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Anemia: o que é, tipos, causas e tratamento

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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A anemia trata-se de uma doença comum: no país, segundo o Ministério da Saúde, são registrados cerca de 2 milhões de casos da condição por ano.

Ela é uma doença indolor, e na maioria dos casos, pode ser evitada. Grande parte de suas ocorrências nos hospitais estão ligados a má alimentação (pouca ingestão de ferro, zinco, ácido fólico e outros componentes).

Saiba mais sobre a anemia: o que é, tipos, causas e tratamento a seguir!

O que é anemia?

A anemia é uma condição de saúde que tem como característica a redução da quantidade de glóbulos vermelhos no sangue, ou ainda, diminuição da quantidade de hemoglobina (proteína fundamental para o transporte de oxigênio no organismo).

Quando há pouca hemoglobina, todo o organismo sofre, principalmente os músculos, o coração e o sistema nervoso central. Em geral, essa condição está relacionada à má alimentação.

Porém, a anemia também está ligada a alterações genéticas, uso de alguns remédios que, de alguma forma, diminuem a absorção de nutrientes ou devido a hemorragias.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que mais de 30% da população mundial é anêmica (crianças abaixo de 2 anos e mulheres são quem mais apresenta a condição).

No Brasil, estudos mostram que aproximadamente 50% das crianças tem anemia ou deficiência de ferro.

Sintomas da anemia

Os indivíduos anêmicos manifestam sintomas variados, que possuem gravidade e intensidade diferentes.

Muitos deles, comumente, são confundidos com outras doenças, o que torna essencial a realização de exames para confirmação do diagnóstico.

Entre os sintomas da anemia mais comuns, estão:

  • Fadiga e fraqueza - devido à falta de oxigênio nos tecidos, músculos e em outras partes do corpo, o indivíduo sente fadiga e fraqueza com regularidade;
  • Palidez - a redução na quantidade de hemoglobina pode resultar em palidez da pele, mucosa e unhas;
  • Falta de ar - a falta de ar é sintoma constante, principalmente durante a realização de exercícios físicos;
  • Tonturas ou vertigens;
  • Unhas quebradiças e cabelos muito frágeis;
  • Problemas de concentração e memória;
  • Palpitações - o coração bate mais rápido para compensar a falta de oxigênio, resultando em palpitações;
  • Dores de cabeça.

É importante salientar que estes sintomas variam para cada pessoa, seja em intensidade e/ou frequência.

Mediante qualquer suspeita de anemia, é fundamental procurar orientação médica (como o do clínico geral) o mais rápido possível para diagnóstico preciso e tratamento adequado.

Tipos de anemia

A anemia possui vários tipos, cada qual com sua causa específica. Entre os tipos mais comuns, estão: anemia ferropriva, anemia por deficiência de vitamina B12, anemia hemolítica e a anemia falciforme.

Anemia ferropriva

A anemia ferropriva é o tipo de anemia mais comum, sendo resultado da deficiência de ferro no organismo.

Ela pode ocorrer devido à ingestão insuficiente de ferro na dieta, perda de sangue (menstruação abundante em mulheres) ou problemas de absorção de ferro pelo intestino.

Seus principais sintomas incluem:

  • fadiga;
  • palidez;
  • falta de ar;
  • língua lisa e inflamada.

O tratamento envolve a suplementação de ferro, com ajustes na dieta para incluir alimentos ricos neste mineral.

Anemia perniciosa (ou deficiência de vitamina B12)

A vitamina B12 é um nutriente essencial para a produção suficiente de glóbulos vermelhos.

Por essa razão, dietas pobres em B12 ou a presença de problemas de absorção (incluindo a doença de Crohn ou a atrofia gástrica, por exemplo), levam ao seu aparecimento.

Entre os principais sintomas desse tipo de anemia, destacam-se:

  • dormência nas extremidades do corpo;
  • falta de ar;
  • dificuldades cognitivas;
  • problemas neurológicos.

O tratamento, em grande parte das vezes, é realizado por meio de injeções de vitamina B12 e, em alguns casos, por suplementação oral.

Anemia hemolítica

A anemia hemolítica ocorre quando os glóbulos vermelhos são destruídos de forma muito rápida e sem que o corpo tenha rapidez suficiente para substituí-los.

Ela pode ser hereditária ou adquirida (resultado de doenças autoimunes, infecções e reações a certos medicamentos).

Os sintomas incluem:;

  • fadiga;
  • icterícia (coloração amarelada na pele e nos olhos);
  • aumento do baço e do fígado;
  • urina muito escura.

O tratamento inclui medicamentos para suprimir o organismo com glóbulos vermelhos, transfusões de sangue e, em casos mais graves, cirurgia para remoção do baço (órgão que tem como função a produção de células sanguíneas).

Anemia falciforme

A anemia falciforme trata-se de uma forma hereditária da anemia, sendo caracterizada pela produção de glóbulos vermelhos em forma de foice, devido a uma mutação genética.

Esses glóbulos têm vida útil bem mais curta que os normais, levando à anemia rapidamente.

Os seus sintomas incluem:

  • dor intensa devido à obstrução dos vasos sanguíneos;
  • infecções frequentes;
  • fadiga;
  • icterícia.

Em relação ao tratamento, ele pode incluir transfusões de sangue, medicamentos para aliviar as dores causadas pela obstrução, gerenciamento dos sintomas e, em casos mais graves, transplante de medula óssea.

Vale salientar que cada tipo de anemia requer uma abordagem específica, sendo a consulta com um médico (como o hematologista) essencial para determinar a causa e prescrever um plano adequado de tratamento de acordo com o caso clínico.

Causas da anemia

Cada tipo de anemia possui uma causa diferente, que inclui deficiência de ferro no organismo, mutações genéticas, doenças autoimunes, falta de vitamina B12, ácido fólico, entre outros.

Existem grupos de risco para a anemia?

Sim, existem grupos de risco para a anemia e, entre os principais, estão:

  • gestantes em fase de amamentação;
  • mulheres em idade fértil, devido à menstruação (principalmente aquelas com fluxo intenso ou que tenham miomas no útero);
  • idosos que tenham problemas com a alimentação (como a mastigação, por exemplo);
  • pacientes que se submeteram a cirurgias muito invasivas;
  • indivíduos que precisam seguir dietas restritivas ou desbalanceadas (veganos e pessoas com transtornos alimentares, por exemplo);
  • crianças em período de crescimento.

Diagnóstico da anemia

O diagnóstico da anemia inclui, inicialmente, uma avaliação cuidadosa dos sintomas e do histórico médico, além de exames laboratoriais.

Assim que o paciente relata os sintomas, é realizado o exame físico com o intuito de procurar sinais de anemia, como palidez, batimentos cardíacos acelerados e aumento do baço ou fígado.

Como parte do diagnóstico, são realizados exames laboratoriais, que incluem:

  • Hemograma completo - trata-se do exame de sangue básico que fornece informações sobre a quantidade de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas no sangue;
  • Exame de reticulócitos - exame que mede a quantidade de glóbulos vermelhos jovens. Ele fornece informações sobre a capacidade do organismo de produzir novas células vermelhas;
  • Dosagem de hemoglobina - mede a quantidade de hemoglobina e o volume ocupado pelos glóbulos vermelhos no sangue;
  • Ferritina - avalia os níveis de ferro no organismo. Caso sejam identificados níveis baixos, o diagnóstico mais comum é a anemia ferropriva;
  • Vitamina B12 e ácido fólico - exames específicos para avaliar deficiências dessas vitaminas.

Exames adicionais também podem ser realizados, como os testes de coagulação e os testes genéticos (em casos de anemias hereditárias, como a anemia falciforme).

Tratamento

Para o tratamento da anemia, considera-se a causa relacionada ao quadro de saúde do paciente.

Ele deve ser feito a partir da orientação de um clínico geral ou de um hematologista. Dependendo do tipo de anemia diagnosticada, o médico pode recomendar a ingestão de alimentos ricos em ferro 9como fígado, frango, peixe, sementes de abóbora, entre outros).

Entre os remédios usados no tratamento medicamentoso, estão os corticóides, os antibióticos, os imunomoduladores e os anti-inflamatórios.

Entre os suplementos orais que podem ser prescritos, estão os suplementos de ferro, de vitamina B12 e de ácido fólico.

No caso de um quadro de saúde muito grave, pode ser necessária a transfusão de sangue. Ela é indicada quando outras formas de tratamento não surtiram o efeito desejado ou quando a anemia é um risco para a vida do paciente.

Outro tipo de tratamento para anemias graves é o transplante de medula óssea.

Neste procedimento médico, há a substituição da medula óssea doente ou danificada por células tronco saudáveis de um doador compatível.

Conclusão

Como mostrado no post “Anemia: o que é tipo, causa e tratamento”, a anemia é uma condição caracterizada pela redução na quantidade de glóbulos vermelhos ou da hemoglobina no sangue.

Essa condição compromete o transporte adequado de oxigênio para os tecidos e órgãos do corpo, causado diversas consequências para o organismo.

Os sintomas, no geral, variam de intensidade e incluem fadiga, palidez, falta de ar, tonturas e fraqueza. Cada tipo de anemia possui sintomas característicos.

Além da avaliação geral do paciente, o diagnóstico inclui a realização de exames laboratoriais, como o hemograma completo, a dosagem de hemoglobina, entre outros.

O tratamento, por sua vez, é individualizado e prescrito pelo médico responsável.

Fonte (s): Tua Saúde e Viva Bem Uol.

14/08/2024   •   há 3 meses


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