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8 sintomas da cistite

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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A cistite é um tipo de inflamação que ocorre na bexiga e é causada na maioria das vezes por bactérias. Existem diversos tipos de cistite, cada qual com suas características. Embora acometa mais o público feminino, os homens, crianças e idosos também podem ser atingidos.

O tratamento depende da causa e o processo de cura varia de acordo com a pessoa.

É importante que o paciente siga à risca todas as orientações, inclusive como forma de evitar a sua recorrência, que é bastante comum em quadros da condição.

Uma das formas de prevenir a doença é conhecer suas principais características. Confira os 8 sintomas da cistite a seguir!

Sintomas da cistite

A cistite apresenta sintomas comuns a outros problemas relacionados ao trato urinário. Ao notar um ou mais sinais, é muito importante buscar atendimento médico para diagnóstico e tratamento.

1. Dores e desconfortos na região pélvica

A dor e desconforto na região pélvica em um quadro de cistite são descritas pela maioria dos pacientes a uma dor que se assemelha à cólica, variando de leve à intensa. Geralmente, os picos ocorrem durante a micção.

Além disso, os pacientes relatam sentir uma pressão constante na parte inferior do abdômen, acima do osso púbico. Todas essas dores surgem devido à inflamação na parede da bexiga.

2. Urgência urinária aumentada

O paciente sente a necessidade constante e urgente de urinar durante o dia, mesmo a bexiga não estando totalmente cheia.

É uma sensação bastante incômoda, que leva a frequentes idas ao banheiro ao longo de todo o dia.

3. Ardência ao urinar

Além da micção frequente, em sua maioria sem necessidade, o indivíduo com cistite ainda pode experimentar a sensação de queimação e ardência ao urinar.

Muitos descrevem este sintoma como o mais desagradável, superando até as dores descritas anteriormente.

4. Sensação de bexiga sempre cheia

Mesmo com as frequentes idas ao banheiro, alguns pacientes não conseguem esvaziar a bexiga por completo após a micção. Mesmo após repetidas tentativas, a sensação é sempre a mesma (cheia).

Isto deve-se, principalmente, à perda da capacidade de contração e relaxamento da bexiga, que são perdidas devido à inflamação e irritação do órgão.

5. Micção noturna

A micção noturna trata-se de um dos sinais mais comuns da cistite. O indivíduo sente a necessidade de urinar repetidas vezes durante a noite.

Este sintoma tem impacto direto na qualidade do sono e da vida do paciente. Mesmo sem ingerir líquido, o paciente levanta-se frequentemente durante a noite.

6. Urina com mau cheiro

A presença de odor forte pode ser um sinal de diversas condições, inclusive em quadros de cistite. Em mais de 80% dos diagnósticos, a cistite é causada por infecção bacteriana.

Elas se multiplicam e produzem compostos que alteram o odor da urina, que varia de pessoa para pessoa.

Em algumas, ele é extremamente fétido; em outras, um pouco mais brando. Mediante todo e qualquer odor suspeito na urina, é fundamental a consulta com um profissional de saúde.

7. Cansaço e febre

Além dos sintomas específicos acima descritos, a cistite pode levar ainda a um mal-estar geral.

Geralmente, as pessoas afetadas pela condição acabam se sentindo cansadas e fracas, cansaço este acompanhado, muitas vezes, por febre. Trata-se da resposta do corpo à inflamação.

8. Urina turva ou com sangue

A cor da urina, em quadros de cistite, pode parecer turva devido à presença de células inflamatórias, pus ou outros detritos na urina.

Em casos mais graves, ela pode vir também acompanhada de sangue, condição conhecida como hematúria.

Em suma, o sangue indica que a inflamação na bexiga causou irritação suficiente para danificar os pequenos vasos sanguíneos presentes na parede do órgão.

Por fim, é importante salientar: aos surgirem os primeiros sintomas descritos, deve-se buscar ajuda médica imediatamente.

Na consulta, o urologista ou ginecologista fará uma análise do histórico médico do paciente, além de solicitar exames clínicos para confirmar o diagnóstico.

Tipos de cistite

Apesar de acometer com mais facilidade o público feminino (devido a condições anatômicas do trato urinário), a cistite pode atingir a todos, incluindo homens, idosos e também crianças.

A bactéria que mais causa a cistite é a Escherichia coli, que está presente naturalmente no organismo humano. Cerca de 80% dos diagnósticos são causados pela mesma.

Assim como os sintomas, é importante conhecer também os tipos de cistite.

Cada um destes tipos possui causas e tratamentos específicos, além de sintomas individuais:

  • Cistite bacteriana - é causada por bactérias que adentram a bexiga através da uretra. As mulheres são as mais atingidas, devido à anatomia do trato urinário. Sua entrada ocorre por contaminação fecal, relações sexuais vaginais e anais no mesmo ato, além de obstrução do fluxo urinário. O tratamento envolve uso de antibióticos conforme orientação médica;

  • Cistite intersticial - também conhecida como síndrome da bexiga dolorosa, trata-se de uma condição crônica e complexa, com difícil diagnóstico. A causa exata ainda é desconhecida; porém, sabe-se que fatores genéticos, lesões na bexiga e problemas de imunidade são os principais fatores de risco. O tratamento envolve mudanças na dieta e terapias físicas;

  • Cistite Hemorrágica - a cistite hemorrágica caracteriza-se pela presença de sangue na urina, causada pela inflamação da parede da bexiga. Essa inflamação se dá por infecções no trato urinário, tumores na bexiga e também pedras nos rins. Alguns pacientes podem desenvolvê-la devido a outras doenças autoimunes pré existentes. O tratamento envolve ações para estancar o sangramento;

  • Cistite por Radiação ou quimioterapia - é um tipo de cistite que ocorre devido à exposição à radiação ou à quimioterapia. Estes procedimentos acabam danificando as células da bexiga. O tratamento envolve medicamentos para a dor e a interrupção do tratamento da quimioterapia;

  • Cistite química - causada pela exposição a substâncias irritantes, incluindo produtos de higiene feminina, duchas vaginais, alguns produtos químicos ou mesmo medicamentos. Inclui todas as substâncias que possam de alguma forma irritar a mucosa da bexiga. O tratamento envolve a remoção da fonte da irritação, além do alívio com o uso de anti-inflamatórios ou analgésicos.

Diagnóstico da cistite

O diagnóstico da cistite envolve uma série de etapas para determinar a presença da condição e identificar suas causas.

Assim como outras condições médicas, o profissional de saúde avalia o histórico médico do paciente, coletando informações detalhadas sobre os sintomas. Nesta fase, é importante que o paciente relate tudo o que sente.

Quando necessário, são realizados exames específicos. Neste caso, o mais comum é o exame de urina (urocultura), no qual uma amostra de urina é coletada e examinada em laboratório para identificação de bactérias, células sanguíneas e outros indicadores.

Além da urocultura, existe também um exame conhecido como cistoscopia. O procedimento é realizado através da inserção de um pequeno tubo na uretra para visualizar o interior da bexiga.

A partir disso, o médico pode avaliar se há sinais de irritação ou inflamação na mucosa da bexiga. Em geral, este tipo de exame é realizado quando o tratamento não está surtindo o efeito desejado.

Em casos mais específicos, podem ser solicitados exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Elas servem para descartar qualquer outro tipo de condição que possa estar causando os sintomas.

Tratamento

O tratamento para a cistite envolve ações para alívio dos sintomas e o combate à infecção.

A doença é tratada de acordo com o seu tipo: cistite infecciosa (causada por bactérias) e cistite não infecciosa (grupo que inclui a cistite química, hemorrágica e intersticial).

Cistite infecciosa

O tratamento mais comum para a cistite bacteriana é o uso de antibióticos prescritos pelo médico responsável.

O tipo de antibiótico, assim como o tempo de tratamento, depende da gravidade dos sintomas apresentados pelo paciente.

É fundamental que o indivíduo siga à risca o protocolo de tratamento até o fim, mesmo que os sintomas tenham melhorado no decorrer do processo.

Além dos medicamentos, é necessário também a hidratação constante, que ajuda a eliminar as bactérias da bexiga.

Cistite não infecciosa

No grupo da cistite não infecciosa, que inclui a cistite química, hemorrágica e intersticial, o tratamento envolve medicamentos anti-inflamatórios, além da eliminação das fontes de irritação da bexiga.

Em relação à eliminação de fontes, estão incluídas a redução do estresse, diminuição do consumo de alimentos e bebidas que possam irritar a bexiga, além de modificações na dieta como um todo.

Conclusão

Como mostrado no post sobre os 8 sintomas da cistite, essa doença é uma inflamação da bexiga que causa desconforto na região abdominal inferior, micção frequente, urgência para urinar e em casos mais graves, sangramento na urina.

Além disso, a cistite é extremamente debilitante, tendo um impacto negativo muito grande na qualidade de vida e bem-estar do indivíduo.

Contudo, com um diagnóstico precoce e tratamento realizados pelo urologista ou ginecologista, a doença pode ser controlada.

Fontes: Hospital Sírio-Libanês, Tua Saúde, Minha Vida.

19/01/2024   •   há 10 meses


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