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Alcoolismo: quais os sintomas da dependência e como é feito o tratamento?

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Muito se fala sobre alcoolismo, mas identificá-lo não é uma tarefa tão simples. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa doença tem como principal característica a dependência do indivíduo ao álcool.

Muitas pessoas associam o abuso de álcool ao alcoolismo, mas na prática são coisas distintas. A doença não se caracteriza pela quantidade de álcool que um indivíduo bebe, mas sim nos sintomas de dependência que ele apresenta. Todavia, em ambos os casos o álcool pode comprometer o funcionamento do organismo e provocar consequências graves irreversíveis.

Alcoolismo: por que ele é considerado uma doença?

De acordo com a descrição da OMS, o uso constante, descontrolado e progressivo de álcool é o que caracteriza o alcoolismo. Note que não se trata exatamente da quantidade de álcool ingerida, mas sim dos sintomas de dependência desse consumo.

Pacientes diagnosticados alcóolatras têm uma vontade incontrolável de beber caracterizada por uma dependência física da bebida. Além disso, com o passar do tempo o paciente não se satisfaz com as mesmas quantidades de álcool ingeridas, passando a consumir cada vez mais para que possa obter os mesmos efeitos de antes.

Além dos problemas de saúde, inúmeras consequências sociais e psicológicas podem ocorrer na vida do alcóolatra. Ele pode se prejudicar no trabalho, no convívio familiar e junto aos amigos. Essas situações de angústia e estresse podem desencadear reações ainda mais graves, fazendo que o indivíduo busque refúgio na bebida como a única solução possível.

Principais sintomas: como diagnosticar alcoolismo?

Ao mesmo tempo que essa é uma doença amplamente conhecida, não é tão simples diagnosticar um alcoólatra. Muitas pessoas com a doença não se dão conta da condição e negam para si mesma e para os demais a possibilidade de existir um problema. Em linhas gerais, quatro sintomas caracterizam o alcoolismo – apareçam eles juntos ou isoladamente.

  • Compulsão: desejo incontrolável de beber.
  • Descontrole: dificuldade em parar de beber depois de começar.
  • Abstinência: sintomas físicos quando não bebe, como suor, tremores e ansiedade.
  • Tolerância: necessidade de doses cada vez maiores de álcool para atingir os mesmos efeitos.

Em grande parte dos casos, a percepção dos sintomas não ocorre por parte do paciente, mas sim de amigos e familiares. São eles os primeiros a identificar esses sintomas e confrontar o alcoólatra. Embora um diagnóstico mais preciso possa ser feito apenas por um médico, respostas positivas a alguma dessas perguntas são um indicativo de que é hora de procurar ajuda.

  • Você já pensou em diminuir o consumo de álcool?
  • Você já foi criticado pelo fato de beber muito?
  • Você já se sentiu mal ou culpado por ter bebido?
  • Você já acordou e seu primeiro pensamento foi ter vontade de beber?

Alcoolismo tem tratamento: o que você pode fazer

A partir do momento que o paciente decide procurar ajuda ou concorda com os conselhos de alguém que o oriente a fazê-lo é que se passa a pensar na recuperação. Muitos pacientes se sentem fracos ou julgados por admitirem que precisam de ajuda com a bebida, portanto só o fato de admitir que há algo errado já pode ser considerado um grande avanço.

Ao procurar um médico, ele provavelmente solicitará exames laboratoriais para verificar o quanto o álcool pode ter comprometido o seu organismo. Se existir a possibilidade de a condição ser mesmo a de alcoolismo, o tratamento será feito com acompanhamento psicológico e uso de medicamentos. Processos de desintoxicação podem ser necessários em casos mais graves.

A recuperação pode ser feita em casa ou em clínicas de tratamento de dependência. Programas como o Alcoólicos Anônimos também são uma alternativa no sentido de criar uma comunidade de suporte em torno do paciente. A ajuda dos amigos e familiares é fundamental durante a recuperação para evitar recaídas.

É importante ressaltar que tecnicamente o alcoolismo é considerado uma doença que tem tratamento, mas que não tem cura. Na prática isso quer dizer que mesmo depois de se livrar dessa condição, ainda é possível que o dependente tenha recaídas e volte a beber por alguma razão. Identificar esses gatilhos e evitar ser exposto a eles é fundamental, mesmo após a conclusão do tratamento.

Os perigos do consumo de álcool

O uso excessivo de álcool também impacta na saúde do organismo. Embora os efeitos da bebida alcóolica sejam diferentes de pessoa para pessoa, mesmo quando consumidos nas mesmas quantidades, algumas complicações são comuns à maioria dos dependentes. Doenças relacionadas ao fígado, problemas gastrointestinais, neuropatias periféricas, pancreatite, problemas cardiovasculares e anemias estão entre as consequências mais frequentes.

…..

Ao perceber qualquer um desses sintomas, seja em você mesmo ou em um amigo próximo ou familiar, converse com ele e oriente-o a procurar auxílio médico. Quanto antes o tratamento for iniciado, maiores são as chances de sucesso na reversão do problema.

Fonte(s): Ministério da SaúdeEstadão e Drauzio Varella.

06/04/2022   •   há 2 anos


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