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Alcoolismo cresce entre as mulheres: saiba por que é importante que elas evitem o consumo abusivo

Revisado pela Equipe de Redação da Medprev

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Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos cerca de 3,3 milhões de pessoas morrem em todo o mundo em decorrência de problemas ocasionados pelo alcoolismo.

A média de consumo de álcool por pessoa no Brasil em 2016 foi de 8,9 litros, valor acima da média internacional que é de 6,4 litros. Dados complementares do Ministério da Saúde mostram um crescimento do consumo no país de 14,7% em 2016 em relação ao que foi registrado em um levantamento de 2006.

Crescimento preocupante entre as mulheres

Houve crescimento no consumo de bebidas alcoólicas tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Nesse quesito, os homens sempre representaram a maior parte do problema – eram 24,8% em 2006 e agora são 26%. Porém, chama a atenção a disparidade do índice entre as mulheres: eram apenas 7,7% em 2006 e hoje elas chegam a 11%, o que representa um aumento de quase 50%.

O então secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, comentou sobre essa mudança de cenário. “O consumo abusivo de álcool entre as mulheres teve um aumento significativo, em decorrência da mudança de comportamento. Elas estão mais presentes no mercado de trabalho e com uma vida social mais ativa. Entendemos que precisamos intensificar ainda mais a informação não só para esse grupo, mas para toda a população”, explicou.

Não há volume seguro de consumo de álcool

Segundo a OMS, não há um volume “seguro” de álcool que possa ser consumido sem que o organismo humano não corra risco de desenvolver doenças mentais, câncer, problemas hepáticos e alterações cardiovasculares. Entretanto, para fins estatísticos, é considerado “uso abusivo de álcool” o consumo de quatro ou mais doses entre as mulheres e cinco ou mais doses de bebida entre os homens.

É importante ressaltar que o aumento preocupante no consumo de álcool entre as mulheres não é apenas uma questão de gênero. As mulheres têm mais chances de desenvolver problemas relacionados ao alcoolismo mesmo com níveis de consumo mais baixo do que os homens. Isso se deve ao fato de que elas são biologicamente mais vulneráveis aos efeitos do álcool. Além disso, aumentam ainda os riscos de câncer de mama e ovário.

A explicação é científica: as mulheres produzem quantidades menores de uma enzima chamada álcool desidrogenase (ADH). Essa enzima, liberada pelo fígado, é usada para metabolizar o álcool. Os estudos mostram ainda que as mulheres começam a beber mais tarde do que os homens, mas levam menos tempo para apresentar sintomas decorrentes do alcoolismo.

Mudança de hábitos é primeiro passo

Infelizmente, dependentes de álcool têm a convicção de que podem parar de beber a qualquer momento, mas não é isso que acontece na prática. A linha entre consumo “social” e “abusivo” é bastante tênue e dificilmente quem bebe tem noção exata de que a bebida se transformou em um problema.

É por esse motivo que mudanças de hábito são tão difíceis. A menos que o problema seja percebido por outras pessoas e algum tratamento seja iniciado, o paciente pode se dar conta da dependência da bebida apenas quando já estiver apresentando algum problema de saúde. As medidas iniciais de combate ao alcoolismo incluem conversar com amigos, tornar o acesso às bebidas mais difícil e evitar ocasiões em que o álcool seja o centro das atenções.

Se nada disso for suficiente, o recomendado é buscar auxílio médico especializado. Você pode agendar uma consulta no Medprev com um Clínico Geral, por exemplo. Esse profissional fará uma análise do seu quadro de saúde e poderá solicitar alguns exames laboratoriais. Dependendo dos resultados, pode ser necessário o encaminhamento para um especialista, de acordo com os problemas de saúde constatados.

O mais importante, entretanto, é tomar consciência do problema. Se você se sente mal em relação ao álcool, converse com seus amigos e familiares para que eles avaliem a sua relação com a bebida. É comum que o paciente se surpreenda ao perceber que são vistos como dependentes, quando na verdade consideram o uso apenas “social”.

Como ocorre com qualquer outro problema de saúde, quanto antes você procurar ajuda, menores serão os problemas causados pela bebida. Mudar hábitos pode tornar seu organismo mais saudável e melhorar a sua qualidade de vida.

06/04/2022   •   há 2 anos


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