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Queda de cabelo: quais são os tipos de alopecia e como tratar?

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Ficar calvo ou careca não costuma estar nos planos de muita gente, mas, mesmo assim, estima-se que a queda de cabelo, também conhecida como alopecia, atinge 42 milhões de brasileiros.

Embora as mulheres também possam sofrer com o problema, a calvície é muito mais comum entre os homens. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a alopecia afeta metade dos representantes do sexo masculino com até 50 anos, apesar de poder se manifestar em qualquer idade.

Isso acontece em função da maior quantidade de testosterona presente no organismo dos homens, pois esse hormônio favorece a queda de cabelo. Entretanto, existem outros tipos de alopecia, e cada um deve ser tratado de acordo com suas causas específicas.

Tipos de alopecia

Os diferentes tipos de alopecia são classificados de acordo com as causas da queda de cabelo. Conheça os principais:

Alopecia androgenética ou androgênica

Também conhecida como calvície, essa é a queda de cabelo comum que atinge principalmente os homens, mas que também pode afetar as mulheres. A alopecia androgenética se intensifica com o avanço da idade, atingindo até 80% dos homens com mais de 80 anos.

Como seu próprio nome sugere, esse tipo de alopecia está relacionado a fatores androgênicos, ou seja, à presença dos hormônios sexuais masculinos, e a fatores genéticos, que são as características de família.

A calvície comum acontece devido à ação da testosterona e da di-hidrotestosterona: ao mesmo tempo em que esses hormônios estimulam o crescimento de pelos no rosto e na região genital, eles inibem o desenvolvimento dos cabelos no couro cabeludo. É por isso que ela é mais frequente entre os homens, já que eles têm níveis muito mais altos desses hormônios.

Em geral, alopecia androgenética começa na parte na parte da frente da cabeça, formando as famosas “entradas”. Além da queda de cabelo em si, a condição faz com que os fios fiquem mais finos, cresçam menos e percam seu pigmento, resultando em uma penugem de cor clara na parte frontal superior do couro cabeludo.

Estágios da perda de cabelo

Embora seja um processo fisiológico (normal), a calvície comum pode ser acelerada por fatores como estresse, transtornos emocionais, má alimentação, tabagismo, consumo de álcool e uso de anabolizantes e outras drogas.

Alopecia areata

A alopecia areata é uma queda de cabelo e de pelos que acontece de forma brusca e atinge regiões delimitadas, geralmente formando falhas circulares na cabeça ou no corpo. Ela pode afetar pessoas de qualquer idade e não é contagiosa.

Trata-se de uma doença autoimune, o que significa que a alopecia areata surge quando o sistema imunológico começa a atacar estruturas saudáveis do organismo. Neste caso, a origem da queda de cabelo está em uma inflamação que afeta a raiz do fio (folículo pilossebáceo), fazendo com que eles caiam.

Em alguns casos, a pessoa pode ficar totalmente careca (alopecia areata total) ou perder pelos em todo o corpo (alopecia areata universal). Felizmente, a doença não destrói o folículo pilossebáceo, o que permite que os pelos e cabelos nasçam novamente.

As causas dessa inflamação não estão totalmente esclarecidas, mas sabe-se que ela pode ser desencadeada ou agravada por fatores como abalos emocionais, estresse, cansaço excessivo e doenças infecciosas. Além disso, a alopecia areata parece estar associada a outras doenças crônicas e autoimunes, como alergias, psoríase, vitiligo, lúpus e tireoidite de Hashimoto.

Eflúvio ou deflúvio

O eflúvio ou deflúvio é a queda de cabelo difusa que acontece devido a uma falha no ciclo de vida dos pelos, o que os deixa mais finos e reduz seu ritmo de crescimento.

Esse tipo de alopecia pode ser causado por diferentes fatores, como quimioterapia, infecções, medicamentos, anemia, estresse e desequilíbrios hormonais.

Outros tipos de alopecia

Existem ainda outros tipos de alopecia menos frequentes, por exemplo:

  • Tricotilomania: é a alopecia causada por um distúrbio compulsivo que leva a pessoa a arrancar seus pelos e cabelos sem parar, resultando em falhas visíveis;
  • Alopecia seborreica: trata-se da queda de cabelo causada pela dermatite seborreica, uma inflamação que atinge o couro cabeludo e também provoca aumento da oleosidade, descamação (caspa), coceira e vermelhidão;
  • Alopecia fúngica: é a queda de cabelo causada por uma micose no couro cabeludo, conhecida como tinha ou tínea da cabeça;
  • Alopecia cicatricial: é a alopecia com dano permanente aos folículos pilossebáceos, impossibilitando o crescimento de novos fios;
  • Alopecia traumática: é a queda de cabelo devido a lesões de várias origens, incluindo procedimentos químicos, penteados muito presos (rabo de cavalo, tranças, dreadlocks), queimaduras e acidentes.

Tratamento da alopecia

Existem diversos tratamentos para queda de cabelo, mas cada tipo de alopecia responde melhor a uma medida diferente. Por isso, não se deve apostar em tratamentos caseiros, mas sim buscar o dermatologista para descobrir os reais motivos por trás do problema.

Dependendo da causa, o tratamento da alopecia pode incluir:

  • Aplicação de medicamentos anti-inflamatórios e antifúngicos no couro cabeludo;
  • Uso de medicamentos via oral para controlar reações autoimunes ou restabelecer o equilíbrio hormonal;
  • Substituição de tratamentos medicamentosos que causem queda de cabelo;
  • Procedimentos estéticos para estimular o crescimento dos fios;
  • Transplante capilar.

Existe tratamento para a calvície masculina?

Sim, dependendo do caso, existem tratamentos para a alopecia em homens que podem evitar ou retardar o surgimento da queda de cabelo. Conheça as principais formas de tratamento para a calvície masculina:

  • Finasterida: medicamento oral que impede a transformação da testosterona em di-hidrotestosterona, evitando a queda de cabelo. Pode reduzir a libido e causar disfunção sexual temporária.
  • Minoxidil: medicamento em forma de loção que deve ser aplicado no couro cabeludo diariamente para estimular o crescimento dos fios.
  • Alfaestradiol: medicamento de uso tópico que bloqueia a ação da testosterona na raiz do cabelo;
  • Espironolactona: medicamento oral que tem como efeito colateral o bloqueio dos hormônios androgênios no folículo pilossebáceo;
  • Radiofrequência microagulhada: procedimento estético que consiste em fazer microfuros no couro cabeludo para facilitar a absorção de medicamentos ou estimular o crescimento dos fios;
  • Tratamento a laser ou com LED: procedimentos estéticos que estimulam a circulação sanguínea no couro cabeludo e o crescimento dos fios com a aplicação da luz;
  • Transplante capilar:  é uma cirurgia indicada para casos mais avançados. Existe mais de uma técnica, mas, em resumo, elas consistem em retirar alguns fios da nuca e utilizá-los para cobrir as falhas.

Os tratamentos para a queda de cabelo podem ter efeitos colaterais bastante inconvenientes, por isso eles devem ser feitos apenas com indicação e acompanhamento médico. Marque sua consulta com o dermatologista pelo aplicativo ou site do MEDPREV.

06/04/2022   •   há 2 anos