, alguns estados da região Nordeste, além de parte do Sul e do Sudeste, estavam livres dessa medida. O número de mortes causadas pela febre amarela aumentou nos últimos anos, o que fez com que as atenções se voltassem novamente para essa doença.

Vamos conhecer mais detalhes sobre ela e entender quais são as formas de prevenção e tratamento.

Febre amarela: o que é?

A febre amarela é uma doença infecciosa causada por vírus transmitidos por mosquitos (arbovírus). Estudos genéticos concluíram que essa doença surgiu há cerca de 3 mil anos, na África, tendo se espalhado posteriormente por todos os continentes. Especificamente no Brasil, os primeiros registros datam da época da vinda dos escravos para o país.

Originalmente, essa era uma doença restrita às florestas e às matas tropicais, mas em uma época em que as cidades não possuíam saneamento básico ou condições mínimas de higiene, regiões infestadas por mosquitos fizeram com que eles se proliferassem também em áreas urbanas.

Há duas formas possíveis de febre amarela: a silvestre e a urbana. A febre amarela do primeiro tipo acomete principalmente os macacos, que se tornam hospedeiros do vírus após serem picados por mosquitos. Todavia, seres humanos também podem ser vitimados pela doença. Em algumas áreas, mortes de macacos na região pode ser um indício de que o vírus está instalado naquela área.

Já a febre amarela urbana, a mais conhecida, é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti – mesmo vetor responsável pela dengue, pela chikungunya e pelo zika. Depósitos de água parada são os ambientes mais propícios para a proliferação desses insetos. A transmissão ocorre quando o mosquito pica uma pessoa doente (hospedeiro), se infecta, e pica posteriormente uma pessoa saudável.

É por essa razão que nas grandes cidades são frequentes as campanhas orientando que os moradores não deixem água parada em nenhum recipiente exposto ao ar livre. Embora considerada erradicada nos centros urbanos, um simples descuido é capaz de trazer à tona uma nova epidemia, de maneira que todo cuidado é pouco.

Quais são os sintomas da febre amarela?

Primeiramente, o vírus da febre amarela é inoculado sob a pele de macacos ou de seres humanos. Depois, quando da picada, vão parar nas glândulas salivares das fêmeas dos mosquitos e acabam indo parar nos vasos linfáticos dos doentes. A partir do momento que caem na circulação sanguínea os problemas se agravam.

A febre amarela pode infectar os rins, o fígado, o coração, os pulmões e até mesmo o cérebro. Um dos primeiros sintomas que se percebe é que tanto a pele quanto os olhos do doente adquirem uma cor amarelada. Esse é o primeiro sinal de que é preciso procurar um médico o quanto antes para que se determine a gravidade do problema.

Os sintomas subsequentes podem variar, indo dos mais simples até aqueles mais graves. Inicialmente, dores no corpo, febre e mal-estar. Posteriormente, o quadro pode evoluir para febre com calafrios, dores musculares muito fortes, vômito e diarreia. A evolução é rápida e pode ocorrer de três a seis dias após a picada do inseto.

Os sintomas acima podem ser agravados se a doença não for diagnosticada e tratada a tempo. Causas que podem levar à morte incluem comprometimento dos rins (anúria) e do fígado (hepatite e coma hepático), problemas cardíacos (miocardite) e encefalopatias.

Prevenção e tratamento: o que fazer antes e depois

A melhor maneira de se prevenir contra a febre amarela é por meio da vacinação. Ela é produzida com o vírus atenuado da doença e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, um dose única é capaz de proteger um ser humano por toda a vida.

Entretanto, o Brasil adota uma conduta diferente, com a aplicação da vacina contra a febre amarela em duas doses. A vacina é oferecida gratuitamente nos postos de saúde do país e, em alguns estados, ela faz parte até mesmo do Calendário Nacional de Vacinação.

Praticamente não há contraindicações ou efeitos colaterais adversos após a aplicação da vacina, mas é importante certificar-se com o seu médico sobre o melhor momento para tomar uma dose. Quem mora em áreas de risco ou pretende viajar para países que exigem essa certificação como premissa de admissão de entrada devem estar vacinados.

Já para aqueles que foram acometidos pela doença, o cenário é um pouco mais complexo. Não há nenhum medicamento específico para destruir o vírus e, por essa razão, será preciso tratar os demais sintomas da febre amarela. Repouso em ambiente hospitalar e sob cuidados médicos é o caminho mais aconselhável para evitar que a doença se agrave.

Ao procurar um médico, ele provavelmente orientará o paciente a ficar bem hidratado (aumentar o consumo de água). Além disso, poderão ser administrados medicamentos para equilibrar a pressão arterial e corrigir os desequilíbrios metabólicos. Casos mais graves podem requerer diálise ou transfusão de sangue.

Em todos os casos, no entanto, o diagnóstico só é confirmado pelo médico após a realização de exames laboratoriais, como o MAC-Elisa, o PCR e isolamento do vírus em cultura. Ainda, em casos de testes com resultado positivo, recomenda-se vacinação da população que vive no entorno ou que tenha contato com as áreas de risco, caso contrário o vírus pode continuar se espalhando.

Na dúvida, acesse o site do Medprev, encontra a unidade mais próxima e agende sua consulta.

24/02/2022   •   há 2 anos


Fique por dentro das campanhas e cupons da Medprev

Declaro que li e aceito os e a

Relacionados

Síndrome dos ovários policísticos (SOP): o que é, sintomas e tratamento

Depressão: o que é, causas, sintomas e tratamento

O que é distimia: causas, sintomas e tratamentos

Arritmia cardíaca: o que é, sintomas, causas e tratamentos

Candidíase: o que é, principais sintomas e tratamentos

Ver mais