Quais são as causas da queda de cabelo?
Revisado pela Equipe de Redação da Medprev
Os fios estão em toda a parte, incluindo pente, travesseiro e chão, menos na sua cabeça? Se você é um homem com mais de 40 anos, este pode ser um sinal do envelhecimento, mas as causas da queda de cabelo englobam muitos outros fatores e também podem surgir entre as mulheres.
Na verdade, estima-se que pessoas saudáveis de qualquer idade perdem de 50 a 100 fios por dia, pois o cabelo está em constante renovação. Como os fios não estão na mesma fase do ciclo, apenas alguns deles se soltam da cabeça – do contrário, perderíamos todos eles de uma vez.
Apesar disso, é preciso ficar atento caso você perceba que a perda está mais acentuada, pois os motivos para isso também podem incluir alguns problemas de saúde. Conheça as principais causas da queda de cabelo:
1. Hereditariedade e envelhecimento
A maior parte dos casos de calvície está relacionada à hereditariedade, ou seja, às características familiares. Chamada de alopécia androgenética, essa condição é comum entre os homens, embora também possa acontecer entre as mulheres em situações mais raras.
A explicação para essa queda de cabelo está na conversão da testosterona em di-hidrotestosterona, uma molécula que enfraquece os fios. Esse fenômeno começa a se manifestar entre 18 e 25 anos, ficando mais intenso com o passar do tempo.
2. Alteração hormonal pós-parto
Durante a gestação, os níveis de testosterona (hormônio masculino) ficam ainda mais baixos no organismo da mulher, enquanto os níveis de progesterona e estrogênio (hormônios femininos) estão aumentados, o que favorece o crescimento do cabelo e deixa os fios mais fortes.
Porém, de três a quatro meses após dar à luz, as taxas hormonais voltam ao padrão anterior ao da gravidez, levando à queda de cabelo.
3. Tabagismo
O cigarro tem uma altíssima concentração de substâncias tóxicas e é reconhecidamente a principal causa de doenças muito graves, como o enfisema pulmonar e diversos tipos de câncer.
Além disso, o hábito de fumar causa queda de cabelo porque essas substâncias têm efeito negativo sobre a circulação e os vasos sanguíneos, o que leva a uma redução no aporte de oxigênio e nutrientes aos tecidos, incluindo o couro cabeludo.
4. Síndrome metabólica
A síndrome metabólica corresponde à ocorrência simultânea de obesidade, hipertensão, triglicerídeos altos e diabetes, doenças que prejudicam os vasos sanguíneos e a irrigação dos tecidos, inclusive do couro cabeludo.
Dessa forma, assim como o cigarro, essas condições causam uma redução no transporte de oxigênio e nutrientes até a raiz do cabelo, levando à queda dos fios.
5. Síndrome do ovário policístico
As mulheres que sofrem com essa síndrome apresentam um aumento na produção da testosterona, o que pode levar à perda de cabelo da mesma forma que acontece na calvície masculina.
Outros sintomas observados na síndrome do ovário policístico são o crescimento de pelos corporais, o desenvolvimento da acne e a irregularidade do ciclo menstrual, que costumam aparecer antes da queda dos fios.
6. Alterações na tireoide
Os hormônios T3 e T4, produzidos pela tireoide, estão envolvidos em diversos processos do organismo, incluindo a manutenção do ciclo de renovação capilar. Assim, quando há qualquer alteração no funcionamento dessa glândula, isso pode se refletir na queda de cabelo.
Em caso de hipotireoidismo, quando as funções da tireoide estão reduzidas, a escassez dos hormônios deixa o metabolismo mais lento, prejudicando o crescimento de novos fios. Já no hipertireoidismo, o excesso de hormônio leva a uma aceleração na renovação celular do couro cabeludo, o que faz com que o cabelo caia e deixe a pele dessa região mais exposta.
7. Micose no couro cabeludo
As micoses são infecções causadas por fungos que podem atingir qualquer parte dos nossos tecidos de revestimento, incluindo a pele, as unhas e o couro cabeludo. Neste último caso, os microrganismos provocam um aumento na produção de óleo e na descamação, o que enfraquece o cabelo e favorece a queda.
Esse problema pode atingir qualquer pessoa que entre em contato com objetos contaminados, como pentes, escovas e chapéus, mas é mais frequente naquelas com baixa imunidade.
8. Deficiência nutricional
Dietas muito restritivas ou uma alimentação de má qualidade podem não ser suficientes para suprir todas as necessidades nutricionais do organismo, levando à deficiência de vitaminas e sais minerais.
Substâncias como vitamina C, vitaminas do complexo B, zinco e ferro são necessárias para o desenvolvimento de novos fios. Quando elas estão em falta, como acontece na anemia (deficiência de ferro), o folículo capilar é prejudicado e o cabelo fica mais frágil, favorecendo a queda.
9. Estresse crônico e agudo
Pessoas que têm uma vida cheia de tensões, nervosismo e ansiedade têm um nível mais elevado de cortisol, conhecido como hormônio do estresse. Entre outros efeitos, um aumento nas taxas de cortisol também leva à diminuição da velocidade da divisão das células no couro cabeludo, o que prejudica a raiz capilar e pode levar à perda de até 75% dos fios.
Além disso, a queda pode acontecer devido a um episódio isolado muito estressante, como acidentes, descoberta de uma doença grave, perda do emprego, morte de um familiar etc. Nesse caso, a alteração do ciclo e a perda dos fios costumam acontecer cerca de três a quatro meses depois do estresse agudo.
Identificar as causas da queda de cabelo é importante não apenas para definir o melhor tratamento para um problema estético, mas também porque pode revelar doenças mais sérias e que demandam cuidados especiais. Por isso, se seus fios estão caindo muito, vale a pena consultar o médico dermatologista, que está disponível pelo MEDPREV.
Fonte(s): Abril Saúde, Tua Saúde e Minha Vida
24/10/2022 • há 2 anos